Reino Unido, Alemanha e EUA aumentam ajuda à França em conflito no Mali
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Reino Unido, Alemanha e EUA aumentam ajuda à França em conflito no Mali
Reino Unido, Alemanha e EUA aumentam ajuda à França em conflito no Mali
Norte-americanos negociam cooperação com o Níger; britânicos enviarão tropas de ajuda estratégica
As tropas francesas e africanas que lutam contra milícias no norte do
Mali contam com apoio militar crescente de potências ocidentais. Desde o
início desta semana, França, Alemanha e Estados Unidos anunciaram
mobilizações significativas em apoio à Operação Serval, nome dado pelas
Forças Armadas da França à intervenção militar. O conflito, iniciado em
2012 por tropas separatistas malinesas seculares contra o governo, se
torna cada vez mais internacional.
O exército França se envolveu diretamente na guerra civil do país
africano desde o último dia 11, a pedido do presidente interino do Mali,
Dioucounda Traoré, em razão do avanço de grupos insurgentes de
orientação islâmica que, após tomarem controle do norte do país,
avançavam em direção à capital, Bamako.
Agência Efe (27/01)
Tanque militar francês passa ao lado de um ônibus civil na regiçao central do Mali
O Pentágono, Departamento de Defesa dos Estados Unidos, negocia com o
governo do Níger a possibilidade de instalar no país uma base para voos
de drones (aeronaves não tripuladas), com o objetivo de monitorar a
fronteira e localizar membros da AQMI (Al Qaeda no Magreb Islâmico), um
dos grupos islâmicos em combate, que teriam recuado para perto da
fronteira, segundo informações do jornal The New Tork Times.
Esses veículos, de acordo com o jornal, seriam modelos Predator ou
Reaper que, apesar dos nomes, não estariam armados ao menos na primeira
fase da parceria. A operação de monitoramento dos drones mobilizaria
cerca de 300 soldados ao Níger. Assim como o Mali, o Níger tem
importantes reservas de urânio na região da fronteira entre os dois
países.
Na segunda-feira (28/01), EUA e Níger assinaram um acordo bilateral que
permite o envio de soldados norte-americanos ao país africano, de
acordo com a agência de notícias francesa France Presse. Neste
documento, consta um pré-requisito denominado Sofa (Status of Forces
Agreement, em inglês), que prevê que toda ação judicial contra um
militar dos EUA no país torne-se objeto da justiça norte-americana.
Caso as negociações não progridam com o governo do Níger, a Africom
(comando norte-americano encarregado de questões do continente africano)
estuda colocar os drones no Burkina Faso, ao sul do Mali.
União Europeia
Nesta terça-feira (29/01), o premiê britânico, David Cameron, afirmou
que o Reino Unido está “pronto para correr o risco” de enviar “uma
quantidade significativa” de soldados ao Mali. Fontes de segurança
britânica afirmaram ao jornal The Guardian que o contingente
deverá ser composto por cerca de 240 homens. Esses soldados, no entanto,
não irão entrar em combate, mas apenas auxiliar as tropas francesas no
treinamento da Afisma (sigla em inglês da Missão Internacional de Apoio
ao Mali liderada pela África) – seja em território malinês ou nos países
vizinhos – especialmente ex-colônias britânicas como a Nigéria.
Cameron enviou seu conselheiro sobre questões de segurança, Kim
Darroch, para Paris, com o objetivo de discutir com os franceses como o
Reino Unido poderá ajudar na intervenção militar. No entanto, alguns
membros das forças especiais britânicas já se encontram em território
malinês a serviço e em auxílio aos franceses.
De acordo com um porta-voz do premiê, a ajuda foi acertada em uma
conversa realizada no domingo, por telefone, entre Cameron e Hollande.
"O presidente francês forneceu atualizações sobre os progressos obtidos
pelas forças malinesas e francesas", disse o porta-voz.
Leia mais
Por sua vez, o governo da Alemanha sinalizou nesta terça (29) que
pretende enviar um terceiro avião de transporte militar para Bamako,
capital do país. A aeronave seria utilizada no transporte de militares
que estão sendo deslocados para o país africano.
Fontes do governo alemão defendem que com o envio de um terceiro avião
Transal, modelo utilizado no apoio ao governo africano, as duas
aeronaves que já estão no continente poderiam apoiar diariamente a
Afisma. Os britânicos também auxiliam tropas francesas e africanas com
dois veículos militares de transporte, de modelo RAF C17, além de um
veículo de reconhecimento aéreo no Senegal.
Os EUA, por sua vez, ajudam os franceses em transporte e fornecimento
de combustível aéreo, além de dividir informações obtidas via satélite
na região.
