Manual de reflexões sobre a América
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Manual de reflexões sobre a América
Manual de reflexões sobre a América utilizáveis por um antiamericano
Profundamente antiamericano é o homem que, ao encontrar a mulher na cama com outro, sai de casa e vai apedrejar a Embaixada dos Estados Unidos. Esta atitude, que aos olhos dos espíritos mais simplistas pode parecer despropositada e sem sentido, marca, no entanto, a verdadeira essência da rejeição da América: a convicção profunda e provada de que todas as modernices mais ou menos idiotas vêm dos EUA!
De lá veio o adultério, a disseminação do divórcio, o biquíni e a mania que as mulheres têm de andar destapadas; veio de lá o tabaco, o Kentucky Fried Chicken e o hamburguer (este último, para disfarçar, vinha com nome alemão). A própria salsicha bávara, por estúpido que pareça, teve a sua glória ao ser metida num pão francês para fazer o Hot Dog americano. E os jeans, a porcaria dos jeans que pôs os homens mais elegantes a vestirem-se com calças próprias de vaqueiros ou de operários mineiros, veio também daquelas bandas. Foi ainda de lá que chegou o arranha-céus, a chiclete e as meias de seda que permitiram às mulheres subir as saias mesmo em pleno rigor do Inverno. E foi das mesmas paragens que a bomba atómica chegou a Nagasáqui e Hiroxima e o pacifismo militante, o "Paz e Amor", o "Make Love not War" além de umas boas pedradas e umas trips de LSD, chegaram ao Vietname.
Da América surgiu o dr. Benjamin Spock com um manual de instruções para bebés e a ideia de que os meninos não devem ser contrariados nem levar um par de estaladas bem assentes quando se portam mal. Veio, juntamente com todo o palavreado politicamente correcto, a ditadura da linguagem que nos fez transformar as palavras como coxo, cego, maneta, perneta ou zarolho numa só palavra: deficiente!
Foi também do Novo Mundo que veio o swing, o jazz e o rock and roll que fazem com que os nossos corpos pareçam (e estejam por vezes) possuídos por um demónio contorcionista, ao mesmo tempo que nos dão a sexualidade animal de um macaco com desejos libidinosos.
E chegou o Kennedy e a juventude, "o live fast die young" do Presidente que nos mandou à Lua, e também de James Dean e de Marilyn Monroe. Foi naquele país que mede um Continente que um actor chegou a Presidente e mandou fazer a guerra das estrelas e os mísseis que minaram o Muro de Berlim.
E estão lá os quackers, que têm nome de bolachas, os mórmones que têm os santos dos últimos dias, e o único Jeová que existe por certo, porque tem testemunhas. E os pastores que pregam na TV e os que pregam em Drive-In e os que fazem milagres à distância do raio hertziano ou do cabo da televisão.
De lá chegou a confiança no futuro e o suicídio do alto de arranha-céus quando tudo corre mal; e a crise das bolsas e a crise dos sistemas financeiros e os idiotas que se suicidam porque um deus desconhecido os mandou. Chegou o Bush-pai, a tragédia do Bush-filho e pelo meio, um homem que teve um caso na Sala Oval da Casa Branca. E vai, muito provavelmente, chegar o primeiro Presidente negro eleito num país de maioria branca, muito antes ainda de haver um Presidente branco eleito num país de maioria negra.
A América é um país perdido! Não pode haver conservador no Mundo que dela goste. Como não pode haver no Mundo progressista que a ame.
A América não é um país, é um programa de variedades. Mas, ao contrário da Europa, é um bom programa de variedades. É a mulher-barbuda e o cão funâmbulo. É um país que não é deste mundo. É, tal como as crianças que não param de fazer asneiras ao mesmo tempo que criam coisas magníficas, uma dor de cabeça para todos.
