O regresso de Sócrates: sebastianismo de pernas para o ar
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O regresso de Sócrates: sebastianismo de pernas para o ar
O regresso de Sócrates: sebastianismo de pernas para o ar
Daniel Oliveira
Regressado de uma ausência de dez dias, contava encontrar o País a descutir a situação no Chipre (assunto que se debatia e que eu próprio tratei no "Expresso", quando parti) ou a situação de Portugal quando o Tribunal Contitucional tornar este Orçamento inviável (que só pode ser a queda do governo). Afinal a excitação era o regresso de José Sócrates pela mão da RTP de Miguel Relvas.
Sobre as razões de Sócrates para aceitar tal convite e os efeitos que
este terá no PS já demasiadas teorias da conspiração floresceram.
Prefiro concentrar-me nas reações e nas suas razões. E de caminho fazer
um último (seria bom que fosse o último) balanço da governação
socrática.
Morais Sarmento, ministro do governante que
abandonou um País porque lhe ofereceram um melhor lugar na Europa
definiu o regresso de Sócrates como sinal de ser um "homem sem vergonha". Medina Carreira, que grita hoje exatamente o oposto do que antes gritava sobre a austeridade, acompanhou o coro. Esther Mucznik
veio mesmo comparar a contratação de Sócrates pela RTP com a exibição
de um cartaz de Hitler numa escola, usando a pornografia argumentativa
para apelar à censura. E há até uma petição, lançada por líder local do CDS, contra a contratação de Sócrates como comentador político.
Tenho todas as dúvidas sobre as vantagens desta nova moda de ex-líderes partidários serem comentadores políticos. Mas esta absoluta originalidade nacional parece ter aceitação pública. Se assim é, não vejo porque sejam as opiniões de Marques Mendes, Marcelo Rebelo de Sousa ou Francisco Louçã
mais merecedoras de atenção do que as de José Sócrates. Se houvesse
alguma dúvida da relevância das opiniões de Sócrates ela estava
respondida pela excitação que tal anúncio provocou. Alguém perdeu cinco
segundos a debater o facto de Santana Lopes ser comentador
televisivo? A televisão pública podia ter Marcelo a fazer comentário
político e não pode ter Sócrates? Agora a censura faz-se através de
petições? Só temos direito a ouvir quem um determinado grupo de pessoas
aprecia?
Opus-me ao governo de Sócrates e não me arrependo de o ter feito. O seu estilo autoritário; a sua falta de consistência política, que tantas vezes o fez ziguezaguear; a sua táctica de dividir para reinar,
transformando, à vez, funcionários públicos, professores, profissionais
liberais, juízes e sindicatos em culpados pelos males do país,
isolaram-no. Teve, no entanto, uma vantagem sobre a maioria dos seus
antecessores: foi a votos e aceitou os custos da sua derrota. Ao
contrário de Soares, Cavaco, Guterres ou Durão Barroso, não deixou para
outros o papel de cordeiros para sacrifício. E se há virtude que
valorizo é a coragem. E essa ninguém consegue negar a José Sócrates.
Os seus PEC's foram os preliminares da
política que está a esmagar o País. E só tarde demais parece ter
percebido como a política de austeridade só nos poderia enfiar num
buraco. Não, o seu erro não foi aumentar a dívida, que, como
qualquer pessoa informada e séria sabe, resultou do aumento dos juros a
partir de 2008, fruto da crise internacional. As leituras simplistas
sobre a crise portuguesa ainda poderiam ser toleradas há dois anos.
Agora, com tudo o que sabemos sobre o que se passa na Europa e sobre os
efeitos da austeridade em Portugal, elas só podem ser repetidas por
má-fé.
