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Israel aprova construção de 1,5 mil casas em Jerusalém Oriental

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Israel aprova construção de 1,5 mil casas em Jerusalém Oriental  Empty Israel aprova construção de 1,5 mil casas em Jerusalém Oriental

Mensagem por Vitor mango Ter Dez 18, 2012 1:16 am

Israel aprova construção de 1,5 mil casas em Jerusalém Oriental



Expansão de assentamento no território palestino ameaça viabilidade da solução de dois estados






















O Comitê de Construção e Planejamento de Jerusalém aprovou nesta
segunda-feira (17/12) o plano de construção de 1,5 mil casas no
assentamento de Ramat Shlomo na parte oriental da cidade, pertencente ao
território palestino.

A expansão da colônia judaica havia sido congelada em março de 2010
depois de uma crise com os Estados Unidos, mas foi retomada como resposta das autoridades israelenses à ação unilateral da
Autoridade Nacional Palestina nas Nações Unidas no dia 31 de novembro
deste ano que propôs a elevação do status da Palestina a estado
observador.

WikiCommons
Israel aprova construção de 1,5 mil casas em Jerusalém Oriental  800px-RamatShlomo1
Vista panorâmica do assentamento de Ramat Shlomo, localizado na parte oriental de Jerusalém pertencente aos palestinos

Depois de escutar as objeções de residentes palestinos de Shoafat,
bairro vizinho ao assentamento, o comitê decidiu reduzir em 200 o número
de casas do projeto inicial e preservar um local arqueológico da
região.

O plano ainda deve passar por diversas etapas, no entanto, antes de
sair do papel. Efrat Orbach, porta-voz do Ministério do Interior de
Israel, explicou que a construção das milhares de casas para novos
colonos judeus ainda pode demorar meses e até mesmo, anos.







Leia mais


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“Não são novas residências”, lembrou um oficial do escritório do premiê
Benjamin Netanyahu, que tomou a decisão de retomar a construção dos
assentamentos congelados. “A intenção de construí-las foi divulgada anos
atrás, e o que aconteceu hoje foi apenas uma discussão sobre as
objeções ao projeto”.

Nesta terça-feira (18/12), o comitê se reunirá em uma sessão
emergencial para aprovar outro plano de expansão de colônias judaicas no
território palestino. Os oficiais terão que avaliar a proposta de
construção de centenas de casas no assentamento Givat Hamatos, também em
Jerusalém Oriental, que fica no bairro palestino Beit Safafa. Segundo a
organização Peace Now, esse assentamento impede a conexão do território palestino na cidade.

Crise diplomática com EUA

O plano para a expansão de Ramat Shlomo foi aprovado em março de 2010
durante a visita do vice-presidente norte-americano Joe Biden e provocou
uma crise diplomática entre os países, classificada por muitos
analistas como sem precedentes. Por conta dos protestos da Casa Branca,
as autoridades israelenses decidiram congelar o projeto.

Netanyahu e os principais ministros de Israel decidiram retomar o plano de construir mais de 3 mil casas, incluindo as de Ramat Shlomo como retaliação a aprovação da Palestina como estado observador na ONU.

Eles defenderam "o direito natural, histórico e legal do povo judeu à
sua terra e a sua capital eterna, Jerusalém [que só obteve essa condição
pela Constituição israelense em 1981]". O texto acrescenta que "o
Estado de Israel, como Estado do povo judeu, tem o direito de reivindicar os territórios em disputa na Terra de Israel".

Caso o plano anunciado no início deste mês seja colocado em prática, os
novos assentamentos devem interromper a continuidade territorial entre o
norte e o sul da Cisjordânia, impossibilitando, assim, a solução de
dois estados.

Israel ainda anunciou que não repassará até pelo menos abril os impostos coletados
em nome da ANP. “Os palestinos devem esquecer o assunto, porque eles
não vão receber nenhum centavo furado nestes próximos meses”, declarou o
ex-chanceler israelense, Avigdor Lieberman, na quarta-feira passada
(12/12).

Líderes europeus convocaram os
embaixadores israelenses em seus países para protestar contra a decisão
e afirmaram que novas medidas serão tomadas caso as autoridades não
voltem atrás. “Desta vez, não será apenas uma condenação, haverá ação
real contra Israel”, disse um oficial europeu ao jornal israelense
Haaretz.

Reação

A decisão desta segunda (17/12) enfureceu as autoridades palestinas que
enviaram pedido, por meio de seu representante na ONU, ao Conselho de
Segurança para impedir Israel de continuar a construção. Nabil Abu
Rudeineh, porta-voz de Abbas, descreveu o projeto como “desafio
flagrante da vontade de toda a comunidade internacional”.

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Mensagem por Vitor mango Ter Dez 18, 2012 1:18 am

Líderes europeus convocaram os
embaixadores israelenses em seus países para protestar contra a decisão
e afirmaram que novas medidas serão tomadas caso as autoridades não
voltem atrás. “Desta vez, não será apenas uma condenação, haverá ação
real contra Israel”, disse um oficial europeu ao jornal israelense
Haaretz.

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Mensagem por Vitor mango Ter Dez 18, 2012 1:21 am

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Mensagem por Vitor mango Ter Dez 18, 2012 1:24 am

Os colonos e os colonatos

por Alexandre Guerra



Israel aprova construção de 1,5 mil casas em Jerusalém Oriental  7235683_Pbb9b

Soldados das IDF patrulham as ruas de Hebron nas imediações do colonato judeu



Ariel, Ravava, Yakir e Kochav a
Hashachar são alguns dos colonatos na Cisjordânia que ontem, em ambiente
festivo, recomeçaram a construção de várias casas, após o fim da
moratória que durante 10 meses tinha congelado os trabalhos.



Contra todas as pressões internacionais,
incluindo do aliado Estados Unidos, o primeiro-ministro israelita,
Benjamin Netanyahu, não prolongou a moratória, indo, assim, de encontro
às pretensões do sector mais ortodoxo da sociedade hebraica, o principal
defensor da expansão dos colonatos.



Embora sob o Governo de Netanyahu se
tenha registado o mais baixo número de novas construções desde os tempos
do falecido Itzak Rabin, o reinício dos trabalhos deverão comprometer
os mais recentes esforços negociais entre israelitas e palestinianos.
Das 2000 mil novas casas previstas nos vários colonatos da Cisjordânia,
600 deverão estar concluídas já nos próximos meses.



Netanyahu apelou ao líder palestiniano
Mahmoud Abbas para continuar empenhado no processo negocial, mas
dificilmente existem neste momento condições para que ambos se voltem a
sentar à mesa das conversações num futuro próximo.



Washington já manifestou o seu
descontentamento e a ONU e a União Europeia classificaram de actos
“provocadores” a posição do Governo hebraico.



Efectivamente, é desta forma que os
palestinianos estão a interpretar a suspensão da moratória. De Damasco, o
líder do Hamas, Khaleed Mashaal, já avisou que o seu movimento vai
continuar a “matar colonos ilegais”.



A questão dos colonatos é um tema
central no conflito israelo-palestiniano. Para os judeus ortodoxos, os
colonatos são a materialização de um direito histórico. Para os
palestinianos, trata-se de uma violação clara das fronteiras de 1967.



Os colonatos são autênticas cidades,
completamente autónomas, dotadas de infraestruturas internas, tais como
escolas, lojas, hospitais, serviços de abastecimento de água, entre
outros. Cada colonato está ligado a Israel por uma estrada ou
autoestrada para uso exclusivo dos colonos.



Cada colonato é uma fortificação, de
acesso restrito, ao que é aconselhável a qualquer palestiniano manter-se
bem afastado das imediações do complexo. A entrada de jornalistas e de
estrangeiros só é possível com uma autorização prévia, sem qualquer
garantia de sucesso.



A maioria dos colonos são radicais no
seu pensamento, embora não sejam necessariamente violentos. São uma
espécie de linha avançada da causa sionista na Terra Santa.



Dentro da própria sociedade israelita
são vistos como uma corrente radical, que canaliza muitos recursos
financeiros ao Estado hebraico e que é responsável pelo fracasso crónico
das negociações com os palestinianos.



Em tempos, o autor destas linhas
conversava em Telavive com um judeu ortodoxo da ala mais radical que
tinha passado uma temporada num colonato, e apesar do seu discurso
sustentando por uma aparente racionalidade histórica, rapidamente se
percebeu que por detrás dos argumentos apresentados se esconde uma fé
cega inabalável de “direito histórico” ao território da Cisjordânia,
numa perspectiva de Grande Israel.



Existem actualmente 149 colonatos, sendo
que alguns dos mais significativos estão situados nos territórios
contíguos a Jerusalém Oriental, para lá da “Green Line”. Mas também
cidades palestinianas como Nablus, Jericó, Belém ou Ramallah convivem
com colonatos nas imediações geográficas.



