Hoje na História: 1784 - Morre o enciclopedista Denis Diderot
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Hoje na História: 1784 - Morre o enciclopedista Denis Diderot
Hoje na História: 1784 - Morre o enciclopedista Denis Diderot
Francês, que se dizia filósofo, chegou a ser preso por dois anos devido a seus escritos
Denis Diderot, o enciclopedista, que morreu em Paris em 31 de janeiro
de 1784, foi o iniciador da Enciclopédia, a soma de todos os
conhecimentos acumulados até o século 18.
Wikicommons
Nasceu
em 5 de outubro de 1713, em uma família rica de Langres, na Champagne.
Os pais o destinaram à carreira eclesiástica, porém logo perde a fé e
leva uma vida de boêmio até o seu casamento, aos 30 anos.
Á época, toma conhecimento da obra de dois pensadores igualmente
anticonformistas, Rousseau e Grimm. Diderot passa então a publicar
alguns escritos filosóficos.
A notoriedade acontece em 1749 com sua “Carta sobre os Cegos Usados por
Aqueles que Vêem” em que afirma seu ateísmo: “É muito importante não
confundir a cicuta com a salsinha mas de modo algum crer ou não crer em
Deus”, escreveu com ironia. Resultado: dois meses de detenção no forte
de Vincennes.
Ao sair da prisão, o livreiro Le Breton lhe submete o projeto de uma
enciclopédia, ao qual Diderot se joga de corpo e alma, sem renunciar às
numerosas publicações pessoais.
Em 1º de julho de 1751 surge o primeiro volume da Enciclopédia,
precedido do Discurso Preliminar de Jean le Rond d'Alembert. Era o
início de uma aventura editorial sem precedentes que iria sacudir o
mundo das ideias em toda a Europa.
Leia mais
A difusão da Enciclopédia foi favorecida pelo fato de que naquele
“Século das Luzes” falava-se francês em todas as cortes e em todos os
salões europeus, de São Petersburgo a Lisboa.
O projeto nascera seis anos antes, fruto do desejo do livreiro Le
Breton de traduzir a Cyclopaedia do inglês Ephraim Chambers, um
dicionário ilustrado das ciências e das artes, publicado em 1728.
O livreiro submete a ideia a Diderot, 32 anos. Esse inquieto jovem, que
se dizia filósofo, tinha em perspectiva não mais uma simples tradução e
sim “um quadro geral dos esforços do espírito humano em todos os
gêneros e em todos os séculos”. Daí o seu título, Enciclopédia,
neologismo forjado segundo uma expressão grega que designa as ciências a
serem ensinadas.
Diderot chama seu amigo, o matemático e filósofo Jean d'Alembert para
ajudá-lo. Em outubro de 1750, expõe seu projeto para atrair
subscritores. Não menos de 2 mil respondem ao apelo e pagam cada qual
280 libras, o equivalente ao ingresso anual de um operário. Os grandes
pensadores de seu tempo aceitam também colaborar com a obra editorial.
A influente marquesa de Pompadour, amante do rei Luis XV, estende sua
proteção a Diderot. Ela logo se mostraria indispensável num ambiente
superexcitado dos salões mundanos.
O sucesso da Enciclopédia é imediato na França e também em toda a
Europa das Luzes. Sua tiragem se eleva rapidamente a 4.200 exemplares,
número considerável levando-se em conta o custo e a amplitude da obra.
Os primeiros problemas começam com um artigo sobre a Gênese e a criação
do mundo redigido por um eclesiástico, de certo modo livre pensador, o
abade de Prades.
Os jesuítas julgaram o texto herético e obtêm de um bispo que
condenasse ao fogo, em fevereiro de 1752, os dois tomos da Enciclopédia
já publicados.
Madame de Pompadour e o diretor da Biblioteca Real, Guillaume de
Malesherbes, responsável também pela censura, intervêm para fazer
levantar a interdição e autorizar a publicação dos cinco tomos
seguintes. Isso não impediu o prosseguimento de ataques por todos os
lados contra a Enciclopédia.
O tempo se fecha a partir de 1757 e do atentado de um desequilibrado,
Damiens, contra o rei. Os devotos sobem o tom contra os enciclopedistas,
culpados por criticar a religião católica. Os jesuítas, atingidos em
seu prestígio em matéria de educação, figuravam entre os mais virulentos
adversários.
Inesperadamente, Rousseau corta relações com Diderot e se desliga da
Enciclopédia em razão do verbete Genebra, em que o autor d'Alembert
critica os modos austeros da cidade calvinista.
Em 8 de março de 1759, sob um falacioso pretexto, o Conselho de Estado
proíbe a venda da Enciclopédia e exige o reembolso aos 4 mil
subscritores.
No total, em 30 anos, seriam publicados 28 volumes compreendendo 11
livros de ilustrações e um milhar de artigos de autoria de cerca de 200
colaboradores, entre eles os mais reputados de seu tempo.
