"Algumas meninas gostam de ser estupradas", diz juiz israelense
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"Algumas meninas gostam de ser estupradas", diz juiz israelense
"Algumas meninas gostam de ser estupradas", diz juiz israelense
Comentário de Nissim Yeshaya gerou protestos no país. O magistrado afirmou que a declaração foi "mal interpretada"
Divulgação
Um
juiz causou polêmica em Israel ao afirmar, durante a audiência de um
caso de estupro de uma menor, atualmente com 19 anos, que "algumas
meninas gostam de ser estupradas", informou nesta quarta-feira (05/06) a
imprensa israelense.
O comentário de Nissim Yeshaya gerou protestos. segundo o site Ynet. A
presidente da comissão parlamentar para o Status da Mulher, Aliza Laví,
pediu à ministra da Justiça, Tzipi Livni, que interdite imediatamente
Yeshaya, aposentado há quatro anos e que atua como presidente de
tribunais administrativos e de orientação.
A jovem, hoje maior de idade, tinha 13 anos quando foi violentada por
quatro homens. A advogada, Aloni Sadovnik, descreveu a declaração do
juiz à rádio do exército israelense: "No meio de um debate acalorado, o
juiz diz, de repente e alto e para todos os presentes ouvirem, 'há
algumas meninas que gostam de ser estupradas'".
"A sala ficou em silêncio", contou a advogada, detalhando que
"inclusive os (outros dois) membros do tribunal (de apelações) ficaram
calados por vários minutos. Ele nem sequer percebeu o que acabava de
dizer. Não entendia por que todo mundo estava em silêncio ao mesmo
tempo".
Leia mais
A advogada da vítima detalhou que os outros dois juízes administrativos tentaram acalmar os ânimos e minimizar a declaração.
"Mal interpretado"
Yeshaya, que se desculpou, disse que o escândalo "não é sério", pois
"eEstão tentando conseguir publicidade às minha custas. Eu não acho que a
vítima de um estupro não sofre danos ou que o estupro não é um crime
grave. (Meus comentários) foram mal interpretados", alegou.
A Administração de Tribunais disse que o juiz não tinha a intenção de
ofender a vítima de estupro e que lamentava os comentários.
A ministra de Cultura e Esporte , Limor Livnat, considerou
"assustadoras e escandalosas", as declarações e também intercedeu para
que o juiz passe para aposentadoria definitiva. "As vítimas de estupro
sofrem severos traumas psicológicos. É difícil imaginar o dano causado
por esse comentário, que poderia dissuadir outras vítimas de abusos
sexuais (de denunciar os crimes)", criticou.
O juiz era o candidato preferido do primeiro-ministro, Benjamin
Netanyahu, a presidir o Tribunal interno do partido Likud, mas hoje o
governante retirou seu apoio porque "uma pessoa que se expressa assim
não merece o cargo".
* Com informações da Agência Efe
Comentário de Nissim Yeshaya gerou protestos no país. O magistrado afirmou que a declaração foi "mal interpretada"
Divulgação
Um
juiz causou polêmica em Israel ao afirmar, durante a audiência de um
caso de estupro de uma menor, atualmente com 19 anos, que "algumas
meninas gostam de ser estupradas", informou nesta quarta-feira (05/06) a
imprensa israelense.
O comentário de Nissim Yeshaya gerou protestos. segundo o site Ynet. A
presidente da comissão parlamentar para o Status da Mulher, Aliza Laví,
pediu à ministra da Justiça, Tzipi Livni, que interdite imediatamente
Yeshaya, aposentado há quatro anos e que atua como presidente de
tribunais administrativos e de orientação.
A jovem, hoje maior de idade, tinha 13 anos quando foi violentada por
quatro homens. A advogada, Aloni Sadovnik, descreveu a declaração do
juiz à rádio do exército israelense: "No meio de um debate acalorado, o
juiz diz, de repente e alto e para todos os presentes ouvirem, 'há
algumas meninas que gostam de ser estupradas'".
"A sala ficou em silêncio", contou a advogada, detalhando que
"inclusive os (outros dois) membros do tribunal (de apelações) ficaram
calados por vários minutos. Ele nem sequer percebeu o que acabava de
dizer. Não entendia por que todo mundo estava em silêncio ao mesmo
tempo".
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A advogada da vítima detalhou que os outros dois juízes administrativos tentaram acalmar os ânimos e minimizar a declaração.
"Mal interpretado"
Yeshaya, que se desculpou, disse que o escândalo "não é sério", pois
"eEstão tentando conseguir publicidade às minha custas. Eu não acho que a
vítima de um estupro não sofre danos ou que o estupro não é um crime
grave. (Meus comentários) foram mal interpretados", alegou.
A Administração de Tribunais disse que o juiz não tinha a intenção de
ofender a vítima de estupro e que lamentava os comentários.
A ministra de Cultura e Esporte , Limor Livnat, considerou
"assustadoras e escandalosas", as declarações e também intercedeu para
que o juiz passe para aposentadoria definitiva. "As vítimas de estupro
sofrem severos traumas psicológicos. É difícil imaginar o dano causado
por esse comentário, que poderia dissuadir outras vítimas de abusos
sexuais (de denunciar os crimes)", criticou.
O juiz era o candidato preferido do primeiro-ministro, Benjamin
Netanyahu, a presidir o Tribunal interno do partido Likud, mas hoje o
governante retirou seu apoio porque "uma pessoa que se expressa assim
não merece o cargo".
* Com informações da Agência Efe
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117490
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