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Fundamentalismo? Não, obrigado!

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Mensagem por Vitor mango Seg Dez 16, 2013 1:04 am

Fundamentalismo? Não, obrigado!

Fartos de verem a sua religião associada ao terrorismo, os muçulmanos não integristas demarcam-se dos  fundamentalistas e põem em causa tanto a sua teoria como a sua prática. Leia na edição de dezembro, amanhã nas bancas.

9:00 Sexta, 29 de Novembro de 2013

Fundamentalismo? Não, obrigado! Gd-35a9



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Em 1962, João XXIII aproximava a Igreja Católica do mundo moderno com o Concílio Vaticano II. Desapareciam rituais caducos e a Igreja abria-se à discussão dos problemas do seu tempo, discussão esta que, como se tem visto com as recentes posições de Francisco I, está longe de ter terminado.

Do lado do Islão nada de semelhante aconteceu, até porque, ao contrário da Igreja Católica, não há hierarquia centralizada nem diretivas globais em matéria de doutrina (pelo menos entre os sunitas, corrente maioritária). Confrontam-se diferentes visões da mesma religião, algumas das quais inspiram grupos terroristas bem conhecidos e adeptos da jihad (guerra santa), aos quais os moderados acham chegada a hora de reagir.

Islão e terrorismo não são sinónimos



Como explica  Hussein Ibish, do sítio libanês de internet Now, "é ridículo equiparar Islão e terrorismo, como se fossem sinónimos. Há inúmeros outros terroristas e adeptos do assassinato como forma de política. E, como é evidente, os extremistas muçulmanos violentos não são, apenas, uma minoria no mundo islâmico: são uma minoria dentro de uma minoria." Por isso, os piores detratores do Islão acabam por ser os que invocam esse credo para levar a cabo ações violentas que só reforçam no Ocidente as correntes anti-islâmicas mais primárias. Pense-se no atentado dos irmãos Tsarnaev na Maratona de Boston.

Isso não significa que não seja necessária uma demarcação mais enérgica nos países de maioria islâmica relativamente às perseguições violentas de que são alvo os crentes de outras religiões, a começar pelos cristãos. Mas para isso é necessário um raciocínio de cidadania, ou seja, de que nigerianos, egípcios ou iraquianos o são, independentemente das suas convicções religiosas

Separação entre Igreja e Estado



E isso levanta um outro problema: o da separação entre Igreja e Estado, satisfatoriamente resolvido no Ocidente desde a Revolução Francesa e a Declaração de Independência norte-americana. Na sequência da Primavera Árabe, a ascensão dos islamitas moderados da Irmandade Muçulmana na Tunísia ou no Egito tinha como programa político "o Islão é a solução". Depressa se viu que não, porque, à parte a imposição do véu às mulheres ou a censura da livre expressão, não resolveu (antes agravou) nenhum problema económico nem social. Por isso, os descontentes na Tunísia dizem "menos Islão e mais soluções"...

 

Leia mais na edição de dezembro do Courrier Internacional, já nas bancas.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/-fundamentalismo-nao-obrigado=f843428#ixzz2ncgS5FNV

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