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Português é terceira língua mais falada no mundo

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Mensagem por Vitor mango Sáb maio 09, 2015 12:32 am

Português é terceira língua mais falada no mundo

No Dia da Língua e da Cultura da CPLP o apelo é para que se uniformize o uso da língua portuguesa em todos os países lusófonos, numa altura em que existem já 240 milhões de falantes do português.
A língua é cultura, economia, ciência, mas é sobretudo a identidade de um povo dada pela força da comunicação. Não sendo propriedade de uns ou de outros, a língua é de quem a usa.
Ver a língua portuguesa como o mais importante recurso de todos os que a usam, levou os países de língua oficial portuguesa a instituir o dia 5 de Maio de cada ano como o Dia da Língua e da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Das línguas europeias mais faladas no mundo o espanhol lidera com 329 milhões de falantes, seguido do inglês com 328 milhões, em terceiro lugar situa-se a língua portuguesa com mais de 240 milhões, o russo aparece em quarto lugar com 144 milhões, o alemão em quinto com 90 milhões, o francês vem em sexto lugar com 68 milhões e o italiano em sétimo com 62 milhões de falantes.
Quando analisamos a presença de todas as línguas no mundo o português aparece como a quarta mais falada. Mas o número de 240 milhões de falantes tende a aumentar com o Plano de Ação de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projeção da Língua Portuguesa.
«Coloca-se o desafio em relação ao ensino da língua nos próprios países. Porque quando nós chamamos o número de potenciais falantes de português nos nossos países estamos a chamar a população, mas temos que reconhecer que nem toda a população dos nossos países utiliza correntemente a língua portuguesa. Há um desafio em relação à sua utilização nas Organizações Internacionais de que somos parte ou que já aprovaram oficialmente a língua portuguesa mas que continuam a ter dificuldades na sua utilização. Há uma preocupação em relação à nossa diáspora. Temos uma diáspora muito importante em vários países mas cuja possibilidade e oportunidade de aprendizagem do português é escassa, portanto, tem que haver aqui uma estratégia que possa colocar o português como uma língua disponível nas várias vertentes junto dessa diáspora», explica Domingos Simões Pereira, Secretário Executivo da CPLP.
O potencial de crescimento dos falantes da língua portuguesa é grande, basta referir que só no Brasil e em Portugal é que a totalidade da população fala português. Em Cabo Verde são 95% os falantes, São Tomé e Príncipe também são 95%, mas em Angola já só são 60% os que falam o português bem como na Guiné-Bissau. Em Moçambique são apenas 50%, em Timor Leste a percentagem desce para 20% e por fim em Macau há 4% da população que se exprime em Português.
No caso de Moçambique a baixa percentagem de falantes é bem conhecida pelo Instituto Camões, que possui ações concretas para ajudar a mudar a situação.
«Nós temos de ter sempre os pontos de comparação mais longos e nós temos que ter a consciência que Moçambique era um dos países onde menos se falava português, eram apenas núcleos muito restritos e tem sido feito um trabalho muito intenso para se levar o português a regiões onde não se falava de todo o português. Por isso temos que ver em sentido de uma comparação com momentos mais remotos, para perceber a evolução que se tem feito. », afirma Ana Paula Laborinho, Presidente do Instituto Camões.
«Aliás eu devo sublinhar que Moçambique é dos países onde há mais investigação sobre as questões da língua portuguesa, onde as Universidades têm tido um papel relevante, onde nós também do nosso lado temos apoiado a formação de professores. Evidentemente que a falta de recursos é também importante na aceleração deste processo», acrescenta Ana Paula Laborinho.
Já em relação a Timor-Leste o reforço da língua portuguesa tem outros desafios. «Evidentemente que o caso de Timor há uma pressão muito grande por parte da Austrália para o inglês, mas pensamos que é do interesse e tem-se revelado assim porque são opções politicas e por parte dos decisores de Timor Leste têm continuado a apostar na língua portuguesa como a sua opção estratégica», afirma a Presidente do Instituto Camões.
Para reforçar a aprendizagem e o uso da língua são utilizadas diversas ações, envolvendo escolas e estudantes. «Envolve não só a formação de intérpretes como reciclagem de professores, como uma espécie de Erasmus entre os países da CPLP, alunos da CPLP, já se falou também numa tentativa de alguma harmonização entre currículos sobretudo que potenciem a língua portuguesa. É um role muito grande de ações para a quais nós esperamos beneficiar dos contributos que o Instituto Internacional de Língua portuguesa neste momento está a fazer», explica o Secretário da CPLP.
A língua portuguesa está hoje, no mundo, a assumir nova dinâmica à medida que Angola e Brasil se vêm tornando potências económicas. «O que em termos muito gerais já se sabe é que as línguas são um ativo importante no domínio dos negócios, há uma tendência para negociar na mesma língua, é uma conclusão que não pertence apenas ao português, pertence a todas as línguas», afirma Ana Paula Laborinho.
