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O Papa Francisco "não se deixa manipular"

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Mensagem por Vitor mango Qua maio 28, 2014 10:13 am

O Papa Francisco "não se deixa manipular"
por Abel Coelho de MoraisOntemO Papa Francisco "não se deixa manipular" Icn_comentario[url=http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3937483&seccao=M%E9dio Oriente#AreaComentarios]95 comentários[/url]
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Bernt Besch, cónego do Santo Sepulcro e sacerdote do Patriarcado Latino de Jerusalém

O cónego do Santo Sepulcro e sacerdote do Patriarcado Latino de Jerusalém explica e analisa a viagem do Papa Francisco ao Médio Oriente, o seu significado e repercussões. Em entrevista telefónica ao DN, Bernt Besch, que integra a Comissão Episcopal da Igreja Católica na Terra Santa, fala dos apelos do Papa à paz e ao diálogo entre religiões e no quadro do conflito israelo-palestiniano.

Como descreveria a atmosfera que se viveu durante a visita do Papa, não só o envolvimento dos fiéis como ambiente no plano da segurança e das reações dos diferentes sectores?
A atmosfera foi muito diferente, consoante os locais por onde passou o Papa. Na Jordânia, o acolhimento foi muito amável. O Rei está muito próximo dos cristãos e teve uma intervenção a reconhecer o papel da Igreja e do Papa. O próprio aparato de segurança não era ostensivo e o Rei Abdallah II fez questão em conduzir o veículo em que ele e o Papa seguiram ao visitarem o Rio Jordão. Em território palestiniano, a receção também foi muito calorosa e o Papa muito aplaudido na missa na Praça da Manjedoura, em Belém, quando falou na necessidade de haver paz no Médio Oriente. Em Israel, o ambiente é muito diferente, mais tenso. Os extremistas atacam os cristãos; eu próprio fui agredido em 2013...
Houve prisões e o nível de segurança também mais elevado...
O ambiente em Israel foi muito diferente. Os israelitas estão sempre preocupados com a segurança e, por exemplo, domingo à noite os cristãos foram impedidos de ver o Papa, foram acusados de estarem a bloquear as ruas... Não foi prevista a possibilidade de puderem ver Francisco, o que os levou a escrever uma carta em inglês ao Papa a denunciar a situação. E no Santo Sepulcro, as pessoas com convite foram sujeitas a medidas de segurança como se fossemos entrar no aeroporto de Telavive. Algo semelhante já sucedera durante a visita de Bento XVI em que pessoas, mesmo autorizadas a assistir às celebrações, foram impedidas de o fazer sob pretexto de questões de segurança.
Os extremistas tentaram intervir nas cerimónias?

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Mensagem por Vitor mango Qua maio 28, 2014 10:14 am

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por Abel Coelho de MoraisOntemO Papa Francisco "não se deixa manipular" Icn_comentario[url=http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3937483&seccao=M%E9dio Oriente#AreaComentarios]95 comentários[/url]
Bernt Besch, cónego do Santo Sepulcro e sacerdote do Patriarcado Latino de Jerusalém

Tentaram de alguma maneira e chegaram a distribuir um panfleto em inglês, "dirigido às nações do mundo" acusando os cristãos de "idolatria" e o Papa de ser "responsável pela ilusão em que vivem milhões no mundo que rezam hoje a ídolos". Nesse panfleto chegam a escrever, citando o rabi [da época medieval] Maimonides que os "símbolos da idolatria", como as igrejas e os mosteiros, deviam ser destruídos.
Mas isso é uma posição minoritária?
Os extremistas representavam 6% da população há 13 anos; hoje são 10% da população de Israel, e é um fenómeno em crescimento.
Essa tensão manifestou-se também nos encontros a nível oficial?
Como sabe, o Governo exigiu que o Papa visitasse o Monte Herzl e o monumento às vítimas do terrorismo, mas foi importante o encontro com o Presidente Shimon Peres, que é um defensor da paz, e mesmo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse algo interessante ao Papa na despedida de segunda-feira: "reze por nós e nós rezaremos por vós". Isso foi importante.

