O regresso civilizacional
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O regresso civilizacional
O regresso civilizacional
Sei desta de Debret, do oficial régio que passeia com a família, no Rio de Janeiro, em 1816. Era hábito instituído na época o chefe da casa passear-se sempre à frente dos filhos, da mãe, dos criados e dos escravos, necessàriamente nesta ordem. Em 1816, o Brasil não era com certeza das terras mais civilizadas, mas havia esta ordem formal, quase protocolar, na vida pública. Atrevo-me a pensar que se chegou a tal nos alvores do séc. XIX como corolário dum processo civilizacional.
Ontem vi nos noticiários televisivos imagens, não dum oficial régio, mas de boa parte dum governo de camisa aberta e mãos nos bolsos, deambulando a par de caixotes de lixo e paredes borradas de grafitos, e notei que qualquer subalterno(a) se punha adiante do primeiro ministro. Este governo do séc. XXI ia e vinha de reunir-se oficialmente em conselho num vulgar 9.º andar dum mamarracho digno de qualquer subúrbio berlinense da 2.ª metade do séc. XX.
O processo civilizacional, parece-me, deu em regresso civilizacional, mas há quem louve a frescura simplória dos modos e trajos desta representação do Estado Português. Pois que me explique daí o avultado de tantos gastos desta gente. Não hão-de ser só os carrões alemães.
Sei desta de Debret, do oficial régio que passeia com a família, no Rio de Janeiro, em 1816. Era hábito instituído na época o chefe da casa passear-se sempre à frente dos filhos, da mãe, dos criados e dos escravos, necessàriamente nesta ordem. Em 1816, o Brasil não era com certeza das terras mais civilizadas, mas havia esta ordem formal, quase protocolar, na vida pública. Atrevo-me a pensar que se chegou a tal nos alvores do séc. XIX como corolário dum processo civilizacional.
Ontem vi nos noticiários televisivos imagens, não dum oficial régio, mas de boa parte dum governo de camisa aberta e mãos nos bolsos, deambulando a par de caixotes de lixo e paredes borradas de grafitos, e notei que qualquer subalterno(a) se punha adiante do primeiro ministro. Este governo do séc. XXI ia e vinha de reunir-se oficialmente em conselho num vulgar 9.º andar dum mamarracho digno de qualquer subúrbio berlinense da 2.ª metade do séc. XX.
O processo civilizacional, parece-me, deu em regresso civilizacional, mas há quem louve a frescura simplória dos modos e trajos desta representação do Estado Português. Pois que me explique daí o avultado de tantos gastos desta gente. Não hão-de ser só os carrões alemães.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
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