Como quase todos os governantes, Sócrates fez coisas boas e coisas más. É ele o principal responsável pela abertura de novos mercados para as nossas exportações,
que o atual governo usa como única bandeira que sobra de alguma
esperança para o País. Foi ele que, por impreparação ou cegueira, foi incapaz de ver, a partir de 2008, os sinais do que aí vinha. Foi ele que, nas negociações com a troika, ainda deu alguns sinais de querer defender alguns interesses nacionais,
enquanto Passos e Catroga jogavam tudo na intervenção externa, que
inevitavelmente levaria a uma crise política que lhes daria acesso ao
"pote". Foi ele que fez tudo para enfraquecer a sociedade civil e degradar o ambiente democrático que agora tanta falta fazem para resistir aos abusos de poder de quem nos governa. Sócrates
foi, na minha opinião, um mau primeiro-ministro. Mas não foi o
responsável pela crise económica portuguesa, grega, cipriota,
italiana...
A minha dúvida é esta: porque causa José Sócrates tanta urticária?
Ao ponto de tanta gente, passados dois anos de um massacre social dos
que diziam que já chegava de sacrifícios, nem o querer ver na televisão.
Três razões.
A primeira: foi com ele que a troika entrou em Portugal, que a crise desabou sobre os portugueses e que chegámos a um beco sem saída. Esta é a razão respeitável e compreensível.
A segunda: Sócrates tem um estilo que os portugueses não apreciam e que, no centro-esquerda, é raro. É direto, truculento e combativo.
Esta é a única razão porque tenho, apesar de nunca ter votado nem
alguma vez me imaginar a votar nele, alguma admiração pela figura. Antes
um Sócrates desagradável do que vinte Cavacos sonsos e trinta Passos
melosos. Sócrates semeou, por boas e más razões, muitos ódios e paixões.
E isso apenas quer dizer que existiu. Deus nos livre de políticos
consensuais ou indiferentes.
A terceira: com o PS dominado pela moleza de quem o dirige e a indecisão de quem o gostaria de o dirigir, o regresso de Sócrates assusta.
Por concentrar o debate num passado que se quer esquecido ou por
mostrar a ineficácia do atual líder do PS e dos seus supostos opositores
internos. Tanto faz.
Fui opositor de Sócrates. Foi a sua paixão pela "terceira via" de Tony Blair (o suicídio ideológico da esquerda), o seu entusiasmo acrítico pelo Tratado de Lisboa (a última machadada no projeto europeu) e o seu estilo autoritário (um pecado em democracia) e os seus PEC's (que aceleraram a crise) que me levam a não simpatizar com o seu legado. Mas não faço coro com os que o criticam por supostamente ter defendido o investimento público (que a União Europeia aconselhou aos Estados membros até à 25ª hora) ou por alegadamente ter tentado adiar a intervenção externa que se adivinhava trágica. Seria, da minha parte, uma desonestidade política.
Não faço coro com antisocratismo dos que sempre
sonharam com a revolução neoliberal que está a destruir este País.
Porque sei que a demonização do anterior primeiro-ministro apenas dá
jeito a quem não quer assumir as responsabilidades das decisões que
agora toma.
Escrevi, quando Sócrates era primeiro-ministro: "E tudo
se resume a livrarmo-nos de Sócrates. São sempre tão simples os dilemas
nacionais: encontra-se um vilão, espera-se um salvador. Sócrates foi um
péssimo primeiro-ministro? Seria o último a negá-lo. Mas, com estas
opções europeias e a arquitetura do euro, um excelente governo apenas
teria conseguido que estivéssemos um pouco menos mal. Só que discutir
opções económicas e políticas dá demasiado trabalho. Discutir a Europa,
que é 'lá fora', é enfadonho. É mais fácil reduzir a coisa a uma
pessoa. Seria excelente que tudo se resumisse à inegável incompetência
de Sócrates. Resolvia-se já amanhã". Não retiro uma palavra. Até porque o presente mostra como tinha razão.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/antes-pelo-contrario=s25282#ixzz2Oj50w4Dx
Daniel Oliveira
8:00 Quarta feira, 27 de março de 2013 Última atualização há 7 minutos |
Regressado de uma ausência de dez dias, contava encontrar o País a descutir a situação no Chipre (assunto que se debatia e que eu próprio tratei no "Expresso", quando parti) ou a situação de Portugal quando o Tribunal Contitucional tornar este Orçamento inviável (que só pode ser a queda do governo). Afinal a excitação era o regresso de José Sócrates pela mão da RTP de Miguel Relvas.
