Crise no Egito preocupa outros países do instável Oriente Médio
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Crise no Egito preocupa outros países do instável Oriente Médio
Crise no Egito preocupa outros países do instável Oriente Médio
Por Nahum Sirotsky [b class="complemento-credito"]- colunista em Israel[/b] | 12/07/2013 13:01 - Atualizada às 12/07/2013 13:05
Nações da região prometem ajuda financeira a país para evitar contágio do ímpeto de revoltas em seus territórios
O Oriente Médio é uma das regiões mais antigas do nosso mundo, com história de milhares de anos. A lenda diz que foi onde Deus criou Adão e Eva, no encontro dos dois grandes rios Tigre e Eufrates, origem da civilização. O homem vivia da pesca e da caça e verificou, acidentalmente, que bastava jogar sementes na terra para que se transformassem em alimento. Daí nasceram os primeiros assentamentos de seres humanos em Babel, Babilônia, onde houve o desencontro das línguas e a grande confusão que existe no mundo desde então.
AP
Partidários do presidente deposto Mohammed Morsi rezam depois da quebra do jejum durante o mês sagrado do Ramadã em Nasr City, Cairo, Egito
Depois do dilúvio, diz a lenda que foi na Turquia onde Noé parou seu navio e começou então a chamada “Geração de Noé”, a nossa, pois a anterior morreu afogada. Durante milhares de anos, no Oriente Médio atuaram grandes conquistadores como Alexandre, além de na região terem sido inventadas armas, técnicas de combate, táticas e estratégias. Mas até agora todas as religiões monoteístas que nasceram na região, começando com o primeiro contato de Abraão com Deus no que é hoje Iraque, incluem em suas preces o sonho jamais realizado da paz entre as nações.
É a região mais intranquila do mundo de hoje. O choque entre rebeldes das tendências menos compatíveis entre si contra o presidente da Síria, Bashar Al-Assad, já resultou na destruição de alguns dos mais antigos e preciosos monumentos da antiguidade. Cerca de 100 mil já teriam sido mortos , mas a comunidade internacional ainda não conseguiu definir que tipo de conflito lá existe para poder interferir e trazer de volta a paz.
EUA: Obama autoriza envio de ajuda militar a rebeldes sírios
Comunicado: EUA confirmam uso de armas químicas por forças de Assad
A Síria faz fronteira com Israel. O Hezbollah , partido líbanês xiita, combate ao lado de Assad contra a vontade do povo do Líbano, que não tem forças para lhe impor outro comportamento. O Jerusalém Post, tradicional diário editado em inglês, informou na madrugada de quinta-feira que os israelenses estão reforçando, por todos meios, a força que mantém no norte, pois existe a suspeita de que o Hezbollah poderá lançar operações a partir dos limites sírios.
Análise: Hezbollah posiciona Líbano na defesa de Assad na Síria
Coluna: Síria aumenta tensão de Israel com o libanês Hezbollah
No entanto, a preocupação maior do Oriente Médio é com o caso egípcio. A maioria dos muçulmanos do Egito é sunita. A Irmandade Muçulmana , criada em 1928, também é, mas seus planos para a desejada conquista do poder são de criar um país sob a sharia, Lei do Alcorão. Com a ascenção de Mohammed Morsi à presidência por eleições diretas no ano passado , a Irmandade imaginou que sua hora estivesse chegando.
O levante popular atual com uso intensivo de redes sociais como meio de comunicação levou cerca de milhões de egípcios às ruas, com a Irmandade dizendo que defendia os direitos democráticos. Com vivência de um país mais liberal, grande parte da população não aceitou Morsi. Quer preservar os direitos de livre acesso a meios de divertimento, beber, ler livros, ver filmes, além de revoltar-se pelo alto índice de desemprego.
Golpe no Egito: [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/noticias/queda de morsi]Leia todas as notícias sobre a queda de Morsi[/url]
O governo provisório instalado após a deposição de Morsi está sob pressão do Exército para dar prioridade à criação de novo mandato por meio de eleições . A polícia, com apoio militar, tenta impor a ordem, incluindo atirando contra multidões . Muitos dirigentes da Irmandade foram detidos. Outros passam à ilegalidade.