África
Os líderes africanos realizam nesta terça-feira (29) em Adis-Abeba,
capital da Etiópia, uma conferência internacional de doadores, que
procura arrecadar 450 milhões de dólares em fundos e apoio logístico
para a missão militar internacional de apoio ao Mali.
Os fundos serão destinados a financiar o restante da campanha militar.
A arrecadação servirá para treinar soldados da Afisma, devendo ser
usada ainda na posterior missão de paz para alcançar a estabilização
total do país.
O presidente de Burkina Faso, Blaise Compaoré, principal mediador no
conflito malinês, assegurou ontem aos jornalistas que a UA (União
Africana) contribuirá com 50 milhões de dólares.
O comissário de Paz e Segurança da UA, Ramtane Lamamra, disse nesta
segunda-feira que a reunião deverá somar 20 representantes de países
africanos e 17 de parceiros internacionais.
A conferência será presidida pelo novo chefe da UA, o primeiro-ministro
etíope, Hailemariam Desalegn, e pelo presidente da Costa do Marfim,
Alassane Ouattara, atual líder da Cedeao (Comunidade Econômica de
Estados da África Ocidental).
Quem está no Mali
Até o momento, Mali, França e os demais países africanos contam com
apoio apenas estratégico das grandes potências ocidentais. O Exército
malinês contava atualmente, contando forças oficiais e paramilitares,
com um contingente de 12 mil soldados. Após perder o controle do norte
em 2012 e cidades estratégicas na região central, esse efetivo é
desconhecido.
A França conta, até o dia 28 de janeiro, com 3.500 soldados em
território malinês, enquanto 4.500 militares trabalham em apoio à
Operação Serval. Destes, 1.200 estão em países vizinhos, especialmente
no Chade, Burkina Faso, Níger, Senegal e no mar.
A Afisma tem, até o momento, 2.900 homens – sendo 1.400 do Chade, 500
do Niger,350 do Togo, 200 da Nigéria, 150 de Burkina Faso, 100 do Benin e
50 do Senegal. Os demais são de outros países. No total, os países da
região prometem contribuir, no total, com aproximadamente 6.500
soldados.
Além de Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos, os países que oferecem
ajuda estratégica são: Bélgica, Espanha, Canadá, Rússia e Emirados
Árabes Unidos. A Itália estuda participar com o envio de um avião de
transporte.
Norte-americanos negociam cooperação com o Níger; britânicos enviarão tropas de ajuda estratégica
As tropas francesas e africanas que lutam contra milícias no norte do
Mali contam com apoio militar crescente de potências ocidentais. Desde o
início desta semana, França, Alemanha e Estados Unidos anunciaram
mobilizações significativas em apoio à Operação Serval, nome dado pelas
Forças Armadas da França à intervenção militar. O conflito, iniciado em
2012 por tropas separatistas malinesas seculares contra o governo, se
torna cada vez mais internacional.
O exército França se envolveu diretamente na guerra civil do país
africano desde o último dia 11, a pedido do presidente interino do Mali,
Dioucounda Traoré, em razão do avanço de grupos insurgentes de
orientação islâmica que, após tomarem controle do norte do país,
avançavam em direção à capital, Bamako.
Agência Efe (27/01)
Tanque militar francês passa ao lado de um ônibus civil na regiçao central do Mali
O Pentágono, Departamento de Defesa dos Estados Unidos, negocia com o
governo do Níger a possibilidade de instalar no país uma base para voos
de drones (aeronaves não tripuladas), com o objetivo de monitorar a
fronteira e localizar membros da AQMI (Al Qaeda no Magreb Islâmico), um
dos grupos islâmicos em combate, que teriam recuado para perto da
fronteira, segundo informações do jornal The New Tork Times.
Esses veículos, de acordo com o jornal, seriam modelos Predator ou
Reaper que, apesar dos nomes, não estariam armados ao menos na primeira
fase da parceria. A operação de monitoramento dos drones mobilizaria
cerca de 300 soldados ao Níger. Assim como o Mali, o Níger tem
importantes reservas de urânio na região da fronteira entre os dois
países.
Na segunda-feira (28/01), EUA e Níger assinaram um acordo bilateral que
permite o envio de soldados norte-americanos ao país africano, de
acordo com a agência de notícias francesa France Presse. Neste
documento, consta um pré-requisito denominado Sofa (Status of Forces
Agreement, em inglês), que prevê que toda ação judicial contra um
militar dos EUA no país torne-se objeto da justiça norte-americana.
Caso as negociações não progridam com o governo do Níger, a Africom
(comando norte-americano encarregado de questões do continente africano)
estuda colocar os drones no Burkina Faso, ao sul do Mali.
