Apesar de sanções internacionais, Irã oferece empréstimo ao Egito
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Apesar de sanções internacionais, Irã oferece empréstimo ao Egito
06/02/2013 - 19h00 | Redação | São Paulo
Apesar de sanções internacionais, Irã oferece empréstimo ao Egito
Exportação de petróleo de Teerã está em queda desde a imposição de bloqueios pelos EUA e a União Europeia
Agência Efe
Irã poderia conceder grandes empréstimos ao Egito, enquanto buscam maiores acordos bilaterais
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse ter oferecido “uma
grande linha de crédito e outros serviços” ao Egito, apesar das sanções
econômicas internacionais que enfrenta por causa de seu programa
nuclear.
Em entrevista ao jornal egípcio Al Ahram durante visita ao
país, afirmou que a economia iraniana está testemunhando “aspectos
positivos” e as exportações crescem gradualmente.
O presidente egípcio, Mohammed Mursi, disse nesta terça-feira (05/02)
que suas reservas no exterior caíram para abaixo de US$15 bilhões, nível
que cobre três meses de importações, mesmo com recentes ajudas
financeiras do Catar. Além disso, o turismo no país tem sido duramente
afetado desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, e
investimentos têm arrefecido por causa da instabilidade política e
econômica.
Sanções
Nesta quarta-feira (06/02), o Departamento de Tesouro dos EUA levantou
sanções contra a emissora estatal Republic of Iran Broadcasting e seu
diretor Ezzatollah Zarghami e bloqueou o acesso ao sistema financeiro
norte-americano. A lei no país permite que o departamento restrinja
qualquer pessoa que considere um obstáculo ao acesso à informação da
população.
"Nós alvejaremos também aqueles no Irã que forem responsáveis por
abusos de direitos humanos, especialmente os que negarem liberdades
básicas de expressão e assembleia”, disse David Cohen, sub-secretário
para terrorismo e inteligência financeira no Tesouro.
Leia mais
Além disso, e como programado, sanções que congelam ganhos iranianos do
petróleo tomam efeito nesta quarta-feira. Desse modo, o país não
consegue repatriar as rendas, mas somente usá-las para compras de seus
países clientes.
De fato, as exportações de petróleo iranianas caíram pela metade em
2012, desde os 2,2 milhões de barris diários no fim do ano anterior,
levando à perda de bilhões de dólares e queda na moeda do país.
No entanto, os números subiram de 900 mil para 1,4 milhões de barris diários entre novembro e dezembro, de acordo com uma compilação da agência Reuters.
Isso se deve à contínua demanda da China, Índia e Japão, assim como a
aquisição de novos navios transportadores da China e a alternativas
encontradas por compradores tradicionais ao seguro logístico bloqueado.
Com as novas sanções, porém, as vendas devem voltar a cair em 2013. O
rastreamento de navios iranianos se torna cada vez mais difícil à medida
em que empresas desligam os sinais de satélite para esconderem o
transporte de potências ocidentais.
Os Estados Unidos e outros países da ONU impõem embargos sobre produtos
importados iranianos e cortam o acesso do país a logística, seguros e
financiamentos como forma de prejudicar as exportações de petróleo do
país, vital para a economia, e assim forçá-lo a parar com seu programa
nuclear -- cujos objetivos não são bélicos, de acordo com o governo. Um
exemplo é a ENOC, petroleira estatal dos Emirados Árabes Unidos, que
importa óleo condensado do Catar e está finalizando outros contratos
para substituir o sancionado do Irã.
Cooperação
Ahmadinejad visitou o Cairo nesta terça-feira (05/02) para participar
da 12ª Cúpula da Organização da Cooperação Islâmica, na primeira visita
de um líder iraniano ao país em 34 anos.
Os chefes de Estado analisaram medidas para resolver a crise síria "sem
uma intervenção militar" e conversaram sobre a situação regional e as
formas de reforçar os laços bilaterais. O presidente egípcio afirmou que
a revolução no Egito apresenta uma situação similar à do Irã, ocorrida
em 1979, mas o primeiro não possui as mesmas oportunidades para
desenvolvimento rápido.
"Se os dois povos estiverem unidos nesta etapa de desenvolvimento
ocuparão um lugar importante no mundo, e a região e o mundo se
beneficiarão", assegurou Ahmadinejad depois de se reunir com o xeque da
instituição sunita Al-Azhar, Ahmad al Tayyip. Após o encontro, Tayyip
emitiu um comunicado no qual instou o Irã a não interferir nos assuntos
internos das monarquias sunitas do Golfo Pérsico, especialmente no
Bahrein.
Cairo e Teerã romperam seus laços em 1979 após o triunfo da revolução
iraniana, depois que o governo egípcio decidiu acolher em seu território
o deposto xá, Mohammed Reza Pahlevi, e devido à assinatura dos acordos
de paz de Camp David entre Egito e Israel no mesmo ano.
