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Espírito Santo e Amorim apanhados no SwissLeaks: mas o maior cliente português é uma milionária desconhecida

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Espírito Santo e Amorim apanhados no SwissLeaks: mas o maior cliente português é uma milionária desconhecida Empty Espírito Santo e Amorim apanhados no SwissLeaks: mas o maior cliente português é uma milionária desconhecida

Mensagem por Vitor mango Ter Fev 10, 2015 9:14 am

Espírito Santo e Amorim apanhados no SwissLeaks: mas o maior cliente português é uma milionária desconhecida
Site "Maka Angola" divulga nomes de portugueses na lista de clientes da dependência suíça do banco HSBC, que é suspeito de esquemas de evasão fiscal até ao fim de 2007. Amorim já veio dizer que "não é possível" que esteja na lista, não negando no entanto ter tido conta no HSBC.
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Pedro Santos Guerreiro |
14:47 Terça feira, 10 de fevereiro de 2015 Última atualização há 3 minutos
A ESAF, gestora de fundos do Grupo Espírito Santo, era a maior cliente institucional portuguesa do HSBC em 2007, época que está sob investigação no caso Swissleaks. Ricardo Salgado liderava então o BES
A ESAF, gestora de fundos do Grupo Espírito Santo, era a maior cliente institucional portuguesa do HSBC em 2007, época que está sob investigação no caso Swissleaks. Ricardo Salgado liderava então o BES / FOTO NUNO FOX

O Grupo Espírito Santo e Américo Amorim estão na lista do Swissleaks. Mas o cliente português que tinha mais dinheiro no HSBC na altura que está sob investigação é uma senhora desconhecida, de Vila Real.

Os dados foram hoje revelados pelo site angolano "Maka Angola ", numa notícia assinada pelo jornalista Rafael Marques, considerado persona non grata pelo regime angolano. Segundo as suas fontes, Sílvia Ruivo Caçador, do distrito de Vila Real, tinha 252,7 milhões de dólares (223 milhões de euros ao câmbio atual) depositados no HSBC da Suíça, o que a torna a maior cliente portuguesa do banco que está agora sob investigação no caso Swissleaks.

Os nomes seguintes da lista dos clientes portugueses não são menos desconhecidos do grande público: Joaquim António Amaro da Cruz, de Castelo Branco, tinha um total de 223 milhões de dólares (197 milhões de euros) em duas contas do HSBC. Segue-se Rosa Maria Pinho Amaro da Cruz da Silva, de Santos-o-Velho, com 185,9 milhões de dólares (165 milhões de euros), aplicados também em duas contas, noticia ainda o Maka Angola.

Na lista dos clientes do HSBC estão ainda duas sociedades que pertenciam ao Grupo Espírito Santo (GES), que entretanto entrou em colapso. Em causa está a gestora de fundos Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF), "o maior depositante institucional português", escreve Rafael Marques: a ESAF SGPS tem um total de 174,5 milhões de dólares (154 milhões de euros) aplicados, enquanto a ESAF Asset Management tem outro tanto, 174,5 milhões. O total da ESAF é, pois, de 350 milhões de dólares (310 milhões de euros).

Outro nome que consta da lista é o de Américo Amorim, o homem mais rico de Portugal, que no entanto tem aplicado no HSBC um valor relativamente baixo, face aos anteriores: 5,873 milhões de dólares (5,2 milhões de euros). Ao Diário Económico, o empresário português já veio entretanto dizer que "não é possível" que o seu nome consta da lista.

A lista revelada pelo Maka Angola lista ainda clientes portugueses ligados a outros países. É o caso da luso-angolana Elsa Maria Matos Almeida Teixeira, com 20 milhões de dólares depositados em duas contas diferentes no banco na Suíça, "numa como angolana e noutra como portuguesa".

Já Maria José de Freitas Jakurski, portuguesa com residência no Brasil, tem 114,8 milhões de dólares (101 milhões de euros). O brasileiro Jacob Barata, que o Maka Angola qualifica como o "rei do ónibus", tinha 95,2 milhões de dólares (84 milhões de euros).

A revelação sobre os nomes de clientes portugueses do HSBC acontece no dia seguinte à publicação em vários jornais internacionais do caso Swissleaks, que revela a existência de diversas contas na delegação na Suíça daquele banco que permitiam alegadamente esconder ativos de clientes e fugir aos impostos dos seus países. No total, estão identificados 611 clientes portugueses, que no total detinham 969 milhões de dólares (858 milhões de euros) aplicados neste esquema.

Os dados do Swissleaks referem-se a um período até 2007, altura em que um antigo funcionário os tirou do sistema e entregou às autoridades francesas.


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