"Alemanha tem que decidir se quer sair do euro", diz George Soros
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"Alemanha tem que decidir se quer sair do euro", diz George Soros
"Alemanha tem que decidir se quer sair do euro", diz George Soros
Trigésimo homem mais rico do mundo critica a gestão
alemã da crise das dívidas soberanas e diz que é a altura do país
decidir se quer ou não sair do euro.
Liliana Coelho
12:54 Segunda, 15 de Abril de 2013
Última atualização há 23 minutos
EPA/Alejandro Garcia
George Soros acredita que só é possível parar a espiral recessiva na União Europeia alterando a política
O multimilionário e investidor George Soros,
numa entrevista publicada hoje pelo jornal "El País", tece duras
críticas ao papel da Alemanha na gestão das crises europeias e defende a
necessidade de se recuperar o espírito de cooperação e solidariedade
entre os países-membros da União.
"A Alemanha deve decidir se quer refazer a Europa da
forma em que originalmente estava destinada a ser, que pressupõe aceitar
as responsabilidades necessárias para avançar nessa direção, ou deve
sair do euro e deixar os países que acreditam nos eurobonds e podem combater a crise", diz George Soros ao "El País".
Segundo o investidor, que está na 30ª posição do ranking dos bilionários da revista "Forbes", só é possível parar a espiral recessiva na União Europeia alterando as políticas.
"A política atual leva a uma dinâmica que consiste em
sofrer uma crise atrás da outra, porque só quando o quadro se torna
muito feio os países credores liderados pela Alemanha extendem apoio
aos devedores", acrescenta Soros, sublinhando que essa política não
funciona porque peca por ser demasiado por tardia.
Saída não significaria fim do euro
Questionado sobre se a saída da Alemanha da zona euro
significaria o fim da moeda única, George Soros diz claramente que não,
apontando para o papel importante do Banco Central Europeu. Na visão do
investidor, os países devedores teriam necessariamente de seguir uma
política comum para manter o euro, caso contrário pagariam um "preço
terrível."
George Soros diz também acreditar que se a Alemanha
saísse do euro, os países devedores de transformariam em economias
competitivas e as suas dívidas diminuiriam enormemente face à
desvalorização da moeda única. O principal prejudicado seria o próprio
país, defende.
"O preço do ajuste recairia sobre a Alemanha, que teria
que lidar com dificuldades, porque de repente os seus mercados seriam
inundados por importações do resto da Europa", explica Soros.
Alemanha deve aceitar eurobonds
O investidor húngaro-americano volta ainda a defender a necessidade de converter a dívida existente em eurobonds para se sair da crise, frisando que cabe à Alemanha mudar de direção e aceitar os eurobonds o mais breve possível, a fim de evitar que a situação se deteriore ainda mais.
Neste sentido, George Soros defende a necessidade de se
recuperar o espírito de "cooperação" na União Europeia, entre países
credores e devedores, salvaguardando o futuro.
"A crise do euro transformou a União Europeia numa associação voluntária
entre Estados iguais numa relação entre credor e devedor. E em situação
de crise, os credores ditam o fim da relação, que leva a que os
devedores fiquem sempre numa pior situação. E isso condena a União
Europeia a um futuro muito sombrio", remata.
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numa entrevista publicada hoje pelo jornal "El País", tece duras
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entre os países-membros da União.
"A Alemanha deve decidir se quer refazer a Europa da
forma em que originalmente estava destinada a ser, que pressupõe aceitar
as responsabilidades necessárias para avançar nessa direção, ou deve
sair do euro e deixar os países que acreditam nos eurobonds e podem combater a crise", diz George Soros ao "El País".
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competitivas e as suas dívidas diminuiriam enormemente face à
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que lidar com dificuldades, porque de repente os seus mercados seriam
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recuperar o espírito de "cooperação" na União Europeia, entre países
credores e devedores, salvaguardando o futuro.
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entre Estados iguais numa relação entre credor e devedor. E em situação
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