«Catarina de Bragança, uma mulher dos tempos de hoje» 31 | 10 | 2008 17.01H Perante uma assistência empolgada, reunida na biblioteca do Palácio da Bemposta,
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«Catarina de Bragança, uma mulher dos tempos de hoje» 31 | 10 | 2008 17.01H Perante uma assistência empolgada, reunida na biblioteca do Palácio da Bemposta,
«Catarina de Bragança, uma mulher dos tempos de hoje»
31 | 10 | 2008 17.01H
Perante uma assistência empolgada, reunida na biblioteca do Palácio da Bemposta, Teresa Caeiro falou de Catarina de Bragança, a única rainha portuguesa que Inglaterra conheceu. Em causa estava o último romance histórico de Isabel Stilwell, directora do Destak.
Mafalda Van Uden | muden@destak.pt
A entrada fez-se pela porta principal do Paço da Bemposta ou Paço da Rainha, em Lisboa, num fim de tarde chuvoso. O busto de D. Catarina de Bragança, e o seu brasão, que reúne as armas do seu marido inglês, Carlos Stuart e as suas, as armas dos Bragança, passam muitas vezes despercebidas aos lisboetas que cruzam aquela rua da cidade, mas na noite de ontem estavam em evidência. Naquele paço, mandado constuir, em 1699,pela única rainha portuguesa que Inglaterra conheceu, e que fez dele a sua residência principal quando regressou a Lisboa já viúva, acontecia o lançamento do romance histórico «Catarina de Bragança – A Coragem de uma Infanta Portuguesa que foi Rainha de Inglaterra», de Isabel Stilwell, directora do Destak.
Subida a escadaria, os convidados visitavam primeiro a magnífica Capela Real (onde todos os domingos se celebra Missa, pelas 10 horas, de portas ao público), para em seguida irem entrando para a biblioteca daquele palácio, que hoje pertence à Academia Militar. Na mesa, presidida pelo Tenente-General Paiva Monteiro, presidente da Academia, estavam ainda Sofia Monteiro, da editora Esfera dos Livros, Isabel Stilwell, a autora, e Teresa Caeiro que empolgou a assistência com a sua apresentação da história do livro, da história de D. Catarina.
A história de uma criança nascida em Vila Viçosa, em 1638, filha de um duque, mas que dois anos depois após a Aclamação do seu pai como D. João IV, o primeiro da Dinastia de Bragança, se tornou infanta de Portugal. A história de uma criança, depois adolescente, que cresce entre os seus quatro irmãos, e sofre a perda do seu irmão adorado, o príncipe herdeiro D. Teodósio, que acabara de fazer 19 anos, depois da sua irmã Joana, apenas três meses mais tarde, e se descobre subitamente como a carta principal de um jogo diplomático que pretendia consolidar a Dinastia dos Bragança, ainda sob fogo de Castela que não aceitava a nossa Independência.
A história de uma princesa cujo génio estratégico da mãe, D. Luísa de Gusmão, conseguiu casar com Carlos II de Inglaterra, mediante um avultado e polémico dote que incluía Tanger e Bombaim, e que com pouco mais de vinte anos partiu para um país desconhecido, com uma religião diferente da sua, sem sequer dominar a língua, para mergulhar numa corte de usos e costume «escandalosamente» diferentes dos seus. Uma princesa que, apesar de trinta anos de adversidade, marcada sobretudo por sucessivos abortos espontâneos que resultaram na sua incapacidade de alguma vez dar à luz um herdeiro, se manteve apaixonada e fiel ao homem que começara a amar quando lhe mostraram, ainda no Paço da Ribeira, o primeiro retrato.
Como explicou Teresa Caeiro, uma «mulher dos nossos dias», na medida em que lutou para não ter de abdicar de nada, nem do coração do marido, nem da sua religião católica, apesar das perseguições de que foi alvo, nem da sua determinação de servir a Pátria, que dependeu do auxílio do exército e da diplomacia inglesa para finalmente pôr fim à Guerra da Restauração, nem de tomar partido na luta pelo poder que em Portugal era disputada pelos seus dois irmãos, Afonso VI e Pedro, mais tarde também ele rei.
«Uma leitura empolgante, onde a todos os detalhes, dos brocados dos vestidos ao carvão de cores acabados de chegar da China com que D. Pedro pinta, se junta a profunda humanidade dos personagens. Esta Catarina de Bragança tem a espessura de uma mulher de carne e osso, com quem nos identificamos sem dificuldade, com quem choramos e rimos», garantiu. Foi de facto convincente, porque todos os presentes saíram do Paço com o livro de 620 páginas debaixo do braço e uma aberta vontade de o ler. O desejo de com estes romances históricos trazer o passado ao presente, para com ele ganhar balanço para o futuro que Isabel Stilwell manifestou a fechar a sessão, parecia estar cumprido. Depois do sucesso de «Filipa de Lencastre – A Rainha que Mudou Portugal», e que já vendeu mais de 26 mil exemplares, espera-se que «Catarina de Bragança» volte a dar o prazer de uma viagem pelo tempo.