Algo que não incomoda particularmente os
colonos, já que estes consideram estar ao serviço da causa judaica, ao
ocuparem território aos palestinianos, inimigos por definição histórica e
bíblica.



É com esta convicção que milhares de
colonos vivem tranquilamente o seu quotidiano, apesar de rodeados de
arame farpado, escoltados pelas Forças de Segurança Israelitas (IDF), e
sempre sob o perigo iminente proveniente, sobretudo, dos movimentos
terroristas do Hamas e das milícias da Fatah.



Uma estranha e obsessiva forma de estar
na vida dirá o leitor deste texto, mas a insanidade mental reinante no
Médio Oriente altera por completo a perspectiva do problema.



E se esta realidade perturbante perpassa
quase todos os colonatos da Cisjordânia, é na cidade de Hebron que a
loucura atinge toda a sua plenitude, onde colonos e palestinianos
coabitam num ambiente doentio e, muitas das vezes, violento. Como
escrevia há uns anos Yossi Sarid no Haaretz, o colonato de Hebron
“nasceu em pecado, e vive no pecado”.



Não será exagero afirmar que os colonos
de Hebron são os mais radicais dos radicais. É um grupo exclusivo e
relativamente pequeno de colonos (5 ou 6 centenas), que se consideram
herdeiros dos judeus que viveram naquela cidade nos tempos bíblicos.



O colonato está literalmente incrustado
no centro de Hebron. A proximidade com a vizinhança palestiniana é tal
que dos telhados de alguns prédios próximos é possível olhar-se para
dentro das casas dos colonos.



Perante esta proximidade explosiva, o
colonato é uma autêntica fortificação, munida de uma forte guarnição de
soldados das IDF. Os arredores do complexo são verdadeiras zonas de
guerra, com divisórias em betão, carros de patrulha e “recolheres
obrigatórios” constantes.



O orgulho judaico exacerbado e o
espírito de missão regem as vidas destes colonos, que jamais trocariam a
sua casa exígua em ambiente hostil no colonato em Hebron por uma
vivenda de 10 assoalhadas à beira mar plantada na bela cidade
mediterrânica de Haifa.



Curiosamente, numa outra conversa que o
autor destas linhas teve com alguns colonos dos Montes Golã, foi
possível encontrar algum equilíbrio no discurso e na abordagem a esta
problemática. Contrastando com a realidade da Cisjordânia, nos Montes
Golã a situação dos colonos, cerca de 20 mil, é bastante diferente.



A origem do movimento "colonizador" nos
Montes Golã tem raízes estratégicas e políticas e deve-se à ocupação
daquele território por parte de Israel à Síria em 1967. Na verdade,
muitos dos judeus que ali residem, num ambiente bastante tranquilo,
diga-se, não se consideram sequer colonos e alguns deles identificam-se
com a ala esquerda israelita em termos políticos.



Quando há uns três anos se falou numa
eventual devolução daquele território à Síria, muitos dos
judeus residentes viram com normalidade esta possibilidade. Aliás, um
deles chegou a dizer a quem escreve este texto que aceitaria de bom
grado uma proposta financeira do Governo israelita para deixar os Montes
Golã e regressar a Israel.



Obviamente que outros há que ao longo
de mais de 40 anos criaram raízes e fizeram investimentos naquela
região, sobretudo ao nível da agricultura, mas apesar disso, no que diz
respeito aos colonos dos Montes Golã, é possível que Telavive e Damasco
se entendam um dia.




tags: colonatos, israel, médio oriente

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Mensagem por Vitor mango Ter Dez 18, 2012 1:29 am


Os colonatos são autênticas cidades,
completamente autónomas, dotadas de infraestruturas internas, tais como
escolas, lojas, hospitais, serviços de abastecimento de água, entre
outros. Cada colonato está ligado a Israel por uma estrada ou
autoestrada para uso exclusivo dos colonos.

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Mensagem por Vitor mango Ter Dez 18, 2012 1:45 am







  1. Haaretz.com


    há 7 horas


    Two-thirds
    of centrist voters would not support a party willing to compromise on
    Jerusalem, according to a poll commissioned by the rightward-leaning
    Jerusalem Center for Public Affairs. http://htz.li/12wzOgH Photo by Emil Salman
    Dois
    terços dos eleitores centristas não suportaria um partido disposto a
    comprometer-se em Jerusalém, de acordo com uma pesquisa encomendada pelo
    centro de Jerusalém para a direita-inclinando-se para assuntos
    públicos. http://HTZ.li/12wzOgH foto por Emil Salman (Traduzido por Bing)
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