Senado espanhol debate moção de combate às praxes
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Senado espanhol debate moção de combate às praxes
Senado espanhol debate moção de combate às praxes
REUTERS A iniciativa insta o Governo a colaborar com as instituições e agentes públicos ou privados, especialmente as universidades, colégios maiores, alunos e pais para prevenir este tipo de comportamentos, conhecidos em Espanha como "novatadas". (Arquivo)
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A iniciativa insta o Governo a colaborar com as instituições e agentes públicos ou privados, especialmente as universidades, colégios maiores, alunos e pais para prevenir este tipo de comportamentos, conhecidos em Espanha como "novatadas".
Neste sentido, pede que se apoie o manifesto do Conselho de Colégios Maiores de Espanha, procurando que sejam eliminadas, e que já conta com o apoio de 160 centros.
"Defender e proteger adequadamente as vítimas, através de correta atenção psicológica, informativa e até policial", refere outro dos pontos da proposta.
Reclama ainda que o executivo preserve o direito à liberdade e à convivência no espaço estudantil universitário e nas zonas públicas relacionadas, "com o devido respeito e colaboração das instituições universitárias".
"É evidente que obrigar a consumir álcool, comer comida para cães, beber vinagre, despir-se ou provocar lesões tem pouco de piada", explica o PP na justificação para a moção.
Desde 2013 que vários colégios maiores, residências universitárias e algumas faculdades espanholas estão unidos na condenação das praxes, práticas que permanecem vincadas nas experiências universitárias.
"É um ciclo vicioso difícil de parar", admitiu à agência Lusa Carlos Garcia, responsável do Conselho de Colégios Maiores Universitários de Espanha.
"Por isso, tentamos com os alunos e com os pais, no momento da matrícula, com as universidades e com os grupos políticos para reformar leis que estão obsoletas e para endurecer as sanções", explicou.
No ano passado arrancou uma das iniciativas mais amplas, apostando em atuar dentro do próprio espaço universitário, para consciencializar, informar e travar uma prática cada vez mais criticada.
Desde o ano letivo passado que 160 colégios maiores, residências universitárias e várias faculdades, incluindo a Complutense de Madrid, a de Navarra e a de Saragoça, se uniram num manifesto contra as praxes.
O texto baseia-se numa investigação levada a cabo em várias universidades, que descreve o fenómeno e sugere ações para combater o problema.
Igualmente empenhada em combater as praxes está a plataforma "nomasnovatadas", (não mais praxes), criada na Corunha (Galiza) em 2011, uma semana antes de um dos casos mais graves, do passado recente, de praxes em Espanha.
Em outubro de 2011, três estudantes recém-chegados ao Colégio Maior San Agustín, em Santiago de Compostela, tiveram que ser hospitalizados com graves lesões nos olhos depois de lhes terem lançado à cara um detergente muito corrosivo durante uma praxe.
Humilhação, acosso, relações de domínio-submissão e práticas perigosas, incluindo obrigar os jovens a beber, fazem hoje parte da realidade das praxes em Espanha, que investigadores consideram uma forma de 'bullying'.
REUTERS A iniciativa insta o Governo a colaborar com as instituições e agentes públicos ou privados, especialmente as universidades, colégios maiores, alunos e pais para prevenir este tipo de comportamentos, conhecidos em Espanha como "novatadas". (Arquivo)
O Senado espanhol debate quarta-feira uma moção do grupo Popular para lutar contra as praxes, tanto na universidade como na sociedade em geral, e com medidas para apoio adicional às vítimas.
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A iniciativa insta o Governo a colaborar com as instituições e agentes públicos ou privados, especialmente as universidades, colégios maiores, alunos e pais para prevenir este tipo de comportamentos, conhecidos em Espanha como "novatadas".
Neste sentido, pede que se apoie o manifesto do Conselho de Colégios Maiores de Espanha, procurando que sejam eliminadas, e que já conta com o apoio de 160 centros.
"Defender e proteger adequadamente as vítimas, através de correta atenção psicológica, informativa e até policial", refere outro dos pontos da proposta.
Reclama ainda que o executivo preserve o direito à liberdade e à convivência no espaço estudantil universitário e nas zonas públicas relacionadas, "com o devido respeito e colaboração das instituições universitárias".
"É evidente que obrigar a consumir álcool, comer comida para cães, beber vinagre, despir-se ou provocar lesões tem pouco de piada", explica o PP na justificação para a moção.
Desde 2013 que vários colégios maiores, residências universitárias e algumas faculdades espanholas estão unidos na condenação das praxes, práticas que permanecem vincadas nas experiências universitárias.
"É um ciclo vicioso difícil de parar", admitiu à agência Lusa Carlos Garcia, responsável do Conselho de Colégios Maiores Universitários de Espanha.
"Por isso, tentamos com os alunos e com os pais, no momento da matrícula, com as universidades e com os grupos políticos para reformar leis que estão obsoletas e para endurecer as sanções", explicou.
No ano passado arrancou uma das iniciativas mais amplas, apostando em atuar dentro do próprio espaço universitário, para consciencializar, informar e travar uma prática cada vez mais criticada.
Desde o ano letivo passado que 160 colégios maiores, residências universitárias e várias faculdades, incluindo a Complutense de Madrid, a de Navarra e a de Saragoça, se uniram num manifesto contra as praxes.
O texto baseia-se numa investigação levada a cabo em várias universidades, que descreve o fenómeno e sugere ações para combater o problema.
Igualmente empenhada em combater as praxes está a plataforma "nomasnovatadas", (não mais praxes), criada na Corunha (Galiza) em 2011, uma semana antes de um dos casos mais graves, do passado recente, de praxes em Espanha.
Em outubro de 2011, três estudantes recém-chegados ao Colégio Maior San Agustín, em Santiago de Compostela, tiveram que ser hospitalizados com graves lesões nos olhos depois de lhes terem lançado à cara um detergente muito corrosivo durante uma praxe.
Humilhação, acosso, relações de domínio-submissão e práticas perigosas, incluindo obrigar os jovens a beber, fazem hoje parte da realidade das praxes em Espanha, que investigadores consideram uma forma de 'bullying'.
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