Quinta: Egito ordena prisão de líder da Irmandade Muçulmana
Os demais países árabes querem o Egito mais liberal como era antes. Todos eles são infiltrados por grupos da Irmandade Muçulmana, ameaça permanente à estabilidade existente. E enquanto o governo americano não decide se o que houve no Egito foi um golpe militar ou uma revolta da massa, pois a legislação americana proíbe o uso de ajuda militar a governos “ilegais”, a Arábia Saudita , sunita fundamentalista, já prometeu uma grande contribuição ao Egito. Kuwait, Catar, entre outros, também garantem remessas .
AP
Partidários do presidente deposto do Egito Mohammed Morsi seguram seus cartazes em protesto perto da Universidade do Cairo, no Egito
Falta de tudo no Egito. É urgente criar a sensação de que dias melhores virão. Os países árabes do Oriente Médio não querem nenhuma intranquilidade na região, muito menos o contágio do ímpeto de revoltas. É possível uma censura à televisão, às redes sociais, mas há elementos incontroláveis que representam o maior instrumento já criado para congregar massas em torno de objetivos. Ainda é cedo para afirmar que voltará, em breve, a tranquilidade.
Pouco se tem destacado que os EUA estão muito próximos da autonomia em fontes energéticas. Em termos geopolíticos, o Oriente Médio cresce como aborrecimento e diminui como importância. Os países de grande significado estratégico para a região são Turquia, Irã e Israel. São os que concentram as maiores preocupações americanas na região. As questões que ganham dimensão estão no Oriente, que passa ter maior importância na política americana.
*Com colaboração de Nelson Burd
Leia tudo sobre: [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/noticias/oriente m%C3%A9dio]oriente médio[/url] • [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/noticias/nahum sirotsky]nahum sirotsky[/url] • egito • morsi • [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/noticias/queda de morsi]queda de morsi[/url] • [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/noticias/irmandade mu%C3%A7ulmana]irmandade muçulmana[/url] • [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/noticias/mundo %C3%A1rabe]mundo árabe[/url] • [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/noticias/primavera %C3%A1rabe]primavera árabe[/url]
Por Nahum Sirotsky [b class="complemento-credito"]- colunista em Israel[/b] | 12/07/2013 13:01 - Atualizada às 12/07/2013 13:05
Nações da região prometem ajuda financeira a país para evitar contágio do ímpeto de revoltas em seus territórios
O Oriente Médio é uma das regiões mais antigas do nosso mundo, com história de milhares de anos. A lenda diz que foi onde Deus criou Adão e Eva, no encontro dos dois grandes rios Tigre e Eufrates, origem da civilização. O homem vivia da pesca e da caça e verificou, acidentalmente, que bastava jogar sementes na terra para que se transformassem em alimento. Daí nasceram os primeiros assentamentos de seres humanos em Babel, Babilônia, onde houve o desencontro das línguas e a grande confusão que existe no mundo desde então.
AP
Partidários do presidente deposto Mohammed Morsi rezam depois da quebra do jejum durante o mês sagrado do Ramadã em Nasr City, Cairo, Egito
Depois do dilúvio, diz a lenda que foi na Turquia onde Noé parou seu navio e começou então a chamada “Geração de Noé”, a nossa, pois a anterior morreu afogada. Durante milhares de anos, no Oriente Médio atuaram grandes conquistadores como Alexandre, além de na região terem sido inventadas armas, técnicas de combate, táticas e estratégias. Mas até agora todas as religiões monoteístas que nasceram na região, começando com o primeiro contato de Abraão com Deus no que é hoje Iraque, incluem em suas preces o sonho jamais realizado da paz entre as nações.
