E se a Alemanha ganhasse a Segunda Guerra Mundial?
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E se a Alemanha ganhasse a Segunda Guerra Mundial?
E se a Alemanha ganhasse a Segunda Guerra Mundial?
Posted on 5 julho, 2009 by Vinicius Cabral
Posted on 5 julho, 2009 by Vinicius Cabral
Vamos começar a série de posts “E se…” falando do que poderia ter acontecido na história caso os alemães vencessem a Segunda Guerra Mundial. Quais seriam as consequências? Como seria regida a geopolítica mundial após 1945? E será que a guerra acabaria mesmo em 1945?
Um fato inegável é que a Alemanha até 1942 colecionou apenas vitórias na Europa. O poderio militar alemão, aliado às táticas da blitzkrieg (a chamada “guerra rápida”) não só imobilizava os inimigos pela surpresa, como exigia a rápida rendição das tropas, para evitar um número elevado de baixas. Os ataques eram violentos, com unidades móveis por terra, soldados ao lado, e o apoio aéreo da Luftwaffe. A Bélgica, por exemplo, foi conquistada em UM dia.
Para começar a entender como seria o mundo caso a Alemanha vencesse a guerra, temos que olhar nos fatos considerados fundamentais no conflito, e que viraram o jogo para os Aliados. E vamos começar pela invasão alemã à U.R.S.S.:
A Operação Barbarossa: um erro ou uma necessidade?
Soldados lutando em Stalingrado.
Em 22 de junho de 1941, Hitler deixa de lado o pacto de não-agressão assinado com os russos em 1939 (o Ribbentrop-Molotov) e ordena a invasão da U.R.S.S.
Os objetivos eram conquistar Moscou (a capital), Leningrado e Stalingrado, cidades-símbolos dos comunistas, e alcançar os campos de petróleo na região da Criméia, ao sul.
Só que os alemães não contavam com o uso da tática soviética conhecida como “terra arrasada”. Os russos (exército e população civil) rumaram para o interior do país, deixando as cidades para trás completamente abandonadas e queimadas. O que não dava para carregar, era queimado. Até existia uma pequena resistência nas cidades, mas o grosso da população e da força militar soviética rumaram para o interior, concentrando-se nas 3 cidades citadas acima. Assim, quando os alemães cercaram estas cidades, tiveram não só uma resistência violenta da população e do exército vermelho, mas também um espaço aberto de aproximadamente 250Km entre os locais das batalhas e a fronteira com a Polônia, onde os alemães tinham bases militares instaladas.
Este hiato de espaço atrapalhou o abastecimento das tropas alemãs, ainda mais com a chegada do rigoroso inverno soviético. Mais uma vez os russos utilizavam o clima para vencer uma guerra. O que era uma operação militar para selar definitivamente o poderio alemão no continente, virou um pesadelo para as tropas alemães. Os caminhões e tanques atolavam na lama e na neve, os soldados sofriam com o frio e a alimentação era escassa.
Mas nós temos que pensar na possibilidade de vitória alemã, afinal, esse é o exercício proposto pelo título do texto. Caso os alemães conseguissem chegar aos campos de petróleo da Criméia, a “máquina de guerra” alemã tinha garantido seu combustível por muitos anos. Se Hitler não dividisse suas tropas em três frentes de batalha – uma rumo a Leningrado ao norte, outra rumo a Moscou no centro, e a terceira rumo a Stalingrado ao sul – e tivesse concentrado todas as forças para o sul, provavelmente teria uma sorte melhor, pois chegaria mais rápido ao objetivo de conquistar os campos de petróleo, e evitaria o rigoroso inverno no norte.
Esse enorme contingente de soldados e armas lutando na U.R.S.S. também deixou uma das frentes alemãs vulnerável. E foi por lá que aconteceu o Dia D.
O desembarque Aliado: o Dia D.
Desembarque das tropas Aliadas no Dia D
6 de junho de 1944. As praias da Normandia, ao norte da França, foram invadidas pelos Aliados na maior operação militar da Segundo Guerra. Mas até mesmo esta invasão, comandada por americanos e britânicos, com apoio de muitos franceses asilados na Inglaterra e tropas de outros países, teve parte de sua sorte definida pelas escolhas militares de Hitler.
Quando desviou tropas para a U.R.S.S., Hitler manteve as guarnições nas praias francesas, comandadas pelo tenente-general Erwin Rommel, o mesmo que comandou os Afrika Korps contra os britânicos na África. Mas mesmo os bunkers fortificados e as centenas de metralhadoras apontadas para as praias não conseguiram barrar os Aliados. Faltou material humano para lutar pelos alemães, tanto no desembarque dos Aliados, quanto nos dias seguintes.
Os Aliados dependiam muito do sucesso do desembarque, pois divisões inteiras de paraquedistas saltaram na França ocupada. Se os paraquedistas ficassem entre as linhas inimigas, a operação não teria o mesmo sucesso. Como a invasão dos Aliados deu-se em terreno tomado por alemães, as batalhas também foram violentíssimas.
Como eu já disse, se Hitler não desviasse as tropas para a U.R.S.S., talvez os Aliados não tivessem sucesso após o Dia D. Mesmo com o desembarque de tropas aliadas também na Itália, creio que os alemães conseguiriam superar os Aliados e manter sua hegemonia no continente.
Quais seriam as consequências dos sucessos alemães?
Podemos apenas imaginar, mas caso a Alemanha tivesse uma fonte maior de combustível, e não tivesse perdido tantos soldados na frente russa de batalha (só na rendição das tropas em Stalingrado, no final da batalha, estima-se que 200mil soldados alemães viraram prisioneiros de guerra dos russos), talvez a geopolítica mundial tivesse outra cara nas décadas seguintes.
O mundo poderia ter uma polarização diferente no pós-guerra, com os norte-americanos e os alemães comandando os dois lados da política mundial. A U.R.S.S. poderia assinar um armistício, ou até mesmo um acordo de cooperação mútua com os alemães. Talvez as bombas de Hiroshima e Nagasaki fossem jogadas em Berlim, mas talvez não, pois uma bomba nuclear muito perto de França e Inglaterra, aliados dos E.U.A., não seria bem vista.
A idéia da Alemanha como “cordão sanitário”, para isolar o restante da Europa dos comunistas da U.R.S.S. poderia ser novamente colocada como desculpa para a vista-grossa dos Aliados frente aos avanços alemães. Mas com a Alemanha comandando ou influenciando diretamente grande parte do continente europeu (entre outras partes do mundo), os Aliados ficariam parados? Com certeza a guerra ia depender diretamente da fome alemã por territórios para extrair matérias-primas, ou então para influenciar economicamente. Caso os alemães parassem de lutar pelos territórios, a guerra cessaria.
E o pior: a intolerância étnica alemã seria tolerada pelos Aliados? Existiria a ONU, fundada após a Segunda Guerra? O Estado de Israel?
O que sabemos é que os Aliados venceram a guerra. Isso é o que faz parte da História. O resto é apenas um exercício de imaginação…
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