Israel expressa indignação com uma sonda de ICC em crimes de Tel Aviv, em Gaza

Israel expressa indignação com uma sonda de ICC em crimes de Tel Aviv, em Gaza

     casa
     Médio Oriente
     Palestina

Sáb 17 de janeiro de 2015 06:58
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu

Israel manifestou indignação com um movimento pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) para lançar uma investigação preliminar sobre crimes de guerra de Tel Aviv contra palestinos na sitiada Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em uma declaração que ele rejeitou a "escandalosa" decisão do TPI, alegando que o tribunal não tem jurisdição sobre a Palestina, uma vez que não é um estado.

Dezenas de milhares de palestinos foram mortos ou feridos na guerra de Israel em Gaza no verão passado.

Netanyahu descreveu a sonda como "absurda" e afirmou que Israel "luta terror, mantendo o direito internacional e tem um sistema de justiça independente".

Em um comunicado na sexta-feira, o procurador do TPI, Fatou Bensouda, disse que o tribunal lançou uma sonda preliminar sobre crimes de guerra de Israel contra o povo palestino.

Bensouda acrescentou que ela irá realizar o exame em "plena independência e imparcialidade."

Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse o exame apenas teve como objetivo "tentar prejudicar o direito de Israel de se defender do terrorismo".

Lieberman acrescentou em um comunicado que a mudança foi motivada por "considerações políticas anti-Israel."

Ele também disse que iria agir para "desmontar este tribunal, um corpo que ele afirma" representa hipocrisia e dá terror um vento de cauda ".

Ministro das Relações Exteriores palestino Riyad al-Malki saudou a iniciativa pelo TPI, dizendo: "Tudo está indo conforme o planejado; nenhum estado e ninguém pode agora parar esta ação foi solicitada ".

"No final, uma investigação completa seguirá a preliminar", acrescentou.

Herman von Herbel, que serve como ICC secretário, confirmado em 05 de janeiro que o corpo tenha recebido documentos da Autoridade Palestina, declarando a sua aceitação da jurisdição do corpo.

A medida abre caminho para a investigação do TPI de crimes pelo regime israelense, que não é um membro da corte, cometidos durante a recente guerra em Gaza.

A guerra de Israel em Gaza, que terminou em agosto 2014 por meio de uma trégua egípcio mediado, matou mais de 2.140 palestinos, incluindo 577 crianças. Mais de 11.100 outras pessoas, incluindo 3.374 crianças, 2.088 mulheres e 410 idosos, ficaram feridas. Cerca de 70 israelenses também foram mortos durante a guerra. Hamas coloca este número em 150.

Cerca de 1.500 edifícios e estruturas também foram demolidas durante a ofensiva israelense.

Funcionários de Gaza advertiram que mais pessoas poderiam morrer como dezenas de milhares ainda estão desalojadas na sequência da recente guerra de Israel, à espera de dinheiro para a reconstrução de suas casas.

A Faixa de Gaza está sob cerco incapacitante de Israel desde 2007.

  SF / NN / HRB