"Chipre é uma história única", diz Paulo Portas

"Chipre é uma história única", diz Paulo Portas


Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros defende que a crise cipriota é particular e não vai repetir-se.

Lusa
8:30 Quarta feira, 27 de março de 2013


Mário Cruz/Lusa

"Chipre é uma história única, não vamos ter um 'Chipre 2', não vamos ver a história repetida", disse Paulo Portas

O ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, Paulo Portas, defendeu hoje em Tóquio a coesão europeia e
sublinhou que a situação no Chipre é "particular" e não vai repetir-se.

"Chipre é uma história única, não vamos ter um
'Chipre 2', não vamos ver a história repetida", disse Portas quando
questionado sobre a crise financeira que afeta o Chipre e as tributações
sobre os depósitos dos bancos cipriotas.

Num encontro com jornalistas no Clube de Imprensa do
Japão, Paulo Portas disse que a União Europeia partilha valores e que os
depósitos bancários são importantes para as famílias e para as
empresas.

"Só podemos conceber a Europa com Sul, Centro e Norte
e aqueles que veem a Europa do Norte diferente da Europa do Sul
defendem pontos de vista populistas que não entendem que a Europa é um
projeto de paz e que foi a solidariedade que conseguiu a paz e a coesão
europeia, com o Sul o Norte e o Sul: de Lisboa a Vilnius", disse Paulo
Portas sobre a crise no espaço europeu.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chefia em Tóquio
uma missão composta por vinte empresários de vários setores e de que
fazem parte, o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação
Agroalimentar, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio
Externo de Portugal e o deputado Miguel Frasquilho, presidente da Liga
Parlamentar Portugal-Japão.

Paulo Portas vai encontrar-se até sexta-feira com
membros do novo Governo japonês (ministro da Economia e o chefe da
diplomacia de Tóquio), empresários e portugueses residentes no Japão.

Depois de uma primeira tentativa a 16 de março, a
zona euro e o FMI chegaram a acordo, na madrugada de segunda-feira, com
as autoridades de Nicósia para conceder uma ajuda de 10 mil milhões de
euros ao Chipre.

Em troca da ajuda, o país compromete-se
essencialmente a reduzir o seu setor bancário, encerrando o segundo
maior banco de Chipre, o Laiki Bank, e a reestruturar o maior, o Banco
de Chipre.

Os depósitos inferiores a 100 mil euros não serão
afetados, contrariamente ao inicialmente previsto, quando se avançou com
a intenção de se criar uma taxa para todos os depósitos.

Entre outras medidas, figura um aumento do imposto sobre as empresas, que passa de 10% para 12,5%, e sobre as privatizações.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/chipre-e-uma-historia-unica-diz-paulo-portas=f796557#ixzz2OjwMHckm

Chipre é um caso único e irrepetível afirmou Gaspar antes de o parlamento cipriota ter chumbado as taxas inicialmente previstas para os depósitos bancários.
Chipre é um caso irrepetível disseram vários responsáveis políticos europeus.
Chipre pode ser um modêlo para futuras situações semelhantes, disseram políticos europeus.
O modêlo cipriota deveria ter sido aplicado ao caso BPN , disseram alguns.
Em que ficamos?
Victor Gaspar tinha apoiado a primeira versão do acordo sobre Chipre para valores de depósitos acima de 100.000 euros.
Se o Tribunal Constitucional mandar devolver os descontos aos reformados, aonde é que Gaspar vai buscar o dinheiro em falta?

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Se o Tribunal Constitucional mandar devolver os descontos aos reformados, aonde é que Gaspar vai buscar o dinheiro em falta?

Pode ser, que nem tempo tenha para tratar disso...