31 | 10 | 2008 17.01H
Perante uma assistência empolgada, reunida na biblioteca do Palácio da Bemposta, Teresa Caeiro falou de Catarina de Bragança, a única rainha portuguesa que Inglaterra conheceu. Em causa estava o último romance histórico de Isabel Stilwell, directora do Destak.
Mafalda Van Uden | muden@destak.pt
A entrada fez-se pela porta principal do Paço da Bemposta ou Paço da Rainha, em Lisboa, num fim de tarde chuvoso. O busto de D. Catarina de Bragança, e o seu brasão, que reúne as armas do seu marido inglês, Carlos Stuart e as suas, as armas dos Bragança, passam muitas vezes despercebidas aos lisboetas que cruzam aquela rua da cidade, mas na noite de ontem estavam em evidência. Naquele paço, mandado constuir, em 1699,pela única rainha portuguesa que Inglaterra conheceu, e que fez dele a sua residência principal quando regressou a Lisboa já viúva, acontecia o lançamento do romance histórico «Catarina de Bragança – A Coragem de uma Infanta Portuguesa que foi Rainha de Inglaterra», de Isabel Stilwell, directora do Destak.
Subida a escadaria, os convidados visitavam primeiro a magnífica Capela Real (onde todos os domingos se celebra Missa, pelas 10 horas, de portas ao público), para em seguida irem entrando para a biblioteca daquele palácio, que hoje pertence à Academia Militar. Na mesa, presidida pelo Tenente-General Paiva Monteiro, presidente da Academia, estavam ainda Sofia Monteiro, da editora Esfera dos Livros, Isabel Stilwell, a autora, e Teresa Caeiro que empolgou a assistência com a sua apresentação da história do livro, da história de D. Catarina.
A história de uma criança nascida em Vila Viçosa, em 1638, filha de um duque, mas que dois anos depois após a Aclamação do seu pai como D. João IV, o primeiro da Dinastia de Bragança, se tornou infanta de Portugal. A história de uma criança, depois adolescente, que cresce entre os seus quatro irmãos, e sofre a perda do seu irmão adorado, o príncipe herdeiro D. Teodósio, que acabara de fazer 19 anos, depois da sua irmã Joana, apenas três meses mais tarde, e se descobre subitamente como a carta principal de um jogo diplomático que pretendia consolidar a Dinastia dos Bragança, ainda sob fogo de Castela que não aceitava a nossa Independência.
A história de uma princesa cujo génio estratégico da mãe, D. Luísa de Gusmão, conseguiu casar com Carlos II de Inglaterra, mediante um avultado e polémico dote que incluía Tanger e Bombaim, e que com pouco mais de vinte anos partiu para um país desconhecido, com uma religião diferente da sua, sem sequer dominar a língua, para mergulhar numa corte de usos e costume «escandalosamente» diferentes dos seus. Uma princesa que, apesar de trinta anos de adversidade, marcada sobretudo por sucessivos abortos espontâneos que resultaram na sua incapacidade de alguma vez dar à luz um herdeiro, se manteve apaixonada e fiel ao homem que começara a amar quando lhe mostraram, ainda no Paço da Ribeira, o primeiro retrato.
Como explicou Teresa Caeiro, uma «mulher dos nossos dias», na medida em que lutou para não ter de abdicar de nada, nem do coração do marido, nem da sua religião católica, apesar das perseguições de que foi alvo, nem da sua determinação de servir a Pátria, que dependeu do auxílio do exército e da diplomacia inglesa para finalmente pôr fim à Guerra da Restauração, nem de tomar partido na luta pelo poder que em Portugal era disputada pelos seus dois irmãos, Afonso VI e Pedro, mais tarde também ele rei.
«Uma leitura empolgante, onde a todos os detalhes, dos brocados dos vestidos ao carvão de cores acabados de chegar da China com que D. Pedro pinta, se junta a profunda humanidade dos personagens. Esta Catarina de Bragança tem a espessura de uma mulher de carne e osso, com quem nos identificamos sem dificuldade, com quem choramos e rimos», garantiu. Foi de facto convincente, porque todos os presentes saíram do Paço com o livro de 620 páginas debaixo do braço e uma aberta vontade de o ler. O desejo de com estes romances históricos trazer o passado ao presente, para com ele ganhar balanço para o futuro que Isabel Stilwell manifestou a fechar a sessão, parecia estar cumprido. Depois do sucesso de «Filipa de Lencastre – A Rainha que Mudou Portugal», e que já vendeu mais de 26 mil exemplares, espera-se que «Catarina de Bragança» volte a dar o prazer de uma viagem pelo tempo.
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