Expresso
Profundamente antiamericano é o homem que, ao encontrar a mulher na cama com outro, sai de casa e vai apedrejar a Embaixada dos Estados Unidos. Esta atitude, que aos olhos dos espíritos mais simplistas pode parecer despropositada e sem sentido, marca, no entanto, a verdadeira essência da rejeição da América: a convicção profunda e provada de que todas as modernices mais ou menos idiotas vêm dos EUA!
De lá veio o adultério, a disseminação do divórcio, o biquíni e a mania que as mulheres têm de andar destapadas; veio de lá o tabaco, o Kentucky Fried Chicken e o hamburguer (este último, para disfarçar, vinha com nome alemão). A própria salsicha bávara, por estúpido que pareça, teve a sua glória ao ser metida num pão francês para fazer o Hot Dog americano. E os jeans, a porcaria dos jeans que pôs os homens mais elegantes a vestirem-se com calças próprias de vaqueiros ou de operários mineiros, veio também daquelas bandas. Foi ainda de lá que chegou o arranha-céus, a chiclete e as meias de seda que permitiram às mulheres subir as saias mesmo em pleno rigor do Inverno. E foi das mesmas paragens que a bomba atómica chegou a Nagasáqui e Hiroxima e o pacifismo militante, o "Paz e Amor", o "Make Love not War" além de umas boas pedradas e umas trips de LSD, chegaram ao Vietname.
Da América surgiu o dr. Benjamin Spock com um manual de instruções para bebés e a ideia de que os meninos não devem ser contrariados nem levar um par de estaladas bem assentes quando se portam mal. Veio, juntamente com todo o palavreado politicamente correcto, a ditadura da linguagem que nos fez transformar as palavras como coxo, cego, maneta, perneta ou zarolho numa só palavra: deficiente!
Foi também do Novo Mundo que veio o swing, o jazz e o rock and roll que fazem com que os nossos corpos pareçam (e estejam por vezes) possuídos por um demónio contorcionista, ao mesmo tempo que nos dão a sexualidade animal de um macaco com desejos libidinosos.
E chegou o Kennedy e a juventude, "o live fast die young" do Presidente que nos mandou à Lua, e também de James Dean e de Marilyn Monroe. Foi naquele país que mede um Continente que um actor chegou a Presidente e mandou fazer a guerra das estrelas e os mísseis que minaram o Muro de Berlim.
E estão lá os quackers, que têm nome de bolachas, os mórmones que têm os santos dos últimos dias, e o único Jeová que existe por certo, porque tem testemunhas. E os pastores que pregam na TV e os que pregam em Drive-In e os que fazem milagres à distância do raio hertziano ou do cabo da televisão.
De lá chegou a confiança no futuro e o suicídio do alto de arranha-céus quando tudo corre mal; e a crise das bolsas e a crise dos sistemas financeiros e os idiotas que se suicidam porque um deus desconhecido os mandou. Chegou o Bush-pai, a tragédia do Bush-filho e pelo meio, um homem que teve um caso na Sala Oval da Casa Branca. E vai, muito provavelmente, chegar o primeiro Presidente negro eleito num país de maioria branca, muito antes ainda de haver um Presidente branco eleito num país de maioria negra.
A América é um país perdido! Não pode haver conservador no Mundo que dela goste. Como não pode haver no Mundo progressista que a ame.
A América não é um país, é um programa de variedades. Mas, ao contrário da Europa, é um bom programa de variedades. É a mulher-barbuda e o cão funâmbulo. É um país que não é deste mundo. É, tal como as crianças que não param de fazer asneiras ao mesmo tempo que criam coisas magníficas, uma dor de cabeça para todos.
Expresso
O dedo na ferida- Pontos : 0
Re: Manual de reflexões sobre a América
A AMERICA nao e um Pais, E O PAIS!!! mETA isso NA SUA CABECINHA!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Manual de reflexões sobre a América
RONALDO ALMEIDA escreveu:A AMERICA nao e um Pais, E O PAIS!!! mETA isso NA SUA CABECINHA!!!
foi o Expresso que escreveu o comentario
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Manual de reflexões sobre a América
EU SEI, mas qual a intencao do MENSAGEIRO?
