Oposição na Câmara de Lisboa quer que Costa clarifique se continua
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Oposição na Câmara de Lisboa quer que Costa clarifique se continua
Oposição na Câmara de Lisboa quer que Costa clarifique se continua
PSD/Lisboa considera que a vitória "categórica" do autarca nas primárias "abrevia" a saída da Câmara. Já o PCP secundariza a mudança de rostos e pede outras políticas.
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Paulo Paixão |
18:37 Segunda feira, 29 de setembro de 2014
Depois da vitória nas primárias do PS, na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa marcada para terça-feira é esperado que António Costa seja confrontado com uma bateria de perguntas da oposição sobre a sua sucessão na auratquia / Marcos Borga
Em semana de jackpot no euromilhões, a pergunta do clássico "milhão de dólares" - "Quando sairá António Costa da Câmara de Lisboa? - continua sem resposta.
No dia seguinte à retumbante vitória sobre António José Seguro, ninguém do "staff" de Costa dá sequer um único número que possa ajudar a compor a chave sobre a hora do seu adeus à autarquia. Esta terça-feira à tarde, na reunião da Assembleia Municipal, é esperado que o presidente da Câmara seja confrontado com uma bateria de perguntas da oposição sobre este tema.
Entre a vereação do PSD, depois do expressivo resultado de Costa na noite de domingo, acredita-se que o calendário será acelerado. E, assim, que Fernando Medina passe de número dois a número um antes do que era estimado, ou seja, final do primeiro semestre do próximo ano (meses antes das legislativas, previstas para o começo do outono de 2015).
Para o social-democrata António Prôa, se antes das primárias do PS "a perspetiva era a permanência (de Costa) na Câmara até bastante próximo das legislativas", as coisas mudaram significativamente com a contagem de votos de militantes e de simpatizantes socialistas. "Este cenário de vitória categórica abreviou esse momento", diz António Prôa.
A força dos factos
O que muda no essencial? "Já não se trata de um cenário, mas de um facto", afirma Prôa. "E o facto é que Costa terá de assumir a liderança do PS o mais rápido possível", prossegue.
Para esse novo papel, "não estando ele no Parlamento terá de encontrar outros palcos. A menos que Costa cometa o erro de querer usar a Câmara como palco...", sublinha o vereador do PSD, também deputado à Assembleia da República.
Mas mais do que as estratégias que António Costa possa ter em mente, para o vereador do PSD são as exigências dos dois cargos que ditam a não acumulação de funções. "Acho difícil um presidente da Câmara da capital ser capaz de compatibilizar essas funções com as de líder do PS", afirma Prôa.
Mas a pele de analista política não é aquela em que o eleito social-democrata mais gosta de vestir quando é chamado a comentar o futuro de António Costa na autarquia. "A bem da cidade, quanto mais cedo ele sair melhor".
Para Prôa, o desfecho das primárias do PS tem um aspeto positivo: Lisboa voltar a ter "um presidente a tempo inteiro". A gestão "em 'part-time' não é boa para cidade".
CDS quer rápido esclarecimento
Já o vereador do CDS-PP na Câmara de Lisboa, João Gonçalves Pereira, exigiu esta segunda-feira, em declarações à Lusa, que António Costa esclareça qual o seu futuro à frente da autarquia, que "não pode ficar órfã, sem liderança política".
Perante os três cenários que diz estarem em cima da mesa - um em que o presidente se mantém na autarquia; um segundo em que sai e se faz substituir pelo vice-presidente Fernando Medina; e um terceiro que é de eleições intercalares" -, Gonçalves Pereira tem "esperança que nos próximos dias" Costa esclareça os lisboetas.
O cenário de eleições intercalares, suscitado pelo CDS, não foi, até ao momento, referido pelo PSD. No entanto, segundo um histórico social-democrata da capital, Victor Gonçalves - ex-vereador em diversos mandatos e atualmente deputado municipal -, "é no mínimo exigível que o PSD peça eleições intercalares".
Para João Gonçalves Pereira, nos últimos quatro meses "os lisboetas notaram um presidente a meio tempo, mas tratou-se de um período excecional". Para o vereador do CDS, "outra coisa é (Costa) perpetuar-se a meio tempo até às eleições legislativas do próximo ano".
PCP indiferente às caras
Para os comunistas, o momento da saída de António Costa da Câmara é irrelevante, sendo "uma não-questão", diz Gonçalo Tomé, do organismo concelhio do PCP de Lisboa (DORL).
"Independentemente das caras, é a política que conta. E a questão é se há uma alteração da política na cidade. E não se vislumbrando qualquer mudança na política implantada em Lisboa, ela será sempre combatida pelo PCP", afirma o responsável da DORL.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/oposicao-na-camara-de-lisboa-quer-que-costa-clarifique-se-continua=f891533#ixzz3Emb3pL13
PSD/Lisboa considera que a vitória "categórica" do autarca nas primárias "abrevia" a saída da Câmara. Já o PCP secundariza a mudança de rostos e pede outras políticas.