* Com informações de Reuters, EFE e MehrNews
Apesar de sanções internacionais, Irã oferece empréstimo ao Egito
Exportação de petróleo de Teerã está em queda desde a imposição de bloqueios pelos EUA e a União Europeia
Agência Efe
Irã poderia conceder grandes empréstimos ao Egito, enquanto buscam maiores acordos bilaterais
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse ter oferecido “uma
grande linha de crédito e outros serviços” ao Egito, apesar das sanções
econômicas internacionais que enfrenta por causa de seu programa
nuclear.
Em entrevista ao jornal egípcio Al Ahram durante visita ao
país, afirmou que a economia iraniana está testemunhando “aspectos
positivos” e as exportações crescem gradualmente.
O presidente egípcio, Mohammed Mursi, disse nesta terça-feira (05/02)
que suas reservas no exterior caíram para abaixo de US$15 bilhões, nível
que cobre três meses de importações, mesmo com recentes ajudas
financeiras do Catar. Além disso, o turismo no país tem sido duramente
afetado desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, e
investimentos têm arrefecido por causa da instabilidade política e
econômica.
Sanções
Nesta quarta-feira (06/02), o Departamento de Tesouro dos EUA levantou
sanções contra a emissora estatal Republic of Iran Broadcasting e seu
diretor Ezzatollah Zarghami e bloqueou o acesso ao sistema financeiro
norte-americano. A lei no país permite que o departamento restrinja
qualquer pessoa que considere um obstáculo ao acesso à informação da
população.
"Nós alvejaremos também aqueles no Irã que forem responsáveis por
abusos de direitos humanos, especialmente os que negarem liberdades
básicas de expressão e assembleia”, disse David Cohen, sub-secretário
para terrorismo e inteligência financeira no Tesouro.
Leia mais
- Irã respalda iniciativa política de Damasco para resolver conflito sírio
- Irã se diz otimista com novo mandato de Obama nos EUA
- Ahmadinejad chega ao Egito em primeira visita de um líder iraniano desde 1979
- Irã voltará a negociar questão nuclear neste mês com potências
Além disso, e como programado, sanções que congelam ganhos iranianos do
petróleo tomam efeito nesta quarta-feira. Desse modo, o país não
consegue repatriar as rendas, mas somente usá-las para compras de seus
países clientes.
De fato, as exportações de petróleo iranianas caíram pela metade em
2012, desde os 2,2 milhões de barris diários no fim do ano anterior,
levando à perda de bilhões de dólares e queda na moeda do país.
No entanto, os números subiram de 900 mil para 1,4 milhões de barris diários entre novembro e dezembro, de acordo com uma compilação da agência Reuters.
Isso se deve à contínua demanda da China, Índia e Japão, assim como a
aquisição de novos navios transportadores da China e a alternativas
encontradas por compradores tradicionais ao seguro logístico bloqueado.
Com as novas sanções, porém, as vendas devem voltar a cair em 2013. O
rastreamento de navios iranianos se torna cada vez mais difícil à medida
em que empresas desligam os sinais de satélite para esconderem o
transporte de potências ocidentais.
Os Estados Unidos e outros países da ONU impõem embargos sobre produtos
importados iranianos e cortam o acesso do país a logística, seguros e
financiamentos como forma de prejudicar as exportações de petróleo do
país, vital para a economia, e assim forçá-lo a parar com seu programa
nuclear -- cujos objetivos não são bélicos, de acordo com o governo. Um
exemplo é a ENOC, petroleira estatal dos Emirados Árabes Unidos, que
importa óleo condensado do Catar e está finalizando outros contratos
para substituir o sancionado do Irã.
Cooperação
Ahmadinejad visitou o Cairo nesta terça-feira (05/02) para participar
da 12ª Cúpula da Organização da Cooperação Islâmica, na primeira visita
de um líder iraniano ao país em 34 anos.
Os chefes de Estado analisaram medidas para resolver a crise síria "sem
uma intervenção militar" e conversaram sobre a situação regional e as
formas de reforçar os laços bilaterais. O presidente egípcio afirmou que
a revolução no Egito apresenta uma situação similar à do Irã, ocorrida
em 1979, mas o primeiro não possui as mesmas oportunidades para
desenvolvimento rápido.
"Se os dois povos estiverem unidos nesta etapa de desenvolvimento
ocuparão um lugar importante no mundo, e a região e o mundo se
beneficiarão", assegurou Ahmadinejad depois de se reunir com o xeque da
instituição sunita Al-Azhar, Ahmad al Tayyip. Após o encontro, Tayyip
emitiu um comunicado no qual instou o Irã a não interferir nos assuntos
internos das monarquias sunitas do Golfo Pérsico, especialmente no
Bahrein.
Cairo e Teerã romperam seus laços em 1979 após o triunfo da revolução
iraniana, depois que o governo egípcio decidiu acolher em seu território
o deposto xá, Mohammed Reza Pahlevi, e devido à assinatura dos acordos
de paz de Camp David entre Egito e Israel no mesmo ano.
* Com informações de Reuters, EFE e MehrNews
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118271
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