Israel mata palestino em Gaza em primeiro ataque fatal após 50 dias de trégua
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Israel mata palestino em Gaza em primeiro ataque fatal após 50 dias de trégua
Israel mata palestino em Gaza em primeiro ataque fatal após 50 dias de trégua
Redação | São Paulo - 23/11/2014 - 10h30
Cessar-fogo havia colocado fim à Operação Margem Protetora, que resultou na morte de mais de 2.100 palestinos durante quase dois meses de conflito
O Exército de Israel matou neste domingo (23/11) um fazendeiro palestino que estava próximo à fronteira, no nordeste da Faixa de Gaza. Trata-se da primeira vítima fatal no enclave desde a trégua estabelecida com o Hamas há 50 dias.
O homem – reconhecido como Fadel Mohammed Halawa, de 32 anos – foi atingido por uma bala nas costas, proveniente de uma torre de vigilância das Forças Armadas, relatou a Al Jazeera.
Efe
Mulher chora diante de dezenas de casas destruídas na Faixa de Gaza, durante Operação Margem Protetora
Segundo o Exército israelense, Halawa teria ignorado os avisos dos patrulhas para não se aproximar da fronteira, que alertaram com disparos para o ar. No entanto, a instituição ainda não confirmou a morte, nem comentou mais detalhes do fato.
Em julho de 2014, militares israelenses deram início à Operação Margem Protetora na Faixa de Gaza contra o Hamas. Durante quase dois meses, mais de 2.100 palestinos – a maioria civis – foram mortos. Do lado de Israel, o conflito resultou em baixas de 67 soldados e seis civis mortos.
Análise Guila Flint: 'margem protetora' ou 'penhasco sólido'?
Após o estabelecimento da trégua, ambos os lados pretendiam retomar as negociações para resolver algumas questões mais complexas que envolvem a região dentro de um mês. No entanto, o prazo foi adiado inúmeras vezes.
Cronologia das tensões
A escalada de violência ocorreu após a morte de três adolescentes israelenses na Cisjordânia no final de junho. Como “vingança”, um jovem palestino foi queimado vivo e assassinado em Jerusalém. Logo após a descoberta dos corpos dos três jovens, Israel iniciou uma ofensiva contra o Hamas. Aviões de guerra passaram a bombardear Gaza destruindo casas e instituições e foram realizadas execuções extrajudiciais.
A tensão aumentou na região após anúncio do fim da cisão de sete anos entre o Fatah e o Hamas, que controlam a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, respectivamente. Israel considera o Hamas um grupo terrorista e por isso suspendeu as conversas de paz que vinham sendo desenvolvidas com os palestinos com a mediação do secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
Efe
Jovens palestinos saem às ruas em Gaza após uma das tentativas de cessar-fogo durante fim de julho
Situação tensa em Jerusalém
Na última terça-feira (18/11), dois palestinos realizaram um ataque a uma sinagoga em Jerusalém, causando a morte de quatro rabinos estrangeiros que vivem em Israel — três norte-americanos e um britânico. O atentado, que foi condenado pelo presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, tem sido parte de uma série de ações isoladas entre israelenses e palestinos na região de Jerusalém.
No dia anterior ao ataque da sinagoga, por exemplo, um palestino foi encontrado enforcado dentro de um ônibus. As autoridades israelenses dizem que o motorista de ônibus se suicidou, mas os familiares acusam os judeus ortodoxos pelo crime.
Há duas semanas, uma mesquita foi colocada em chamas perto de Ramallah, na Cisjordânia, e uma bomba incendiária foi lançada contra uma sinagoga no norte de Israel. O ataque à mesquita é atribuído pelos palestinos aos colonos israelenses que moram em assentamentos nas redondezas; já em Israel, pressupõe-se que a bomba na sinagoga foi lançada por um palestino.
No início deste mês, a polícia israelense invadiu a mesquita de Al Aqsa em busca de jovens palestinos que haviam lançado pedras, ato que levou a Jordânia a chamar seu embaixador em Israel para consultas. No mesmo dia, um palestino de Jerusalém utilizou seu carro como arma e atropelou policiais israelenses que estavam em uma estação de trem. Um policial morreu e dois ficaram feridos.
Em análise publicada em Opera Mundi, a correspondente em Tel Aviv Guila Flint avalia que “o conflito entre os dois povos parece estar entrando em um novo capítulo, ainda mais duro do que os anteriores, no qual o sentimento religioso fala mais alto e argumentos políticos perdem espaço”.
