Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Do Brasil ao Médio Oriente ao Portugal futuro (e ao presente que o PREC podia ter tido): a viagem de Suzanne Cotter em Serralves começa agora

Ir para baixo

Do Brasil ao Médio Oriente ao Portugal futuro (e ao presente que o PREC podia ter tido): a viagem de Suzanne Cotter em Serralves começa agora Empty Do Brasil ao Médio Oriente ao Portugal futuro (e ao presente que o PREC podia ter tido): a viagem de Suzanne Cotter em Serralves começa agora

Mensagem por Vitor mango Qui Dez 12, 2013 4:52 am

Do Brasil ao Médio Oriente ao Portugal futuro (e ao presente que o PREC podia ter tido): a viagem de Suzanne Cotter em Serralves começa agora

Inês Nadais
12/12/2013 - 00:33

A primeira temporada pós-João Fernandes ambiciona pôr o museu de arte contemporânea do Porto a pensar global e os artistas dentro do museu.

A


Jão Fernandes deixou o Museu de Arte Contemporânea de Serralves (MACS) na companhia do brasileiro Cildo Meireles e da palestiniana Ahlam Shibli, os artistas que fecham, entre este final de 2013 e os primeiros meses de 2014, a última temporada programada pelo ex-director artístico do museu antes da sua transferência galáctica para o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, de Madrid.

Mas é “uma completa coincidência” que Suzanne Cotter, a curadora britânica que o substituiu (e que em breve terá a seu lado um subdirector responsável pela coordenação das actividades curatoriais), inicie a sua “viagem” (“Embarquem nela”, convidou ontem na conferência de imprensa) com uma retrospectiva de outra artista brasileira, Mira Schendel (28 de Fevereiro a 24 de Junho, em co-produção com a Tate Modern e a Pinacoteca de São Paulo), a que se seguirão, ainda este ano – outra “completa coincidência” –, duas aproximações ao vasto território do Médio Oriente: a primeira com uma exposição de pinturas e desenhos do sírio Marwan (Paintings and Drawings: 1962-1972) comissariada especialmente para a Fundação de Serralves pela francesa Catherine David (10 de Julho a 12 de Outubro), e a segunda com Infinite Possibility, grande operação dedicada à obra escultórica e gráfica da iraniana Monir Farmanfarmaian (9 de Outubro a 11 de Janeiro), com comissariado da própria directora do MACS, que viajará depois para o Guggenheim de Nova Iorque.
Não é aí, esclareceu Suzanne Cotter, que devem procurar-se sinais de continuidade com o passado do museu, que em 2014 comemorará 15 anos – mas há continuidade, deliberada, em gestos mais simbólicos como a exposição 12 Contemporâneos – Estados Presentes (14 de Fevereiro a 11 de Maio), em que o MACS percorrerá os últimos dez anos da produção artística portuguesa, à procura de um statement (mas não necessariamente de uma geração), através do corpo colectivo constituído pelos trabalhos de Ana Santos, André Sousa, Carla Filipe, Gabriel Abrantes, Mauro Cerqueira, Nuno da Luz, Pedro Barateiro, Pedro Lagoa, Priscila Fernandes, Sérgio Carronha, Sónia Almeida e Von Calhau!.
Disso, fez questão de sublinhar a nova directora da instituição, há precedentes: as colectivas Dez Contemporâneos (1992) e Imagens para os Anos 90 (1993), comissariadas respectivamente por Alexandre Melo e Miguel von Háfe Pérez. Uma publicação (não em forma de catálogo, mas de antologia composta por textos recomendados pelos artistas expostos) e um simpósio, a 14 e 15 de Março (Exposições colectivas: uma reflexão crítica), acompanharão a exposição, que terá curadoria de Suzanne Cotter e Bruno Marchand.
O equilíbrio entre exposições antológicas e reacções mais intuitivas ao aqui e agora da produção artística é, de resto, uma das missões desta primeira temporada da nova directora do MACS, que anunciou dois novos eixos de programação – o módulo Projectos Contemporâneos e o módulo Novas Perspectivas, este no cruzamento entre as artes visuais e a as artes performativas – justamente destinados a tornar o ambiente de Serralves mais permeável à criação em tempo real e mais disponível para o encontro presencial entre os artistas e os espectadores.
O norte-americano Theaster Gates, que estará em Serralves em Setembro para uma residência e uma série de concertos com os seus The Black Monks of Mississippi, a plataforma londrina The Otolith Group, o libanês Rabih Mroué (com Pixelated Revolution, estreada na Documenta 13, que mostrará no Porto a 8 de Fevereiro), e a coreógrafa suíça Alexandra Bachzetsis são alguns dos primeiros artistas a ter apresentação no contexto destes dois módulos.
O reforço da integração entre o programa de exposições, o programa de artes performativas e o programa do Serviço Educativo é, de resto, outra das prioridades de Cotter – daí que um espectáculo como o histórico solo Ai, Ai, Ai, do coreógrafo e bailarino brasileiro Marcelo Evelin, se apresente, já a 25 de Janeiro, paralelamente à exposição de Cildo Meireles (de que Evelin fará uma leitura pessoal numa visita guiada).
Pindorama, de Lia Rodrigues (1 de Junho), que Serralves programará a pretexto da retrospectiva de Mira Schendel, Intimacy, do sírio Omar Abusaada, e Av. dos Bons Amigos, do português Rui Catalão, ambos parte do programa paralelo à exposição de Marwan, são outros exemplos da visão integrada que será uma marca do novo MACS, um MACS “mais global do que internacional”.
“O que eu quero para nós é que as pessoas tenham um pretexto para vir a Serralves quer estejam na Baixa do Porto, em Lisboa ou em São Paulo”, precisou Suzanne Cotter. Ainda assim, a experiência portuguesa continuará a ser central na mundividência de Serralves, que comemora os 25 anos da fundação e os 15 do museu com duas grandes exposições da sua colecção (uma no MACS, de 29 de Maio a 1 de Setembro, e outra nos espaços da Casa e do Parque, de 28 de Junho a 30 de Setembro) – “Exposições que pensarão mais o presente e o futuro do que o passado, enfatizando as aquisições mais recentes” – e termina o ano com um ciclo multidisciplinar sobre a aventura das Operações SAAL, a partir de uma exposição comissariada por Delfim Sardo sobre o futuro que o PREC podia ter tido (O Processo SAAL. Arquitectura e Participação, 1974-1976).

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Do Brasil ao Médio Oriente ao Portugal futuro (e ao presente que o PREC podia ter tido): a viagem de Suzanne Cotter em Serralves começa agora Batmoon_e0
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 117475

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos