Movimento curdo de independência ameaça retomar luta armada contra Turquia
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Movimento curdo de independência ameaça retomar luta armada contra Turquia
Movimento curdo de independência ameaça retomar luta armada contra Turquia
Em entrevista a agência internacional, fundador do PKK disse que grupo pensa em retaliar apoio de Ancara a grupos sírios que lutam contra eles no norte do país árabe
O movimento pela independência do Curdistão está pronto para retomar suas atividades de luta armada na Turquia, caso o governo não retome o já acordado processo de paz, afirmou nesta terça-feira (22/10) Cemil Bayik, um dos líderes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão na sigla em curdo).
WikiCommons
Membros da luta armada do movimento de independência curda em região montanhosa do Iraque, próxima à Turquia
A declaração ocorre no mesmo dia em que a União Europeia anunciou a reabertura das negociações para a entrada da Turquia no bloco. O conflito curdo no país representa um dos maiores impedimentos à sua adesão à organização europeia e também traz problemas em sua política externa.
Acusando o governo turco de travar indiretamente uma guerra contra os curdos na Síria ao apoiar grupos islâmicos da oposição local, Bayik disse à agência internacional Reuters que o grupo tem o direito de retaliar. As autoridades turcas negam às acusações, afirmando que não sustentam nenhuma facção da oposição síria que lute contra os curdos no país árabe.
Como a guerra síria agravou o conflito curdo
A guerra civil síria atrapalhou as negociações de paz entre o governo turco e as lideranças curdas, ameaçando sua continuidade e fazendo mais vítimas.
Encorajados por vitórias militares no país árabe, os insurgentes curdos lançaram uma série de ofensivas ao redor da cidade de Hakkari no primeiro semestre de 2012, engajando em combates abertos com as forças turcas. Mais de cem pessoas morreram neste episódio, segundo indicam estimativas.
WikiCommons
Ancara também intensificou sua política repressiva contra os movimentos de independência, ordenando bombardeios nas bases curdas no norte do Iraque e batidas policiais contra ativistas curdos em suas casas.
(Mapa mostra a área solitada por movimento curdo como Curdistão)
Entre junho de 2011 e março de 2013, o conflito deixou 928 mortos, incluindo 304 membros das forças turcas, 533 militantes curdos e 91 civis, indica um recente relatório do International Crisis Group. Um nível de derramamento de sangue que não era visto desde a década de 1990 no país.
Ambos os lados entraram em acordo, no entanto, no início deste ano, depois de meses de negociações. No dia 21 de março, o PKK anunciou um cessar-fogo e ordenou a seus guerrilheiros deixarem a Turquia em direção à zona autônoma curda no Iraque (obitda por meio de acordo com o governo iraquiano em 1970). O governo turco, em troca, deveria oferecer novos direitos civis aos curdos e aplicar medidas para aumentar seu poder de administração local; algo que Ancara não cumpriu.
Um acordo de paz falido
Em resposta à inação das autoridades turcas, o movimento curdo suspendeu a retirada de tropas no mês passado. Na ocasião, o líder do PKK, Abdullah Ocalan, disse que o cessar-fogo estava por um fio.
Leia mais
PKK: pode haver guerra civil
“O processo chegou a um fim”, declarou Bayik em entrevista. “Ou eles aceitam a fazer negociações profundas com o movimento curdo ou haverá uma guerra civil na Turquia”.
“Agora, estamos nos preparando para reenviar as tropas retiradas ao norte do Curdistão (localizado no território turco) se o governo não aceitar nossas condições”, acrescentou ele. Entre os pré-requisitados estão melhorar as condições de prisão de Ocalan, garantir emendas à Constituição para os curdos e alistar uma terceira parte para fiscalizar o processo de negociação da paz.
Fundado em 1974, o PKK iniciou a luta armada contra as forças turcas uma década depois. A organização surgiu com o objetivo de estabelecer um estado curdo independente no território considerado como Curdistão que se estende à Turquia, Iraque, Síria e Irã. Desde o fim dos anos 1990, o grupo acenou para a possibilidade de aceitar direitos culturais, linguísticos e locais em negociações para a paz.