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Manual de reflexões sobre a América
O dedo na ferida escreveu: É, tal como as crianças que não param de fazer asneiras ao mesmo tempo que criam coisas magníficas, uma dor de cabeça para todos.
Expresso
Memória curta a dos Europeus. Calculo a dor de cabeça que foi o D Day para os europeus e ainda só passaram 60 anos.
Da maior democracia do mundo, podem vir muitas coisas, mas a balança ainda há-de pender muito tempo para o lado positivo. Para as dores de cabeça, das cabeças mais sensivéis, recomendo Aspirina. Da Bayer. Alemã por sinal. Ironias.
U-Guboce- Pontos : 40
Re: Manual de reflexões sobre a América
RONALDO ALMEIDA escreveu:EU SEI, mas qual a intencao do MENSAGEIRO?
ainda nao li
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Manual de reflexões sobre a América
U-Guboce escreveu:O dedo na ferida escreveu: É, tal como as crianças que não param de fazer asneiras ao mesmo tempo que criam coisas magníficas, uma dor de cabeça para todos.
Expresso
Memória curta a dos Europeus. Calculo a dor de cabeça que foi o D Day para os europeus e ainda só passaram 60 anos.
Da maior democracia do mundo, podem vir muitas coisas, mas a balança ainda há-de pender muito tempo para o lado positivo. Para as dores de cabeça, das cabeças mais sensivéis, recomendo Aspirina. Da Bayer. Alemã por sinal. Ironias.
Gostaria de os ter visto desembarcar mais cedo. Que não esparassem que o exército vermelho tivesse desbaratado Hitler. Que não se tivessem apressado depois para evitar a conquista da europa por Staline. No fundo, uma europa hostil não lhes convinha, em termos económicos e estratégicos. Duvido do espírito humanitário da iniciativa ianque.
O dedo na ferida- Pontos : 0
Re: Manual de reflexões sobre a América
O dedo na ferida escreveu:Gostaria de os ter visto desembarcar mais cedo.
As opiniões divergem. Terá havido quem gostasse que nunca tivessem desembarcado.
U-Guboce- Pontos : 40
Re: Manual de reflexões sobre a América
Da maior democracia do mundo, podem vir muitas coisas, mas a balança ainda há-de pender muito tempo para o lado positivo. Para as dores de cabeça, das cabeças mais sensivéis, recomendo Aspirina. Da Bayer. Alemã por sinal. Ironias.
Isto é comigo
Porque as aspirinas eram estriadas dos Choupos e Salgueiros que pertencem á familia das salicacias
Em muitas linguas Choupo significa POVO
Povo porque a arvore imita a vox humana
Mas a porra dos espanicos chama ao Choupo Alamos
Ora foi em Los Alamos que se fabricou a bomba atomica
Uma dor de cabeça para os japoneses que ficaram sem Tola
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Manual de reflexões sobre a América
O dedo na ferida escreveu:U-Guboce escreveu:O dedo na ferida escreveu: É, tal como as crianças que não param de fazer asneiras ao mesmo tempo que criam coisas magníficas, uma dor de cabeça para todos.
Expresso
Memória curta a dos Europeus. Calculo a dor de cabeça que foi o D Day para os europeus e ainda só passaram 60 anos.
Da maior democracia do mundo, podem vir muitas coisas, mas a balança ainda há-de pender muito tempo para o lado positivo. Para as dores de cabeça, das cabeças mais sensivéis, recomendo Aspirina. Da Bayer. Alemã por sinal. Ironias.
Gostaria de os ter visto desembarcar mais cedo. Que não esparassem que o exército vermelho tivesse desbaratado Hitler. Que não se tivessem apressado depois para evitar a conquista da europa por Staline. No fundo, uma europa hostil não lhes convinha, em termos económicos e estratégicos. Duvido do espírito humanitário da iniciativa ianque.
NAO ERA DO PCP em 25 de ABRIL? pois.................
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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