Presidente da Bolsa: "Portugal começou a ser visto pelos investidores internacionais de forma diferente" 30 Dezembro 2012, 15:29 por Lusa
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Presidente da Bolsa: "Portugal começou a ser visto pelos investidores internacionais de forma diferente" 30 Dezembro 2012, 15:29 por Lusa
Presidente da Bolsa: "Portugal começou a ser visto pelos investidores internacionais de forma diferente"
30 Dezembro 2012,
15:29 por Lusa
O presidente da NYSE Euronext Lisboa, Luís
Laginha de Sousa, é da opinião que a melhoria da percepção internacional
sobre o país possibilitou a recuperação das cotadas portuguesas na fase
final de 2012.
"Aquilo que nos apercebemos é que,
nesta segunda metade do ano, Portugal começou a ser visto pelos
investidores internacionais de forma diferente. E isso contribuiu para
uma tendência - que se reforçou agora mais para a parte final do ano -
de valorização [das acções cotadas na bolsa de Lisboa], de diminuição do
prémio do risco e de maior apetência pelo mercado português", disse à
agência Lusa Luís Laginha de Sousa, presidente da NYSE Euronext Lisboa.
Em meados de Novembro, o principal índice da bolsa portuguesa
negociava em terreno negativo, contudo, desde então, valorizou mais de
10% o que lhe permite chegar ao fim do ano com ganhos. Até sexta-feira,
penúltimo dia de transacções na praça accionista lisboeta, o PSI20
avançava 3%.
Um movimento que acompanhou inversamente a forte queda
verificada na taxa de juro implícita das Obrigações do Tesouro
português, a 10 anos (prazo de referência em termos internacionais), que
recuou de 8,9% a 15 de Novembro para 7% na sexta-feira, uma descida que
traduz a melhoria da percepção de risco dos investidores sobre a
capacidade de Portugal honrar os seus compromissos no mercado de dívida.
Refira-se que a marca dos 7% foi estipulada pelo anterior
Governo como a barreira que separava o país de uma intervenção
internacional, que se veio a concretizar. Na quinta-feira, a 'yield'
[taxa] a 10 anos chegou mesmo aos 6,98%, ou seja, o nível mais baixo dos
últimos 22 meses.
"Se o caminho se mantiver, é expectável que a evolução se
mantenha também em 2013 e gostaríamos que assim fosse, na medida em que
Portugal acabou por ser mais penalizado em anos anteriores do que outros
países com os quais estava alinhado", frisou o presidente da gestora da
bolsa portuguesa. Só em 2011, o PSI20 desvalorizou 21%, depois de ter
perdido 10% em 2010.
Laginha de Sousa reforçou que "desde que continue o seu caminho
de correção [dos desequilíbrios orçamentais e da dívida pública] e de
convergência, é natural que possa haver uma melhoria maior do que nos
outros mercados".
Ainda assim, o novo ano trará um novo desafio à gestora da
bolsa portuguesa, que passa pela possível diminuição da atractividade do
mercado português devido ao aumento da carga fiscal.
"Tudo o que é aumento da carga fiscal não são boas notícias.
Mas nós temos que ter consciência daquilo que era uma prioridade
absoluta para Portugal, que é conquistar a credibilidade internacional.
Portanto, esse é um sacrifício que é prioritário, face à relevância do
objetivo", frisou o responsável.
Na sua opinião, "aquilo que é fundamental é que possam ser, a
curto prazo, dados sinais de que haverá uma inversão desta situação.
Porque, para o mercado, é importante não só o que é a situação hoje, mas
também a perspectiva de evolução" futura.
"Temos a noção que o nível de fiscalidade hoje é altamente
penalizante para aqueles que devemos estimular a investir e a produzir
riqueza. Temos que rapidamente dar sinais que os levem a acreditar que
isto é uma situação temporária e que iremos caminhar para um nível de
fiscalidade que faça sentido e que seja verdadeiramente um estímulo à
geração de riqueza, investimento e emprego em Portugal", concluiu.
30 Dezembro 2012,
15:29 por Lusa
O presidente da NYSE Euronext Lisboa, Luís
Laginha de Sousa, é da opinião que a melhoria da percepção internacional
sobre o país possibilitou a recuperação das cotadas portuguesas na fase
final de 2012.
"Aquilo que nos apercebemos é que,
nesta segunda metade do ano, Portugal começou a ser visto pelos
investidores internacionais de forma diferente. E isso contribuiu para
uma tendência - que se reforçou agora mais para a parte final do ano -
de valorização [das acções cotadas na bolsa de Lisboa], de diminuição do
prémio do risco e de maior apetência pelo mercado português", disse à
agência Lusa Luís Laginha de Sousa, presidente da NYSE Euronext Lisboa.
Em meados de Novembro, o principal índice da bolsa portuguesa
negociava em terreno negativo, contudo, desde então, valorizou mais de
10% o que lhe permite chegar ao fim do ano com ganhos. Até sexta-feira,
penúltimo dia de transacções na praça accionista lisboeta, o PSI20
avançava 3%.
Um movimento que acompanhou inversamente a forte queda
verificada na taxa de juro implícita das Obrigações do Tesouro
português, a 10 anos (prazo de referência em termos internacionais), que
recuou de 8,9% a 15 de Novembro para 7% na sexta-feira, uma descida que
traduz a melhoria da percepção de risco dos investidores sobre a
capacidade de Portugal honrar os seus compromissos no mercado de dívida.
Refira-se que a marca dos 7% foi estipulada pelo anterior
Governo como a barreira que separava o país de uma intervenção
internacional, que se veio a concretizar. Na quinta-feira, a 'yield'
[taxa] a 10 anos chegou mesmo aos 6,98%, ou seja, o nível mais baixo dos
últimos 22 meses.
"Se o caminho se mantiver, é expectável que a evolução se
mantenha também em 2013 e gostaríamos que assim fosse, na medida em que
Portugal acabou por ser mais penalizado em anos anteriores do que outros
países com os quais estava alinhado", frisou o presidente da gestora da
bolsa portuguesa. Só em 2011, o PSI20 desvalorizou 21%, depois de ter
perdido 10% em 2010.
Laginha de Sousa reforçou que "desde que continue o seu caminho
de correção [dos desequilíbrios orçamentais e da dívida pública] e de
convergência, é natural que possa haver uma melhoria maior do que nos
outros mercados".
Ainda assim, o novo ano trará um novo desafio à gestora da
bolsa portuguesa, que passa pela possível diminuição da atractividade do
mercado português devido ao aumento da carga fiscal.
"Tudo o que é aumento da carga fiscal não são boas notícias.
Mas nós temos que ter consciência daquilo que era uma prioridade
absoluta para Portugal, que é conquistar a credibilidade internacional.
Portanto, esse é um sacrifício que é prioritário, face à relevância do
objetivo", frisou o responsável.
Na sua opinião, "aquilo que é fundamental é que possam ser, a
curto prazo, dados sinais de que haverá uma inversão desta situação.
Porque, para o mercado, é importante não só o que é a situação hoje, mas
também a perspectiva de evolução" futura.
"Temos a noção que o nível de fiscalidade hoje é altamente
penalizante para aqueles que devemos estimular a investir e a produzir
riqueza. Temos que rapidamente dar sinais que os levem a acreditar que
isto é uma situação temporária e que iremos caminhar para um nível de
fiscalidade que faça sentido e que seja verdadeiramente um estímulo à
geração de riqueza, investimento e emprego em Portugal", concluiu.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
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