Cerca de 40 mil pessoas já morreram em decorrência do conflito entre o movimento curdo e o governo da Turquia.
Em entrevista a agência internacional, fundador do PKK disse que grupo pensa em retaliar apoio de Ancara a grupos sírios que lutam contra eles no norte do país árabe
O movimento pela independência do Curdistão está pronto para retomar suas atividades de luta armada na Turquia, caso o governo não retome o já acordado processo de paz, afirmou nesta terça-feira (22/10) Cemil Bayik, um dos líderes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão na sigla em curdo).
WikiCommons
Membros da luta armada do movimento de independência curda em região montanhosa do Iraque, próxima à Turquia
A declaração ocorre no mesmo dia em que a União Europeia anunciou a reabertura das negociações para a entrada da Turquia no bloco. O conflito curdo no país representa um dos maiores impedimentos à sua adesão à organização europeia e também traz problemas em sua política externa.
Acusando o governo turco de travar indiretamente uma guerra contra os curdos na Síria ao apoiar grupos islâmicos da oposição local, Bayik disse à agência internacional Reuters que o grupo tem o direito de retaliar. As autoridades turcas negam às acusações, afirmando que não sustentam nenhuma facção da oposição síria que lute contra os curdos no país árabe.
Como a guerra síria agravou o conflito curdo
A guerra civil síria atrapalhou as negociações de paz entre o governo turco e as lideranças curdas, ameaçando sua continuidade e fazendo mais vítimas.
Encorajados por vitórias militares no país árabe, os insurgentes curdos lançaram uma série de ofensivas ao redor da cidade de Hakkari no primeiro semestre de 2012, engajando em combates abertos com as forças turcas. Mais de cem pessoas morreram neste episódio, segundo indicam estimativas.
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Ancara também intensificou sua política repressiva contra os movimentos de independência, ordenando bombardeios nas bases curdas no norte do Iraque e batidas policiais contra ativistas curdos em suas casas.
(Mapa mostra a área solitada por movimento curdo como Curdistão)
Entre junho de 2011 e março de 2013, o conflito deixou 928 mortos, incluindo 304 membros das forças turcas, 533 militantes curdos e 91 civis, indica um recente relatório do International Crisis Group. Um nível de derramamento de sangue que não era visto desde a década de 1990 no país.
Ambos os lados entraram em acordo, no entanto, no início deste ano, depois de meses de negociações. No dia 21 de março, o PKK anunciou um cessar-fogo e ordenou a seus guerrilheiros deixarem a Turquia em direção à zona autônoma curda no Iraque (obitda por meio de acordo com o governo iraquiano em 1970). O governo turco, em troca, deveria oferecer novos direitos civis aos curdos e aplicar medidas para aumentar seu poder de administração local; algo que Ancara não cumpriu.
Um acordo de paz falido
Em resposta à inação das autoridades turcas, o movimento curdo suspendeu a retirada de tropas no mês passado. Na ocasião, o líder do PKK, Abdullah Ocalan, disse que o cessar-fogo estava por um fio.
Leia mais
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PKK: pode haver guerra civil
“O processo chegou a um fim”, declarou Bayik em entrevista. “Ou eles aceitam a fazer negociações profundas com o movimento curdo ou haverá uma guerra civil na Turquia”.
“Agora, estamos nos preparando para reenviar as tropas retiradas ao norte do Curdistão (localizado no território turco) se o governo não aceitar nossas condições”, acrescentou ele. Entre os pré-requisitados estão melhorar as condições de prisão de Ocalan, garantir emendas à Constituição para os curdos e alistar uma terceira parte para fiscalizar o processo de negociação da paz.
Fundado em 1974, o PKK iniciou a luta armada contra as forças turcas uma década depois. A organização surgiu com o objetivo de estabelecer um estado curdo independente no território considerado como Curdistão que se estende à Turquia, Iraque, Síria e Irã. Desde o fim dos anos 1990, o grupo acenou para a possibilidade de aceitar direitos culturais, linguísticos e locais em negociações para a paz.
Cerca de 40 mil pessoas já morreram em decorrência do conflito entre o movimento curdo e o governo da Turquia.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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