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Paulo Paixão |
18:37 Segunda feira, 29 de setembro de 2014
Depois da vitória nas primárias do PS, na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa marcada para terça-feira é esperado que António Costa seja confrontado com uma bateria de perguntas da oposição sobre a sua sucessão na auratquia / Marcos Borga
Em semana de jackpot no euromilhões, a pergunta do clássico "milhão de dólares" - "Quando sairá António Costa da Câmara de Lisboa? - continua sem resposta.
No dia seguinte à retumbante vitória sobre António José Seguro, ninguém do "staff" de Costa dá sequer um único número que possa ajudar a compor a chave sobre a hora do seu adeus à autarquia. Esta terça-feira à tarde, na reunião da Assembleia Municipal, é esperado que o presidente da Câmara seja confrontado com uma bateria de perguntas da oposição sobre este tema.
Entre a vereação do PSD, depois do expressivo resultado de Costa na noite de domingo, acredita-se que o calendário será acelerado. E, assim, que Fernando Medina passe de número dois a número um antes do que era estimado, ou seja, final do primeiro semestre do próximo ano (meses antes das legislativas, previstas para o começo do outono de 2015).
Para o social-democrata António Prôa, se antes das primárias do PS "a perspetiva era a permanência (de Costa) na Câmara até bastante próximo das legislativas", as coisas mudaram significativamente com a contagem de votos de militantes e de simpatizantes socialistas. "Este cenário de vitória categórica abreviou esse momento", diz António Prôa.
A força dos factos
O que muda no essencial? "Já não se trata de um cenário, mas de um facto", afirma Prôa. "E o facto é que Costa terá de assumir a liderança do PS o mais rápido possível", prossegue.
Para esse novo papel, "não estando ele no Parlamento terá de encontrar outros palcos. A menos que Costa cometa o erro de querer usar a Câmara como palco...", sublinha o vereador do PSD, também deputado à Assembleia da República.
Mas mais do que as estratégias que António Costa possa ter em mente, para o vereador do PSD são as exigências dos dois cargos que ditam a não acumulação de funções. "Acho difícil um presidente da Câmara da capital ser capaz de compatibilizar essas funções com as de líder do PS", afirma Prôa.
Mas a pele de analista política não é aquela em que o eleito social-democrata mais gosta de vestir quando é chamado a comentar o futuro de António Costa na autarquia. "A bem da cidade, quanto mais cedo ele sair melhor".
Para Prôa, o desfecho das primárias do PS tem um aspeto positivo: Lisboa voltar a ter "um presidente a tempo inteiro". A gestão "em 'part-time' não é boa para cidade".
CDS quer rápido esclarecimento
Já o vereador do CDS-PP na Câmara de Lisboa, João Gonçalves Pereira, exigiu esta segunda-feira, em declarações à Lusa, que António Costa esclareça qual o seu futuro à frente da autarquia, que "não pode ficar órfã, sem liderança política".
Perante os três cenários que diz estarem em cima da mesa - um em que o presidente se mantém na autarquia; um segundo em que sai e se faz substituir pelo vice-presidente Fernando Medina; e um terceiro que é de eleições intercalares" -, Gonçalves Pereira tem "esperança que nos próximos dias" Costa esclareça os lisboetas.
O cenário de eleições intercalares, suscitado pelo CDS, não foi, até ao momento, referido pelo PSD. No entanto, segundo um histórico social-democrata da capital, Victor Gonçalves - ex-vereador em diversos mandatos e atualmente deputado municipal -, "é no mínimo exigível que o PSD peça eleições intercalares".
Para João Gonçalves Pereira, nos últimos quatro meses "os lisboetas notaram um presidente a meio tempo, mas tratou-se de um período excecional". Para o vereador do CDS, "outra coisa é (Costa) perpetuar-se a meio tempo até às eleições legislativas do próximo ano".
PCP indiferente às caras
Para os comunistas, o momento da saída de António Costa da Câmara é irrelevante, sendo "uma não-questão", diz Gonçalo Tomé, do organismo concelhio do PCP de Lisboa (DORL).
"Independentemente das caras, é a política que conta. E a questão é se há uma alteração da política na cidade. E não se vislumbrando qualquer mudança na política implantada em Lisboa, ela será sempre combatida pelo PCP", afirma o responsável da DORL.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117520
Re: Oposição na Câmara de Lisboa quer que Costa clarifique se continua
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Já clarificou. Vai ficar com um pé um pé na Câmara e outro em S. Bento. Lá mais para diante, muda o da autarquia para Belém!
Já clarificou. Vai ficar com um pé um pé na Câmara e outro em S. Bento. Lá mais para diante, muda o da autarquia para Belém!
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
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