Sobre as razões de Sócrates para aceitar tal convite e os efeitos que
este terá no PS já demasiadas teorias da conspiração floresceram.
Prefiro concentrar-me nas reações e nas suas razões. E de caminho fazer
um último (seria bom que fosse o último) balanço da governação
socrática.
Morais Sarmento, ministro do governante que
abandonou um País porque lhe ofereceram um melhor lugar na Europa
definiu o regresso de Sócrates como sinal de ser um "homem sem vergonha". Medina Carreira, que grita hoje exatamente o oposto do que antes gritava sobre a austeridade, acompanhou o coro. Esther Mucznik
veio mesmo comparar a contratação de Sócrates pela RTP com a exibição
de um cartaz de Hitler numa escola, usando a pornografia argumentativa
para apelar à censura. E há até uma petição, lançada por líder local do CDS, contra a contratação de Sócrates como comentador político.
Tenho todas as dúvidas sobre as vantagens desta nova moda de ex-líderes partidários serem comentadores políticos. Mas esta absoluta originalidade nacional parece ter aceitação pública. Se assim é, não vejo porque sejam as opiniões de Marques Mendes, Marcelo Rebelo de Sousa ou Francisco Louçã
mais merecedoras de atenção do que as de José Sócrates. Se houvesse
alguma dúvida da relevância das opiniões de Sócrates ela estava
respondida pela excitação que tal anúncio provocou. Alguém perdeu cinco
segundos a debater o facto de Santana Lopes ser comentador
televisivo? A televisão pública podia ter Marcelo a fazer comentário
político e não pode ter Sócrates? Agora a censura faz-se através de
petições? Só temos direito a ouvir quem um determinado grupo de pessoas
aprecia?
Opus-me ao governo de Sócrates e não me arrependo de o ter feito. O seu estilo autoritário; a sua falta de consistência política, que tantas vezes o fez ziguezaguear; a sua táctica de dividir para reinar,
transformando, à vez, funcionários públicos, professores, profissionais
liberais, juízes e sindicatos em culpados pelos males do país,
isolaram-no. Teve, no entanto, uma vantagem sobre a maioria dos seus
antecessores: foi a votos e aceitou os custos da sua derrota. Ao
contrário de Soares, Cavaco, Guterres ou Durão Barroso, não deixou para
outros o papel de cordeiros para sacrifício. E se há virtude que
valorizo é a coragem. E essa ninguém consegue negar a José Sócrates.
Os seus PEC's foram os preliminares da
política que está a esmagar o País. E só tarde demais parece ter
percebido como a política de austeridade só nos poderia enfiar num
buraco. Não, o seu erro não foi aumentar a dívida, que, como
qualquer pessoa informada e séria sabe, resultou do aumento dos juros a
partir de 2008, fruto da crise internacional. As leituras simplistas
sobre a crise portuguesa ainda poderiam ser toleradas há dois anos.
Agora, com tudo o que sabemos sobre o que se passa na Europa e sobre os
efeitos da austeridade em Portugal, elas só podem ser repetidas por
má-fé.
Como quase todos os governantes, Sócrates fez coisas boas e coisas más. É ele o principal responsável pela abertura de novos mercados para as nossas exportações,
que o atual governo usa como única bandeira que sobra de alguma
esperança para o País. Foi ele que, por impreparação ou cegueira, foi incapaz de ver, a partir de 2008, os sinais do que aí vinha. Foi ele que, nas negociações com a troika, ainda deu alguns sinais de querer defender alguns interesses nacionais,
enquanto Passos e Catroga jogavam tudo na intervenção externa, que
inevitavelmente levaria a uma crise política que lhes daria acesso ao
"pote". Foi ele que fez tudo para enfraquecer a sociedade civil e degradar o ambiente democrático que agora tanta falta fazem para resistir aos abusos de poder de quem nos governa. Sócrates
foi, na minha opinião, um mau primeiro-ministro. Mas não foi o
responsável pela crise económica portuguesa, grega, cipriota,
italiana...
A minha dúvida é esta: porque causa José Sócrates tanta urticária?
