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UE culpa expansão de colonatos pelo aumento da violência em Jerusalém

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Mensagem por Vitor mango Sáb Mar 21, 2015 5:18 pm

UE culpa expansão de colonatos pelo aumento da violência em Jerusalém
João Ruela Ribeiro
21/03/2015 - 18:23
Relatório descreve uma cidade envolta num “ciclo vicioso de violência” e responsabiliza Governo israelita pela política de construção “sistemática” nos territórios ocupados.
UE culpa expansão de colonatos pelo aumento da violência em Jerusalém 911006?tp=UH&db=IMAGENS&w=749 Prisão de palestininanos depois de um protesto contra os colonatos Mohamad Torokman/reuters








Jerusalém é uma cidade onde as “tensões, a desconfiança e a violência” reinaram no último ano e existe o risco de um aumento dos “níveis de polarização e violência”. As conclusões são de um duro relatório da União Europeia que relaciona o ambiente pesado na cidade com a política “incessante” de construção de colonatos nos territórios ocupados.
O documento elaborado pela missão europeia em Jerusalém descreve uma cidade mais dividida do que nunca desde 1967, o ano em que teve início a ocupação pelo exército israelita. O último ano “foi caracterizado por um número de desenvolvimentos específicos, perturbadores e frequentemente violentos”, cuja continuação deverá levar a um “maior agravamento e uma extrema polarização”.
Para os autores do relatório, o “ciclo vicioso de violência” que tem tomado conta de Jerusalém é consequência da política israelita de construção “sistemática” de colonatos em “áreas sensíveis” da cidade. Neste sentido, Bruxelas devia considerar medidas punitivas sobre os responsáveis pela expansão dos colonatos.
As sanções recomendadas abrangem a identificação dos produtos provenientes de colonatos junto dos consumidores europeus e o aumento da “consciencialização entre as empresas europeias sobre os riscos de trabalharem com colonatos”.
As conclusões do grupo de diplomatas europeus foram reveladas pelo diário britânico The Guardian na sexta-feira, poucos dias depois da vitória do Likud, o partido do actual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, nas eleições legislativas israelitas. Durante a campanha, Netanyahu reafirmou a promessa de manter a política de construção de colonatos em Jerusalém Oriental – considerados ilegais pela Autoridade Palestiniana, pelos Estados Unidos e pela UE.
Além da política de edificação de colonatos, o relatório oferece outras razões para o aumento dos episódios de violência em Jerusalém, nomeadamente a discórdia em relação ao estatuto dos locais religiosos da cidade e a forte repressão da polícia israelita. Um porta-voz do Governo israelita considerou o relatório “tão parcial que distorce a realidade para além da compreensão”.
Desde o Verão do ano passado que foram mortas 19 pessoas em vários ataques, um dos números mais elevados dos últimos anos. Em Novembro, dois palestinianos, armados com facas e machados, entraram numa sinagoga e mataram cinco pessoas. Frequentes foram também ataques em que condutores palestinianos se despistavam propositadamente na direcção de pessoas que aguardavam transportes públicos. Em Julho, ainda antes da intervenção militar israelita em Gaza, um adolescente palestiniano apareceu morto depois de ter sido raptado em Jerusalém Oriental.
A resposta das autoridades israelitas tem sido o aumento da repressão policial na cidade. Foram feitas mais de 1300 detenções entre a comunidade palestiniana, das quais 40% foram de menores de idade. Vários grupos de defesa dos direitos humanos criticaram a polícia israelita por recorrer a métodos abusivos para conter os protestos, através da utilização de gás lacrimogénio, granadas de gás-pimenta e “skunk water”, uma água tóxica disparada por camiões para dispersar multidões.
Colonatos e orações
O relatório europeu atribui à política de construção de colonatos em Jerusalém Oriental a causa dos conflitos e que põe em causa a solução diplomática da coexistência entre os dois Estados. “A expansão dos colonatos continua, incluindo em áreas sensíveis (…) e [foi] seguida em força por ondas de demolições e expulsões”, cita o Guardian.
O Governo israelita emitiu 4485 convites para construção nos territórios ocupados no último ano – um aumento em relação aos 3710 de 2013 – de acordo com a organização Peace Now, que denuncia a política de colonatos. Diz o grupo que este número marca o ponto mais alto da última década e que a maioria dos novos convites se situa em enclaves que não fazem parte dos territórios que serão controlados por Israel após um futuro acordo de paz.
A edificação de colonatos nos territórios ocupados por Israel desde 1967 – uma prática promovida e financiada pelo Estado de Israel – é considerada pelas potências ocidentais como um dos maiores entraves a uma solução diplomática para o conflito israelo-palestiniano. A população de colonos na Cisjordânia aumentou 25% desde 2009 e calcula-se que vivam cerca de 300 mil israelitas em Jerusalém Oriental – a cidade que servirá de capital a um futuro Estado palestiniano.

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
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