Francês, que se dizia filósofo, chegou a ser preso por dois anos devido a seus escritos
Denis Diderot, o enciclopedista, que morreu em Paris em 31 de janeiro
de 1784, foi o iniciador da Enciclopédia, a soma de todos os
conhecimentos acumulados até o século 18.
Wikicommons
Nasceu
em 5 de outubro de 1713, em uma família rica de Langres, na Champagne.
Os pais o destinaram à carreira eclesiástica, porém logo perde a fé e
leva uma vida de boêmio até o seu casamento, aos 30 anos.
Á época, toma conhecimento da obra de dois pensadores igualmente
anticonformistas, Rousseau e Grimm. Diderot passa então a publicar
alguns escritos filosóficos.
A notoriedade acontece em 1749 com sua “Carta sobre os Cegos Usados por
Aqueles que Vêem” em que afirma seu ateísmo: “É muito importante não
confundir a cicuta com a salsinha mas de modo algum crer ou não crer em
Deus”, escreveu com ironia. Resultado: dois meses de detenção no forte
de Vincennes.
Ao sair da prisão, o livreiro Le Breton lhe submete o projeto de uma
enciclopédia, ao qual Diderot se joga de corpo e alma, sem renunciar às
numerosas publicações pessoais.
Em 1º de julho de 1751 surge o primeiro volume da Enciclopédia,
precedido do Discurso Preliminar de Jean le Rond d'Alembert. Era o
início de uma aventura editorial sem precedentes que iria sacudir o
mundo das ideias em toda a Europa.
Leia mais
- Custo do trabalho ou custo do capital?
- A Batalha de Argel e seu legado histórico
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- Livro de Fernando Morais sobre antiterroristas cubanos é lançado em Havana
A difusão da Enciclopédia foi favorecida pelo fato de que naquele
“Século das Luzes” falava-se francês em todas as cortes e em todos os
salões europeus, de São Petersburgo a Lisboa.
O projeto nascera seis anos antes, fruto do desejo do livreiro Le
Breton de traduzir a Cyclopaedia do inglês Ephraim Chambers, um
dicionário ilustrado das ciências e das artes, publicado em 1728.
O livreiro submete a ideia a Diderot, 32 anos. Esse inquieto jovem, que
se dizia filósofo, tinha em perspectiva não mais uma simples tradução e
sim “um quadro geral dos esforços do espírito humano em todos os
gêneros e em todos os séculos”. Daí o seu título, Enciclopédia,
neologismo forjado segundo uma expressão grega que designa as ciências a
serem ensinadas.
Diderot chama seu amigo, o matemático e filósofo Jean d'Alembert para
ajudá-lo. Em outubro de 1750, expõe seu projeto para atrair
subscritores. Não menos de 2 mil respondem ao apelo e pagam cada qual
280 libras, o equivalente ao ingresso anual de um operário. Os grandes
pensadores de seu tempo aceitam também colaborar com a obra editorial.
A influente marquesa de Pompadour, amante do rei Luis XV, estende sua
proteção a Diderot. Ela logo se mostraria indispensável num ambiente
superexcitado dos salões mundanos.
O sucesso da Enciclopédia é imediato na França e também em toda a
Europa das Luzes. Sua tiragem se eleva rapidamente a 4.200 exemplares,
número considerável levando-se em conta o custo e a amplitude da obra.
Os primeiros problemas começam com um artigo sobre a Gênese e a criação
do mundo redigido por um eclesiástico, de certo modo livre pensador, o
abade de Prades.
Os jesuítas julgaram o texto herético e obtêm de um bispo que
condenasse ao fogo, em fevereiro de 1752, os dois tomos da Enciclopédia
já publicados.
Madame de Pompadour e o diretor da Biblioteca Real, Guillaume de
Malesherbes, responsável também pela censura, intervêm para fazer
levantar a interdição e autorizar a publicação dos cinco tomos
seguintes. Isso não impediu o prosseguimento de ataques por todos os
lados contra a Enciclopédia.
O tempo se fecha a partir de 1757 e do atentado de um desequilibrado,
Damiens, contra o rei. Os devotos sobem o tom contra os enciclopedistas,
culpados por criticar a religião católica. Os jesuítas, atingidos em
seu prestígio em matéria de educação, figuravam entre os mais virulentos
adversários.
Inesperadamente, Rousseau corta relações com Diderot e se desliga da
Enciclopédia em razão do verbete Genebra, em que o autor d'Alembert
critica os modos austeros da cidade calvinista.
Em 8 de março de 1759, sob um falacioso pretexto, o Conselho de Estado
proíbe a venda da Enciclopédia e exige o reembolso aos 4 mil
subscritores.
No total, em 30 anos, seriam publicados 28 volumes compreendendo 11
livros de ilustrações e um milhar de artigos de autoria de cerca de 200
colaboradores, entre eles os mais reputados de seu tempo.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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