... e se Israel tinha tratado com seriedade as negociações de paz e fortaleceu Abbas, vendo-o como um parceiro sério e cumprindo seus compromissos com

Um sábio Israel poderia ter evitado o ICC tempestade cervejeira
Oferta dos palestinos em Haia não estava predestinado. Israel deveria ter percebido que nem todos os cartões eram a sua própria luva, e em vez visto um parceiro em Abbas.
Haaretz Editorial | 19 de janeiro de 2015 | 05:32 | 1
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O presidente palestino, Mahmoud Abbas
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, no Cairo, Egito, Quarta-feira, 16 de julho de
Pergunta Análise / ICC é um divisor de águas para Israel
Por Aeyal Gross | 19 de janeiro de 2015 | 01:25

Como esperado, a decisão do Tribunal Penal Internacional para começar a investigar alegações de palestinos de crimes de guerra suscitou respostas afiadas nos Estados Unidos e Israel. O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores declarou que esta foi uma decisão política hipócrita, destinado a prejudicar Israel.

Washington disse que era "uma trágica ironia que Israel, que tem resistido a milhares de foguetes terroristas dispararam contra seus civis e seus bairros, está agora a ser analisada pelo ICC." O porta-voz do Departamento de Estado prometeu que os EUA continuam a se opor a quaisquer ações tomadas por este tribunal contra Israel, uma vez que estes não iria promover a causa da paz. Também está sendo chamado do tribunal em investigar alegações de palestinos em causa por Israel e os EUA, uma vez que apenas uma entidade que é um estado reconhecido pode recorrer a este tribunal.

No entanto, não é aspectos jurídicos ou disputas sobre a autoridade do tribunal que está levantando uma tempestade. Israel está preocupado que os palestinos vai conseguir através de meios legais e diplomáticos que eles não podem alcançar através de negociações. A julgar pela sua resposta, Israel parece preferir uma intifada armada a um processo internacional.

Em contraste com um confronto militar em que Israel está garantida a mão superior, em uma disputa internacional mediada por Israel e os palestinos têm pé de igualdade. Neste quadro Israel pode perder seu monopólio sobre a gestão do processo diplomático ou sobre quaisquer outras relações com a Autoridade Palestina.

Israel não deve ser surpreendido com o apelo palestino ao TPI. Os palestinos declararam abertamente sua intenção de fazê-lo mesmo antes de pedir que a ONU reconhecer um Estado palestino. A parte da frente ao longo do qual Mahmoud Abbas decidiu confrontar Israel apresenta uma nova estratégia, diplomática e não militar, que irá conceder aos palestinos um estado que é igual ao dos outros estados.

No entanto, esta frente não estava predestinado. Israel poderia ter evitado se tivesse percebido a tempo que nem todos os cartões eram o seu próprio manga, e se Israel tinha tratado com seriedade as negociações de paz e fortaleceu Abbas, vendo-o como um parceiro sério e cumprindo seus compromissos com ele, incluindo a libertação de prisioneiros e abstendo-se de medidas unilaterais, como a expansão dos assentamentos.

Os gritos lamentáveis vindos de Gabinete do Primeiro-Ministro não são substitutos para a política e as medidas punitivas contra os palestinos para prosseguir uma luta diplomática visando a obtenção de seus direitos pode acabar sendo mais um passo que se deteriora ainda mais a posição internacional de Israel.