Ao ponto de tanta gente, passados dois anos de um massacre social dos
que diziam que já chegava de sacrifícios, nem o querer ver na televisão.
Três razões.
A primeira: foi com ele que a troika entrou em Portugal, que a crise desabou sobre os portugueses e que chegámos a um beco sem saída. Esta é a razão respeitável e compreensível.
A segunda: Sócrates tem um estilo que os portugueses não apreciam e que, no centro-esquerda, é raro. É direto, truculento e combativo.
Esta é a única razão porque tenho, apesar de nunca ter votado nem
alguma vez me imaginar a votar nele, alguma admiração pela figura. Antes
um Sócrates desagradável do que vinte Cavacos sonsos e trinta Passos
melosos. Sócrates semeou, por boas e más razões, muitos ódios e paixões.
E isso apenas quer dizer que existiu. Deus nos livre de políticos
consensuais ou indiferentes.
A terceira: com o PS dominado pela moleza de quem o dirige e a indecisão de quem o gostaria de o dirigir, o regresso de Sócrates assusta.
Por concentrar o debate num passado que se quer esquecido ou por
mostrar a ineficácia do atual líder do PS e dos seus supostos opositores
internos. Tanto faz.
Fui opositor de Sócrates. Foi a sua paixão pela "terceira via" de Tony Blair (o suicídio ideológico da esquerda), o seu entusiasmo acrítico pelo Tratado de Lisboa (a última machadada no projeto europeu) e o seu estilo autoritário (um pecado em democracia) e os seus PEC's (que aceleraram a crise) que me levam a não simpatizar com o seu legado. Mas não faço coro com os que o criticam por supostamente ter defendido o investimento público (que a União Europeia aconselhou aos Estados membros até à 25ª hora) ou por alegadamente ter tentado adiar a intervenção externa que se adivinhava trágica. Seria, da minha parte, uma desonestidade política.
Não faço coro com antisocratismo dos que sempre
sonharam com a revolução neoliberal que está a destruir este País.
Porque sei que a demonização do anterior primeiro-ministro apenas dá
jeito a quem não quer assumir as responsabilidades das decisões que
agora toma.
Escrevi, quando Sócrates era primeiro-ministro: "E tudo
se resume a livrarmo-nos de Sócrates. São sempre tão simples os dilemas
nacionais: encontra-se um vilão, espera-se um salvador. Sócrates foi um
péssimo primeiro-ministro? Seria o último a negá-lo. Mas, com estas
opções europeias e a arquitetura do euro, um excelente governo apenas
teria conseguido que estivéssemos um pouco menos mal. Só que discutir
opções económicas e políticas dá demasiado trabalho. Discutir a Europa,
que é 'lá fora', é enfadonho. É mais fácil reduzir a coisa a uma
pessoa. Seria excelente que tudo se resumisse à inegável incompetência
de Sócrates. Resolvia-se já amanhã". Não retiro uma palavra. Até porque o presente mostra como tinha razão.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/antes-pelo-contrario=s25282#ixzz2Oj50w4Dx
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118212
Re: O regresso de Sócrates: sebastianismo de pernas para o ar
Opus-me ao governo de Sócrates e não me arrependo de o ter feito. O seu estilo autoritário; a sua falta de consistência política, que tantas vezes o fez ziguezaguear; a sua táctica de dividir para reinar,
transformando, à vez, funcionários públicos, professores, profissionais
liberais, juízes e sindicatos em culpados pelos males do país,
isolaram-no. Teve, no entanto, uma vantagem sobre a maioria dos seus
antecessores: foi a votos e aceitou os custos da sua derrota. Ao
contrário de Soares, Cavaco, Guterres ou Durão Barroso, não deixou para
outros o papel de cordeiros para sacrifício. E se há virtude que
valorizo é a coragem. E essa ninguém consegue negar a José Sócrates.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118212
Re: O regresso de Sócrates: sebastianismo de pernas para o ar
Concordo em absoluto com Daniel Oliveira. Acrescento no entanto que aquilo que fez com que Sócrates se transformasse num assunto de primeira categoria foi, como diz, o facto de Sócrates não deixar ninguém indiferente e também o mêdo que se espalhou na sociedade portuguesa, a começar pelo governo, de que ele possa pôr a nu as mentiras que foram propagandeadas a seu propósito e que isso possa ter um custo demasiado grande para a incapacidade que mostram em resolver os problemas portugueses.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: O regresso de Sócrates: sebastianismo de pernas para o ar
.
