Militares israelenses impedem ação humanitária de diplomatas na Cisjordânia Soldados israelenses trataram com rispidez diplomatas europeus nesta sexta-feira
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Militares israelenses impedem ação humanitária de diplomatas na Cisjordânia Soldados israelenses trataram com rispidez diplomatas europeus nesta sexta-feira
Militares israelenses impedem ação humanitária de diplomatas na Cisjordânia Soldados israelenses trataram com rispidez diplomatas europeus nesta sexta-feira
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 21/09/2013 01:35 Atualização:
Soldados israelenses trataram com rispidez diplomatas europeus nesta sexta-feira durante o confisco de barracas de ajuda humanitária destinadas aos palestinos que tiveram as casas destruídas pelo Exército na Cisjordânia.
Os soldados dispersaram à força um grupo de voluntários de organizações humanitárias, juntamente com diplomatas europeus, que tentavam distribuir ajuda para beduínos palestinos de Makhul, no Vale do Jordão (leste da Cisjordânia), constatou um fotógrafo da AFP.
A diplomata francesa Marion Fesneau Castaing foi retirada à força do caminhão com a ajuda, relatou o jornalista.
"Uma diplomata francesa foi retirada sem a menor cerimônia do veículo que os militares israelenses confiscaram", disse à AFP uma fonte diplomática europeia que não quis se identificar.
Diplomatas de França, Reino Unido, Espanha, Grécia, Suécia, Irlanda e da União Europeia (UE) acompanhavam o comboio.
"Houve uma tentativa de armar tendas de ajuda humanitária na região de Hemdat, no Vale do Jordão. Forças de segurança intervieram", relatou à AFP um porta-voz do Exército israelense.
O Exército israelense demoliu na segunda-feira cinquenta construções em Makhul, incluindo doze casas, relacionadas a uma decisão da Suprema Corte israelense. A justiça decretou o local como "zona militar fechada".
"Dez famílias compostas por 48 pessoas, incluindo 16 crianças, foram deslocadas", informou o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) em seu mais recente relatório semanal.
O coordenador humanitário da ONU para os territórios palestinos, James Rawley, expressou "profunda preocupação" após o incidente desta sexta-feira.
"Apelo às autoridades israelenses para que respeitem as suas obrigações como potência ocupante para proteger as comunidades sob sua responsabilidade, suspendendo a demolição de casas e propriedades palestinas", declarou Rawley em um comunicado.
"O deslocamento de toda uma comunidade palestina no território ocupado da Palestina é algo muito decepcionante que acontece em um momento delicado. Esperamos uma ação positiva no terreno", acrescentou, referindo-se à retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos no final de julho.
O Exército israelense chegou a impedir na terça-feira o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) de instalar barracas para os agora desabrigados.
Makhul, assim como 90% do Vale do Jordão, está sob o controle total do Exército de Israel, que emite licenças de construção de maneira muito restritiva, obrigando o povo palestino a construir sem autorização, de acordo com palestinos e organizações de defesa dos direitos humanos.
Israel destruiu desde o início do ano 524 estruturas pertencentes a palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, desalojando 862 pessoas, de acordo com estatísticas da ONU.
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AFP - Agence France-Presse
Publicação: 21/09/2013 01:35 Atualização:
Palestinos trabalham em construção em Gaza Foto: Mahmud Hams/AFP Photo |
Os soldados dispersaram à força um grupo de voluntários de organizações humanitárias, juntamente com diplomatas europeus, que tentavam distribuir ajuda para beduínos palestinos de Makhul, no Vale do Jordão (leste da Cisjordânia), constatou um fotógrafo da AFP.
A diplomata francesa Marion Fesneau Castaing foi retirada à força do caminhão com a ajuda, relatou o jornalista.
"Uma diplomata francesa foi retirada sem a menor cerimônia do veículo que os militares israelenses confiscaram", disse à AFP uma fonte diplomática europeia que não quis se identificar.
Diplomatas de França, Reino Unido, Espanha, Grécia, Suécia, Irlanda e da União Europeia (UE) acompanhavam o comboio.
"Houve uma tentativa de armar tendas de ajuda humanitária na região de Hemdat, no Vale do Jordão. Forças de segurança intervieram", relatou à AFP um porta-voz do Exército israelense.
O Exército israelense demoliu na segunda-feira cinquenta construções em Makhul, incluindo doze casas, relacionadas a uma decisão da Suprema Corte israelense. A justiça decretou o local como "zona militar fechada".
"Dez famílias compostas por 48 pessoas, incluindo 16 crianças, foram deslocadas", informou o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) em seu mais recente relatório semanal.
O coordenador humanitário da ONU para os territórios palestinos, James Rawley, expressou "profunda preocupação" após o incidente desta sexta-feira.
"Apelo às autoridades israelenses para que respeitem as suas obrigações como potência ocupante para proteger as comunidades sob sua responsabilidade, suspendendo a demolição de casas e propriedades palestinas", declarou Rawley em um comunicado.
"O deslocamento de toda uma comunidade palestina no território ocupado da Palestina é algo muito decepcionante que acontece em um momento delicado. Esperamos uma ação positiva no terreno", acrescentou, referindo-se à retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos no final de julho.
O Exército israelense chegou a impedir na terça-feira o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) de instalar barracas para os agora desabrigados.
Makhul, assim como 90% do Vale do Jordão, está sob o controle total do Exército de Israel, que emite licenças de construção de maneira muito restritiva, obrigando o povo palestino a construir sem autorização, de acordo com palestinos e organizações de defesa dos direitos humanos.
Israel destruiu desde o início do ano 524 estruturas pertencentes a palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, desalojando 862 pessoas, de acordo com estatísticas da ONU.
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