Rússia procura saída para isolamento internacional
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Publicada por José Milhazes à(s) 10:17 1 comentário
Numa entrevista a órgãos de informação franceses, Vladimir Putin voltou a jurar que “não houve, nem há qualquer unidade militar ou instrutores militares russos no sudeste da Ucrânia” e que “a Rússia não tem qualquer intenção de anexar ou desestabilizar o sudeste da Ucrânia”.
Acredito nas declarações do dirigente russo, mas é evidente que elas são apenas verdade em parte. Moscovo não tem tropas regulares no sudeste da Ucrânia, mas aí combatem centenas de homens, bem preparados e equipados, vindos do território da Rússia. E tendo em conta a forma rígida como são controladas as fronteiras russas, conclui-se que esses homens só passam porque as autoridades russas fazem de conta que não veem.
Além disso, algumas das armas empregues pelos separatistas, devido à sua sofisticação, só podem ter origem russa.
Quanto à afirmação seguinte, Moscovo não precisa de anexar, pois se os separatistas vencerem, as repúblicas populares de Donetzk e Lugansk não passarão de fantoches nas mãos do Kremlin, dirigidos por homens por ele nomeados.
E, em geral, depois da forma como Vladimir Putin “resolveu” o problema da Chechénia, matando milhares de pessoas em nome da integração territorial da Rússia, ele não tem o direito moral de criticar as actuais autoridades ucranianas, que apenas o imitam na forma de acabar com o separatismo no sudeste da Ucrânia, embora em dimensões muito mais reduzidas.
A guerra da Chechénia e a anexação da Crimeia retiram à Rússia qualquer direito de vir pregar sermões sobre “padrões duplos” na política externa do Ocidente, etc. Moscovo faz o que os outros fazem e o resto são explicações de mau pagador.
Claro que o Kremlin também já não pode pôr em causa a legitimidade da eleição de Porochenko, tanto mais depois de se ver a forma como foram organizados os referendos na Crimeia e no sudeste da Ucrânia sobre a independência destas regiões.
Com isto não quero dizer que estou de acordo com a forma como as autoridades de Kiev estão a gerir a situação no sudeste da Ucrânia. É necessário respeitar as “leis da guerra” e organizações internacionais como a ONU e a OSCE devem velar por isso. E todos os actos de barbárie a que assistimos, cometidos por ambas as partes, devem ser investigados internacionalmente e castigados.
Parece-me que a táctica das autoridades ucranianas é enfraquecer o mais possível as forças separatistas até à tomada de posse do novo Presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, para que este tenha maior peso nas conversações com o Kremlin, pois a solução do problema passa obrigatoriamente por Moscovo, por muito que os dirigentes russos digam que nada têm a ver com isso.
Por enquanto, este plano parece ter êxito, mas é claro que a via militar não resolverá o problema. Mesmo que as forças armadas ucranianas obtenham uma vitória clara, será preciso que as autoridades civis de Kiev iniciem o diálogo com os habitantes do sudeste com vista a encontrarem uma plataforma de entendimento.
Nesta tarefa, a Ucrânia irá precisar tanto do apoio da UE e EUA, por um lado, como da Rússia, por outro. Sublinho: do apoio, e não da imposição de condições. UE, EUA e Rússia poderão ter interesses naquele país estratégico no centro da Europa, mas o povo ucraniano deverá ter o direito de escolher o seu futuro, sem limitações impostas pelo exterior, bem como não deve ser forçado a optar definitivamente pelo que quer que seja.
Quanto às relações entre ucranianos e russos, elas jamais serão as mesmas, aconteça o que acontecer.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117572
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