Daniel Oliveira tem a grande virtude de não se deixar arrastar por paixões, que cegam irremediavelmente. Gosto de o ler e ouvir, embora não aprecie o seu posicionamento político.
Desta vez, ou mais uma vez, é assertivo na sua apreciação à entrevista de José Sócrates, curiosamente fazendo coro com a maioria das pessoas, que a seguiram e que têm cabeça para pensar, independentemente de certos arautos do denegrir de quem lhes não agrade ou não reze pela sua cartilha.
Sócrates, que também cometeu os seus erros, foi (e ainda é) vítima do que tentou fazer, no início do seu primeiro mandato, afrontando juízes, deputados e outros interesses "intocáveis", que levaram ao assassinato de carácter, que lhe foi prodigalizado e ao veicular de um encarneiramento, que encontrou eco no eleitorado (água mole em pedra dura...). Grandes culpas para o PS, que não quis acompanhá-lo nessa limpeza, que se impunha.
Por outro lado, o Sr. Presidente também fez coro e não descansou, enquanto não enxotou definitivamente o seu "inimigo público nº 1", o que de pouco lhe adiantou, já que "a careca" não deixou de lhe ser descoberta e o capital de confiança adquirido se esfumou rapidamente. Pena que tenha sido tão tarde!
Apesar de tudo, o povo português merece conhecer a VERDADE, e aprender por uma vez, que não pode acreditar em tudo o que tentem impingir-lhe como bom. E, sobretudo, deve pesar bem os prós e contras, antes de se decidir pela eleição de X ou Y. Para não merecer outro castigo, igual ou semelhante ao governo Passos Coelho-Gaspar-Relvas!
E por aqui me fico!
Daniel Oliveira tem a grande virtude de não se deixar arrastar por paixões, que cegam irremediavelmente. Gosto de o ler e ouvir, embora não aprecie o seu posicionamento político.
Desta vez, ou mais uma vez, é assertivo na sua apreciação à entrevista de José Sócrates, curiosamente fazendo coro com a maioria das pessoas, que a seguiram e que têm cabeça para pensar, independentemente de certos arautos do denegrir de quem lhes não agrade ou não reze pela sua cartilha.
Sócrates, que também cometeu os seus erros, foi (e ainda é) vítima do que tentou fazer, no início do seu primeiro mandato, afrontando juízes, deputados e outros interesses "intocáveis", que levaram ao assassinato de carácter, que lhe foi prodigalizado e ao veicular de um encarneiramento, que encontrou eco no eleitorado (água mole em pedra dura...). Grandes culpas para o PS, que não quis acompanhá-lo nessa limpeza, que se impunha.
Por outro lado, o Sr. Presidente também fez coro e não descansou, enquanto não enxotou definitivamente o seu "inimigo público nº 1", o que de pouco lhe adiantou, já que "a careca" não deixou de lhe ser descoberta e o capital de confiança adquirido se esfumou rapidamente. Pena que tenha sido tão tarde!
Apesar de tudo, o povo português merece conhecer a VERDADE, e aprender por uma vez, que não pode acreditar em tudo o que tentem impingir-lhe como bom. E, sobretudo, deve pesar bem os prós e contras, antes de se decidir pela eleição de X ou Y. Para não merecer outro castigo, igual ou semelhante ao governo Passos Coelho-Gaspar-Relvas!
E por aqui me fico!
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: O regresso de Sócrates: sebastianismo de pernas para o ar
Por outro lado, o Sr. Presidente também fez coro e não descansou,
enquanto não enxotou definitivamente o seu "inimigo público nº 1", o
que de pouco lhe adiantou, já que "a careca" não deixou de lhe ser
descoberta e o capital de confiança adquirido se esfumou rapidamente.
Pena que tenha sido tão tarde!
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118212
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