União Europeia
Nesta terça-feira (29/01), o premiê britânico, David Cameron, afirmou
que o Reino Unido está “pronto para correr o risco” de enviar “uma
quantidade significativa” de soldados ao Mali. Fontes de segurança
britânica afirmaram ao jornal The Guardian que o contingente
deverá ser composto por cerca de 240 homens. Esses soldados, no entanto,
não irão entrar em combate, mas apenas auxiliar as tropas francesas no
treinamento da Afisma (sigla em inglês da Missão Internacional de Apoio
ao Mali liderada pela África) – seja em território malinês ou nos países
vizinhos – especialmente ex-colônias britânicas como a Nigéria.
Cameron enviou seu conselheiro sobre questões de segurança, Kim
Darroch, para Paris, com o objetivo de discutir com os franceses como o
Reino Unido poderá ajudar na intervenção militar. No entanto, alguns
membros das forças especiais britânicas já se encontram em território
malinês a serviço e em auxílio aos franceses.
De acordo com um porta-voz do premiê, a ajuda foi acertada em uma
conversa realizada no domingo, por telefone, entre Cameron e Hollande.
"O presidente francês forneceu atualizações sobre os progressos obtidos
pelas forças malinesas e francesas", disse o porta-voz.
Leia mais
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- Mali prolonga estado de emergência no país por mais três meses
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Por sua vez, o governo da Alemanha sinalizou nesta terça (29) que
pretende enviar um terceiro avião de transporte militar para Bamako,
capital do país. A aeronave seria utilizada no transporte de militares
que estão sendo deslocados para o país africano.
Fontes do governo alemão defendem que com o envio de um terceiro avião
Transal, modelo utilizado no apoio ao governo africano, as duas
aeronaves que já estão no continente poderiam apoiar diariamente a
Afisma. Os britânicos também auxiliam tropas francesas e africanas com
dois veículos militares de transporte, de modelo RAF C17, além de um
veículo de reconhecimento aéreo no Senegal.
Os EUA, por sua vez, ajudam os franceses em transporte e fornecimento
de combustível aéreo, além de dividir informações obtidas via satélite
na região.
África
Os líderes africanos realizam nesta terça-feira (29) em Adis-Abeba,
capital da Etiópia, uma conferência internacional de doadores, que
procura arrecadar 450 milhões de dólares em fundos e apoio logístico
para a missão militar internacional de apoio ao Mali.
Os fundos serão destinados a financiar o restante da campanha militar.
A arrecadação servirá para treinar soldados da Afisma, devendo ser
usada ainda na posterior missão de paz para alcançar a estabilização
total do país.
O presidente de Burkina Faso, Blaise Compaoré, principal mediador no
conflito malinês, assegurou ontem aos jornalistas que a UA (União
Africana) contribuirá com 50 milhões de dólares.
O comissário de Paz e Segurança da UA, Ramtane Lamamra, disse nesta
segunda-feira que a reunião deverá somar 20 representantes de países
africanos e 17 de parceiros internacionais.
A conferência será presidida pelo novo chefe da UA, o primeiro-ministro
etíope, Hailemariam Desalegn, e pelo presidente da Costa do Marfim,
Alassane Ouattara, atual líder da Cedeao (Comunidade Econômica de
Estados da África Ocidental).
Quem está no Mali
Até o momento, Mali, França e os demais países africanos contam com
apoio apenas estratégico das grandes potências ocidentais. O Exército
malinês contava atualmente, contando forças oficiais e paramilitares,
com um contingente de 12 mil soldados. Após perder o controle do norte
em 2012 e cidades estratégicas na região central, esse efetivo é
desconhecido.
A França conta, até o dia 28 de janeiro, com 3.500 soldados em
território malinês, enquanto 4.500 militares trabalham em apoio à
Operação Serval. Destes, 1.200 estão em países vizinhos, especialmente
no Chade, Burkina Faso, Níger, Senegal e no mar.
A Afisma tem, até o momento, 2.900 homens – sendo 1.400 do Chade, 500
do Niger,350 do Togo, 200 da Nigéria, 150 de Burkina Faso, 100 do Benin e
50 do Senegal. Os demais são de outros países. No total, os países da
região prometem contribuir, no total, com aproximadamente 6.500
soldados.
Além de Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos, os países que oferecem
ajuda estratégica são: Bélgica, Espanha, Canadá, Rússia e Emirados
Árabes Unidos. A Itália estuda participar com o envio de um avião de
transporte.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Reino Unido, Alemanha e EUA aumentam ajuda à França em conflito no Mali
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Primeiro, andou meio mundo com "paninhos quentes" para com os islamistas. Agora, "aqui d'El-Rei, que temos de os parar, a qualquer custo. Esperemos, que não seja demasiado tarde!
Primeiro, andou meio mundo com "paninhos quentes" para com os islamistas. Agora, "aqui d'El-Rei, que temos de os parar, a qualquer custo. Esperemos, que não seja demasiado tarde!
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
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