A Presidente acrescenta que «uma das razões porque a Irlanda teve um crescimento exponencial é porque utilizava o inglês e isso também verdadeiro para línguas como o português e o espanhol. Portanto, são esses indicadores que mostram que a económica portuguesa tem uma tendência para negociar também em português e faz com que outros países, eu apresentei aqui o caso da China pelo seu interesse por África e pelo Brasil, façam com que o português seja uma das línguas que está a ser introduzida estrategicamente nas universidades, precisamente pelo seu lado utilitário».
Mas há outro fator importante no aumento do número de falantes: o crescimento demográfico nos países da CPLP, estimando-se que em 2050, a população atinja os 323 milhões.
Outro espaço onde as línguas se vêm afirmando é a rede Internet, onde o inglês é dominante com 536 milhões de utilizadores, seguido do chinês com 444 milhões, do espanhol com 153 milhões, o japonês com 99 milhões e o português a surgir em quinto lugar com mais de 82 milhões de utilizadores.
«Já foi pior e já tivemos indicadores bastante menos relevantes. Como sabe com o apoio do Ministério da Cultura de Portugal foi possível desenvolver uma utility informática que permite a tradução automática de muitos textos disponíveis na internet», explica Domingos Simões Pereira.
O aumento do português no espaço virtual da internet tem sido condicionado pela ‘ riqueza do vocabulário’. «Em relação à utility informática nós já vamos na quarta versão. Temos tentado disponibilizar isso às instituições, vejo que a velocidade ainda não é aquela que nós pretendemos, até porque a grande dificuldade não está a nível do Acordo Ortográfico, a grande dificuldade que nós temos identificado tem sido sobretudo em relação à existência de um vocabulário comum. E esse vocabulário comum tem de se apropriar dos termos que vem do contributo de cada um dos países. E esses países, cada um desses países fá-lo à sua velocidade. Por isso, temos que o respeitar desde que continue a haver um esforço comum para atingirmos esses indicadores», explica o Secretário Executivo da CPLP.
A língua portuguesa foi há centenas de anos um dos grandes veículos de ciência, uma posição que hoje já não ocupa. «A língua portuguesa está afastada como estão a maior parte das línguas.O francês que dominou a vida internacional, hoje é uma língua quase não utilizada. Os próprios franceses quando vêm aqui, por exemplo, falam inglês. Realmente a língua universal tem a tendência para acompanhar o poder e onde estiver o poder está a língua. E essa é uma das explicações. Porque o que se passa com a língua portuguesa é o que se passa com as outras línguas», afirma Adriano Moreira, Professor Catedrático.
As línguas vão no tempo desempenhado diferentes papéis de relevo, e a língua portuguesa percorre hoje novos caminhos «Nós temos em todo o caso uma enorme vantagem, não é apenas a melhoria que nós temos da formação e do número de investigadores jovens que crescem, etc. É que se reparar a língua inglesa, que tem o domínio que vem do predomínio politico que vem dos EUA hoje, não é da Inglaterra, mas não tem uma CPLP. E o francês que foi uma língua tão importante e fundamental ainda hoje para estudar sobretudo humanidades que tem grandes contribuições, tem o Liceu Francês, mas não tem uma CPLP. O espanhol tem o Instituto Cervantes, não tem CPLP. O único país que tem é Portugal e isso tem uma importância para além da utilização na área científica. É que é uma língua mestiça, porque por cada sítio que se implementou recolheu valor dos sítios. Portanto, tem ao redor da Terra um pluralismo que se articula e que se faz dela uma língua de comunicação com capacidades que raras outras línguas terão», afirma o Professor Catedrático.
O Instituto Camões é o agregador da difusão e do ensino da língua portuguesa fora de Portugal, que vê o orçamento ser reduzido de 45 milhões de euros em 2010 para 41 milhões de euros em 2011.
«Temos naturalmente menos orçamento, mas também temos mais responsabilidade de planeamento», afirma Ana Paula Laborinho e adianta que «temos procurado enfrentar essa dificuldade através de uma maior consciência dos blocos, dos espaços em que temos de intervir. Em vez de uma resposta casuística procuramos dar respostas por grandes blocos analisando quais são aqueles que mais importa apoiar e quais são aqueles que é necessário racionalizar».
«Mais concretamente», acrescenta, «nós analisamos a utilização dos nossos recursos e de facto 83% dos nossos recursos são disponibilizados para a Europa. Nós temos se calhar de fazer alguma inflexão em relação à importância de outros espaços e é isso que também procuramos fazer».
No dia da Língua e da Cultura da CPLP, há uma mensagem que se pretende possa viajar por todas as latitudes. «Há aqui algo que eu penso que é fundamental. É preciso que todos possamos compreender, que só faz sentido continuarmos a reivindicar uma posição de maior relevância no mundo por sermos mais de 240 milhões, se esse instrumento comum continuar e cada vez ser mais comum. Ou seja, se nós pretendemos partilhar, fragmentar esse instrumento ficamos mais fragilizados nessa nossa argumentação», afirma o Secretário Executivo da CPLP.

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