Rui Ramos, no Expresso. Quando aqui o disse, iam-me matando
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Rui Ramos, no Expresso. Quando aqui o disse, iam-me matando
Rui Ramos, no Expresso. Quando aqui o disse, iam-me matando
Rui Ramos in O Expresso
Rui Ramos in O Expresso
"Os professores — de todos os níveis de ensino — foram em tempos uma elite. O sistema, ao expandir-se sem qualidade, reduziu-os a uma plebe indiferenciada e desprestigiada, formada por levas de diplomados sem outras saídas profissionais. Várias 'regalias', a começar pela garantia de emprego e de promoção automática, compensaram a perda de estatuto e de autoridade, até ao momento em que o desespero orçamental obrigou o sistema a voltar-se contra os seus próprios filhos. Nesse momento, a massa docente estava destinada a seguir um sindicalismo cujo objetivo é manter os professores como o clero de uma religião para a qual o dinheiro nunca pode faltar, mesmo quando não há.
A escola não foi sempre a via de acesso a todas as atividades, que dispuseram tradicionalmente dos seus próprios meios de seleção e de formação (como os aprendizados). Não determinava o futuro profissional de ninguém. Um liceal medíocre podia, revelando as devidas qualidades, tornar-se um grande médico. Hoje, não. Universidades, corporações e empresas limitam-se em geral, para efeitos de admissão, a fazer eco do aproveitamento escolar. Por isso, a 'nota' é hoje tudo para os estudantes. E é a pensar na 'nota' que esperam encontrar no exame "Felizmente há Luar" em vez de "Mensagem": é mais fácil.
Acabamos assim a chamar 'educativo' a um sistema que compreende uma massa de professores só interessados em garantir o emprego e uma massa de alunos só interessados em obter a 'nota'. Para compensar a natural tendência do sistema para o despesismo e a facilidade, confiou-se numa burocracia centralizada, com a missão de alcançar 'objetivos' da forma mais económica. Autonomia e responsabilidade são, por isso, tabu.
Nogueira e a austeridade merecem discussão, mas não passam de subprodutos do sistema, e é este que deveria ser debatido. Os professores precisam de voltar a ser 'nobilitados', o que requer seleção e hierarquização. Temos de aprender a valorizar a educação académica em si, e não simplesmente como uma espécie de lotaria de empregos. E finalmente, há que perder medo à autonomia das escolas, e acreditar que professores, encarregados de educação e alunos serão capazes de formar comunidades responsáveis".
Recapitulando:
Nobilitar a vocação
Restaurar a autoridade
Hierarquizar pelo mérito, pela inteligência e pelo esforço
Acabar com os Mários Nogueiras e quejanda ganga
Publicada por Combustões à(s) 2.7.13 Sem comentários: _________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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