Pacheco Pereira sobre Capucho. “Quase todas as pessoas envolvidas no BPN são do PSD e não perderam a militância”

por **Vitor mango** Sex Fev 14, 2014 1:16 am

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O social-democrata considera que houve uma preocupação de limpar aquilo que, em vésperas de Congresso, podia ser uma tendência interna de oposição à actual direcção do PSD

Pacheco Pereira considera que António Capucho não devia ter sido expulso do PSD, em conjunto com outros militantes, apesar de ter concorrido numa lista adversária, nas últimas eleições autárquicas, e criticou o facto de permanecerem militantes membros cujo comportamento “arrastou o nome do partido”.
No programa “Quadratura do Círculo”, da SIC Notícias, o comentador social democrata defendeu que apesar da atitude de António Capucho ter violado os estatutos do partido, devia ter sido aberta uma excepção, dadas as circunstâncias em que aquelas eleições foram disputadas.
“Acho normal que quando um militante concorre contra uma lista do seu próprio partido deva sair do partido”, começou por dizer, mas ressalvou que devia ter havido “uma amninistia”, relativa às últimas autárquicas, “porque a constituição das listas em muitas autarquias foi uma situação anómala, feita sem o apoio dos militantes e em função da fidelidade à direcção partidária”, justificou, aludindo a casos como as câmaras municipais do Porto e de Oeiras.
“Devia haver uma excepção à regra dos estatutos e haver uma amnistia destas pessoas, que em alguns casos apresentaram uma sensibilidade muito superior à da direcção do próprio partido”, reforçou.
Pacheco Pereira afirmou mesmo que houve comportamentos de outros membros do PSD que foram muito piores para a imagem do partido, mas que não sofreram o mesmo tipo de penalização que António Capucho sofreu. “Quase todas as pessoas envolvidas no escândalo do BPN são militantes do PSD e não perderam a sua militância”, lembrou.
O comentador considerou ainda que estas expulsões revelam “uma preocupação muito rápida de limpar aquilo que, em vésperas de Congresso, podia ser uma tendência interna”.