É a região mais intranquila do mundo de hoje. O choque entre rebeldes das tendências menos compatíveis entre si contra o presidente da Síria, Bashar Al-Assad, já resultou na destruição de alguns dos mais antigos e preciosos monumentos da antiguidade. Cerca de 100 mil já teriam sido mortos , mas a comunidade internacional ainda não conseguiu definir que tipo de conflito lá existe para poder interferir e trazer de volta a paz.
EUA: Obama autoriza envio de ajuda militar a rebeldes sírios
Comunicado: EUA confirmam uso de armas químicas por forças de Assad
A Síria faz fronteira com Israel. O Hezbollah , partido líbanês xiita, combate ao lado de Assad contra a vontade do povo do Líbano, que não tem forças para lhe impor outro comportamento. O Jerusalém Post, tradicional diário editado em inglês, informou na madrugada de quinta-feira que os israelenses estão reforçando, por todos meios, a força que mantém no norte, pois existe a suspeita de que o Hezbollah poderá lançar operações a partir dos limites sírios.
Análise: Hezbollah posiciona Líbano na defesa de Assad na Síria
Coluna: Síria aumenta tensão de Israel com o libanês Hezbollah
No entanto, a preocupação maior do Oriente Médio é com o caso egípcio. A maioria dos muçulmanos do Egito é sunita. A Irmandade Muçulmana , criada em 1928, também é, mas seus planos para a desejada conquista do poder são de criar um país sob a sharia, Lei do Alcorão. Com a ascenção de Mohammed Morsi à presidência por eleições diretas no ano passado , a Irmandade imaginou que sua hora estivesse chegando.
O levante popular atual com uso intensivo de redes sociais como meio de comunicação levou cerca de milhões de egípcios às ruas, com a Irmandade dizendo que defendia os direitos democráticos. Com vivência de um país mais liberal, grande parte da população não aceitou Morsi. Quer preservar os direitos de livre acesso a meios de divertimento, beber, ler livros, ver filmes, além de revoltar-se pelo alto índice de desemprego.
Golpe no Egito: [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/noticias/queda de morsi]Leia todas as notícias sobre a queda de Morsi[/url]
O governo provisório instalado após a deposição de Morsi está sob pressão do Exército para dar prioridade à criação de novo mandato por meio de eleições . A polícia, com apoio militar, tenta impor a ordem, incluindo atirando contra multidões . Muitos dirigentes da Irmandade foram detidos. Outros passam à ilegalidade.
Quinta: Egito ordena prisão de líder da Irmandade Muçulmana
Os demais países árabes querem o Egito mais liberal como era antes. Todos eles são infiltrados por grupos da Irmandade Muçulmana, ameaça permanente à estabilidade existente. E enquanto o governo americano não decide se o que houve no Egito foi um golpe militar ou uma revolta da massa, pois a legislação americana proíbe o uso de ajuda militar a governos “ilegais”, a Arábia Saudita , sunita fundamentalista, já prometeu uma grande contribuição ao Egito. Kuwait, Catar, entre outros, também garantem remessas .
AP
Partidários do presidente deposto do Egito Mohammed Morsi seguram seus cartazes em protesto perto da Universidade do Cairo, no Egito
Falta de tudo no Egito. É urgente criar a sensação de que dias melhores virão. Os países árabes do Oriente Médio não querem nenhuma intranquilidade na região, muito menos o contágio do ímpeto de revoltas. É possível uma censura à televisão, às redes sociais, mas há elementos incontroláveis que representam o maior instrumento já criado para congregar massas em torno de objetivos. Ainda é cedo para afirmar que voltará, em breve, a tranquilidade.
Pouco se tem destacado que os EUA estão muito próximos da autonomia em fontes energéticas. Em termos geopolíticos, o Oriente Médio cresce como aborrecimento e diminui como importância. Os países de grande significado estratégico para a região são Turquia, Irã e Israel. São os que concentram as maiores preocupações americanas na região. As questões que ganham dimensão estão no Oriente, que passa ter maior importância na política americana.
*Com colaboração de Nelson Burd
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Crise no Egito preocupa outros países do instável Oriente Médio
No entanto, a preocupação maior do Oriente Médio é com o caso egípcio. A maioria dos muçulmanos do Egito é sunita. A Irmandade Muçulmana , criada em 1928, também é, mas seus planos para a desejada conquista do poder são de criar um país sob a sharia, Lei do Alcorão. Com a ascenção de Mohammed Morsi à presidência por eleições diretas no ano passado , a Irmandade imaginou que sua hora estivesse chegando.
O levante popular atual com uso intensivo de redes sociais como meio de comunicação levou cerca de milhões de egípcios às ruas, com a Irmandade dizendo que defendia os direitos democráticos. Com vivência de um país mais liberal, grande parte da população não aceitou Morsi. Quer preservar os direitos de livre acesso a meios de divertimento, beber, ler livros, ver filmes, além de revoltar-se pelo alto índice de desemprego.
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Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Crise no Egito preocupa outros países do instável Oriente Médio
.
Resumindo e concluindo:
Deram demasiadas asas a Al-Fatahs, Hamas, Hezbollahs, Irmandades e quejandos, que foram alastrando sub-repticiamente a implementação do fundamentalismo islâmico e quando se vêem repudiados, fazem correr sangue inocente.
Foi assim no Líbano, em Gaza, Líbia, mais recentemente na Síria e noutros. Teria de chegar a vez do Egipto, que trocou a paz por esta carnificina sem fim à vista. Já nem sequer disfarçam, como anteriormente, ao invocarem a causa palestina, como justificação para tanto desmando.
Pobres povos, à mercê de tais facínoras!
Resumindo e concluindo:
Deram demasiadas asas a Al-Fatahs, Hamas, Hezbollahs, Irmandades e quejandos, que foram alastrando sub-repticiamente a implementação do fundamentalismo islâmico e quando se vêem repudiados, fazem correr sangue inocente.
Foi assim no Líbano, em Gaza, Líbia, mais recentemente na Síria e noutros. Teria de chegar a vez do Egipto, que trocou a paz por esta carnificina sem fim à vista. Já nem sequer disfarçam, como anteriormente, ao invocarem a causa palestina, como justificação para tanto desmando.
Pobres povos, à mercê de tais facínoras!
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Crise no Egito preocupa outros países do instável Oriente Médio
Joao Ruiz escreveu:.
Resumindo e concluindo:
Deram demasiadas asas a Al-Fatahs, Hamas, Hezbollahs, Irmandades e quejandos, que foram alastrando sub-repticiamente a implementação do fundamentalismo islâmico e quando se vêem repudiados, fazem correr sangue inocente.
Foi assim no Líbano, em Gaza, Líbia, mais recentemente na Síria e noutros. Teria de chegar a vez do Egipto, que trocou a paz por esta carnificina sem fim à vista. Já nem sequer disfarçam, como anteriormente, ao invocarem a causa palestina, como justificação para tanto desmando.
Pobres povos, à mercê de tais facínoras!
nada disso....o analise é clarra como a agua
O Mundo ja nao aceita a religião nas sociedades e quer guiar.se por padrões modernos onde o
religiosos que dantes arrotavam e mandavam invocando a montanha e os céus ja nao convence a juventude
A revoluçao apanhou na rede sociedades paradas no tempo
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Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Crise no Egito preocupa outros países do instável Oriente Médio
.
Mango, tenha dó!
As sociedades paradas no tempo, é que estão por detrás de toda esta desgraça e não os jovens, como pretende. Além disso, o mundo só quer saber dos seus próprios interesses e, se lhe convier apoiar, apoia, tal como o está a fazer na Síria (Rússia, China, EUA) e já o fez anteriormente na Líbia (EUA), com o desfecho que se conhece.
Mango, tenha dó!
As sociedades paradas no tempo, é que estão por detrás de toda esta desgraça e não os jovens, como pretende. Além disso, o mundo só quer saber dos seus próprios interesses e, se lhe convier apoiar, apoia, tal como o está a fazer na Síria (Rússia, China, EUA) e já o fez anteriormente na Líbia (EUA), com o desfecho que se conhece.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
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