Efe
Mulher argumenta discute com soldados israelenses próximo à mesquita Al Aqsa: tensão religiosa
Redação | São Paulo - 23/11/2014 - 10h30
Cessar-fogo havia colocado fim à Operação Margem Protetora, que resultou na morte de mais de 2.100 palestinos durante quase dois meses de conflito
O Exército de Israel matou neste domingo (23/11) um fazendeiro palestino que estava próximo à fronteira, no nordeste da Faixa de Gaza. Trata-se da primeira vítima fatal no enclave desde a trégua estabelecida com o Hamas há 50 dias.
O homem – reconhecido como Fadel Mohammed Halawa, de 32 anos – foi atingido por uma bala nas costas, proveniente de uma torre de vigilância das Forças Armadas, relatou a Al Jazeera.
Efe
Mulher chora diante de dezenas de casas destruídas na Faixa de Gaza, durante Operação Margem Protetora
Segundo o Exército israelense, Halawa teria ignorado os avisos dos patrulhas para não se aproximar da fronteira, que alertaram com disparos para o ar. No entanto, a instituição ainda não confirmou a morte, nem comentou mais detalhes do fato.
Em julho de 2014, militares israelenses deram início à Operação Margem Protetora na Faixa de Gaza contra o Hamas. Durante quase dois meses, mais de 2.100 palestinos – a maioria civis – foram mortos. Do lado de Israel, o conflito resultou em baixas de 67 soldados e seis civis mortos.
Análise Guila Flint: 'margem protetora' ou 'penhasco sólido'?
Após o estabelecimento da trégua, ambos os lados pretendiam retomar as negociações para resolver algumas questões mais complexas que envolvem a região dentro de um mês. No entanto, o prazo foi adiado inúmeras vezes.
Cronologia das tensões
A escalada de violência ocorreu após a morte de três adolescentes israelenses na Cisjordânia no final de junho. Como “vingança”, um jovem palestino foi queimado vivo e assassinado em Jerusalém. Logo após a descoberta dos corpos dos três jovens, Israel iniciou uma ofensiva contra o Hamas. Aviões de guerra passaram a bombardear Gaza destruindo casas e instituições e foram realizadas execuções extrajudiciais.
A tensão aumentou na região após anúncio do fim da cisão de sete anos entre o Fatah e o Hamas, que controlam a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, respectivamente. Israel considera o Hamas um grupo terrorista e por isso suspendeu as conversas de paz que vinham sendo desenvolvidas com os palestinos com a mediação do secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
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Situação tensa em Jerusalém
Na última terça-feira (18/11), dois palestinos realizaram um ataque a uma sinagoga em Jerusalém, causando a morte de quatro rabinos estrangeiros que vivem em Israel — três norte-americanos e um britânico. O atentado, que foi condenado pelo presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, tem sido parte de uma série de ações isoladas entre israelenses e palestinos na região de Jerusalém.
No dia anterior ao ataque da sinagoga, por exemplo, um palestino foi encontrado enforcado dentro de um ônibus. As autoridades israelenses dizem que o motorista de ônibus se suicidou, mas os familiares acusam os judeus ortodoxos pelo crime.
Há duas semanas, uma mesquita foi colocada em chamas perto de Ramallah, na Cisjordânia, e uma bomba incendiária foi lançada contra uma sinagoga no norte de Israel. O ataque à mesquita é atribuído pelos palestinos aos colonos israelenses que moram em assentamentos nas redondezas; já em Israel, pressupõe-se que a bomba na sinagoga foi lançada por um palestino.
No início deste mês, a polícia israelense invadiu a mesquita de Al Aqsa em busca de jovens palestinos que haviam lançado pedras, ato que levou a Jordânia a chamar seu embaixador em Israel para consultas. No mesmo dia, um palestino de Jerusalém utilizou seu carro como arma e atropelou policiais israelenses que estavam em uma estação de trem. Um policial morreu e dois ficaram feridos.
Em análise publicada em Opera Mundi, a correspondente em Tel Aviv Guila Flint avalia que “o conflito entre os dois povos parece estar entrando em um novo capítulo, ainda mais duro do que os anteriores, no qual o sentimento religioso fala mais alto e argumentos políticos perdem espaço”.
Efe
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