Sampaio diz que reforma do Estado não deve ser feita à pressa, só para "inglês ver"
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Sampaio diz que reforma do Estado não deve ser feita à pressa, só para "inglês ver"
Sampaio diz que reforma do Estado não deve ser feita à pressa, só para "inglês ver"
Num debate sobre os desafios do Serviço Nacional de
Saúde, o antigo Presidente assume a importância de não adiar as reformas
do Estado mas alerta que estas não devem ser feitas para contentar os
credores que ajudam o país.
9:51 Quinta feira, 17 de janeiro de 2013
Jorge Sampaio avisa que a reforma do Estado
não deve ser feita à pressa, "para inglês ver", alertando para a
importância de resistir ao "frenesim de reformismo agudo".
Num debate realizado quarta-feira à noite em Lisboa
sobre os desafios do Serviço Nacional de Saúde, o antigo Presidente da
República assumiu a importância de não adiar as reformas do Estado, mas
alertou que estas não devem ser feitas para contentar os credores que
ajudam financeiramente o país.
"As reformas têm de ser feitas não para contentar os
credores mas por nós, porque nós portugueses queremos um Estado moderno,
mais eficaz, mais igualitário", declarou.
Considerando que este debate não pode ser confundido
com cortes que têm de ser feitos, o antigo chefe de Estado defendeu que
as reformas devem ser feitas "numa escala temporal apropriada". "Não se
reforma um Estado a correr só para salvar as aparências ou para inglês
ver. Roma e Pavia não se fizeram num dia", indicou.
"É preciso também que se resista à tentação de embarcar
num frenesim de reformismo agudo, precipitado, faccioso e de vistas
curtas, que em vez de trazer soluções justas e duráveis mais não
resultará do que num retrocesso, comprometendo os investimentos feitos
nas últimas décadas", preveniu.
Fã do Serviço Nacional de Saúde
Contudo, para Jorge Sampaio também não é possível adiar
estas reformas esperando por uma "solução miraculosa". "O Governo e os
órgãos competentes que trabalhem e produzam uma espécie de documento que
enquadre os debates e apresente cenários", disse.
É neste debate sobre as funções do Estado que o antigo
Presidente diz que deve ser integrada a discussão sobre a saúde pública
em Portugal. Assumindo-se "um fã do Serviço Nacional de Saúde", recordou
que o que está em jogo é a manutenção de um serviço universal, geral e
tendencialmente gratuito que passa neste momento por "tempos difíceis,
complexos".
Sobre a questão entre serviço público e privado, Jorge
Sampaio defendeu que os profissionais de saúde devem optar em qual
querem trabalhar. "Não é possível ser público de manhã e privado à
tarde", declarou, reconhecendo contudo que os profissionais que estão no
sector público teriam de ganhar mais do que atualmente.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/sampaio-diz-que-reforma-do-estado-nao-deve-ser-feita-a-pressa-so-para-ingles-ver=f780048#ixzz2IF34wCwE
Num debate sobre os desafios do Serviço Nacional de
Saúde, o antigo Presidente assume a importância de não adiar as reformas
do Estado mas alerta que estas não devem ser feitas para contentar os
credores que ajudam o país.
9:51 Quinta feira, 17 de janeiro de 2013
"As reformas têm de ser feitas não para contentar os credores mas por nós, porque nós portugueses queremos um Estado moderno, mais eficaz, mais igualitário", diz o antigo Presidente da República Miguel A. Lopes/Lusa |
não deve ser feita à pressa, "para inglês ver", alertando para a
importância de resistir ao "frenesim de reformismo agudo".
Num debate realizado quarta-feira à noite em Lisboa
sobre os desafios do Serviço Nacional de Saúde, o antigo Presidente da
República assumiu a importância de não adiar as reformas do Estado, mas
alertou que estas não devem ser feitas para contentar os credores que
ajudam financeiramente o país.
"As reformas têm de ser feitas não para contentar os
credores mas por nós, porque nós portugueses queremos um Estado moderno,
mais eficaz, mais igualitário", declarou.
Considerando que este debate não pode ser confundido
com cortes que têm de ser feitos, o antigo chefe de Estado defendeu que
as reformas devem ser feitas "numa escala temporal apropriada". "Não se
reforma um Estado a correr só para salvar as aparências ou para inglês
ver. Roma e Pavia não se fizeram num dia", indicou.
"É preciso também que se resista à tentação de embarcar
num frenesim de reformismo agudo, precipitado, faccioso e de vistas
curtas, que em vez de trazer soluções justas e duráveis mais não
resultará do que num retrocesso, comprometendo os investimentos feitos
nas últimas décadas", preveniu.
Fã do Serviço Nacional de Saúde
Contudo, para Jorge Sampaio também não é possível adiar
estas reformas esperando por uma "solução miraculosa". "O Governo e os
órgãos competentes que trabalhem e produzam uma espécie de documento que
enquadre os debates e apresente cenários", disse.
É neste debate sobre as funções do Estado que o antigo
Presidente diz que deve ser integrada a discussão sobre a saúde pública
em Portugal. Assumindo-se "um fã do Serviço Nacional de Saúde", recordou
que o que está em jogo é a manutenção de um serviço universal, geral e
tendencialmente gratuito que passa neste momento por "tempos difíceis,
complexos".
Sobre a questão entre serviço público e privado, Jorge
Sampaio defendeu que os profissionais de saúde devem optar em qual
querem trabalhar. "Não é possível ser público de manhã e privado à
tarde", declarou, reconhecendo contudo que os profissionais que estão no
sector público teriam de ganhar mais do que atualmente.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/sampaio-diz-que-reforma-do-estado-nao-deve-ser-feita-a-pressa-so-para-ingles-ver=f780048#ixzz2IF34wCwE
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