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Mensagem por Vitor mango Qua maio 28, 2014 10:14 am

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por Abel Coelho de MoraisOntemO Papa Francisco "não se deixa manipular" Icn_comentario[url=http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3937483&seccao=M%E9dio Oriente#AreaComentarios]95 comentários[/url]
Bernt Besch, cónego do Santo Sepulcro e sacerdote do Patriarcado Latino de Jerusalém

Que diferenças e semelhanças encontra a visita do Papa Francisco e a de anteriores papas?
O papa Bento esteve mais tempo em Israel. Celebrou as santas Missas em Jerusalém e Nazaré, com milhares de fiéis. Falou mais abertamente de questões políticas e da questão palestiniana. O Papa Francisco citou Bento XVI e disse uma coisa muito importante: o caminho da paz passa pela reconciliação, o direito dos palestinianos a uma pátria soberana e à liberdade de movimentos e ao direito de existência de Israel com fronteiras internacionalmente reconhecidas. Fez ainda votos, se Deus permitir, de voltar um dia e visitar a Galileia [o lugar da Anunciação].
E as anteriores visitas?
Eu não estava em Jerusalém então, mas agora comentava-se que após a histórica visita de Paulo VI, em 1964, três anos depois foi a Guerra dos Seis Dias; pouco depois da visita de João Paulo II, começou a segunda intifada e sucedeu a guerra israelo-libanesa de 2009, após a visita de Bento XVI. Esperemos que algo semelhante não suceda agora.
Apresentada como "estritamente religiosa", a visita teve gestos de pleno significado político. O Papa conseguiu transmitir a mensagem de que ele e a Igreja podem contribuir para o diálogo e para o longo conflito no Médio Oriente?

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Mensagem por Vitor mango Qua maio 28, 2014 10:16 am

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por Abel Coelho de MoraisOntemO Papa Francisco "não se deixa manipular" Icn_comentario[url=http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3937483&seccao=M%E9dio Oriente#AreaComentarios]95 comentários[/url]
Bernt Besch, cónego do Santo Sepulcro e sacerdote do Patriarcado Latino de Jerusalém

Aqui tudo é político. Não vivemos uma situação normal. O único país normal é a Jordânia. Se o Papa foi ao Monte Herzl, e é um gesto político, teve de o fazer porque Israel o exige no protocolo das visitas de todos as autoridades de um Estado, e os palestinianos não gostaram. Mas o Papa teve um gesto imprevisto, quando deixou o carro em que seguia e colocou a testa no muro que divide Israel e os territórios, o que foi criticado em Israel. Isto torna claro tudo o que ele critica e mostra que o Papa está onde está. Não se deixa manipular e quer uma solução justa para todos.
Pode dizer-se que os encontros do Papa com representantes das religiões judaica e muçulmana significaram algum avanço?
O Papa frisou que as três religiões podem e devem contribuir para a paz, a reconciliação e os direitos humanos, e condenou o facto de haver pessoas que abusam da religião para justificar agressões, conflitos, a guerra. Foi muito claro neste ponto e disse-o também perante representantes do Islão. Gostaria de referir que esta visita decorreu no quadro dos 50 anos do histórico encontro entre Paulo VI e o patriarca Atenágoras, que iniciou a reaproximação entre a Igreja de Roma e a Ortodoxa Grega. E neste aspecto, o encontro entre Francisco e o patriarca ortodoxo Bartolomeu I foi muito fraterno e genuíno. Basta atentar no momento em que o Papa beija a mão de Bartolomeu.
É mais um sinal de que é possível a reaproximação entre as duas igrejas?
Têm-se dado passos na reunificação das igrejas católicas e ortodoxas e penso que é importante destacar que, pouco antes da visita do Papa Francisco, os ortodoxos gregos decidiram convocar um sínodo para 2016 para debater as bases para pôr fim a esta separação.

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