FraseBook nas era dos pirolitos
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FraseBook nas era dos pirolitos
Pirolito era uma gasosa com a virtude de ter um berlinde a evitar a saída do gaz e a graça estava mais aí que no sabor acidulado açucarado do arrote de anidrido carbónico
Depois apareceu no mundo a Coca Cola que era proibida a venda em Portugal por obra e graça de Salazar mas não me pergunte das razões mas desconfio que era para proteger o Vinho a vinha e o agricultor que na altura era a base do PIB nacional
Os jornais vendiam-se aos gritos
-OLHAAAAAAAAAAAAA O Século ...O Diário ...o POPULARIIIIIIIIIIIIII
Custavam 8 tustus tal como um café já com o açúcar incluído e copo pequeno na altura não se usavam chávenas e no conjunto a casa oferecia um copo de água coisa que com o tempo acabou
As verdades ditas e fraseadas hoje na NET só apareciam nas "retretes" e urinóis
Os ministros andavam todos de chapéu e os requerimentos eram feitos em folhas de papel selado com 35 linhas com linhas aos lados para não se passarem dos limites impostos pela PIDE
Os empregados públicos assinavam um papel dizendo que não eram comunistas iam á missa e estavam casados pela fé católica
Havia a liberdade de ementa como cozido com todos feijoada á transmontana bacalhuço com todos mas depois de digerido não haviam papel higiénico mas sim pedaços dos jornais pendurados num prego que liam o terminar das visitas ás hortas
Havia ainda a radio que tal como hoje se esgotavam em Fátima Futebol e discursos políticos
- Radio Moscovo não fala verdade !
Meninas de perna ao leu só nas visitas do Parque Mayer
Salazar morto ( ou empurrado da cadeira ) foi-lhe mais tarde feita uma analise das contas publicas e anotado que tinha comprado um pintassilgo com dinheiros públicos
Como os tempos mudam quando palramos about Classe politica que nem periquito compram investem logo e esgotam bancos
Depois apareceu no mundo a Coca Cola que era proibida a venda em Portugal por obra e graça de Salazar mas não me pergunte das razões mas desconfio que era para proteger o Vinho a vinha e o agricultor que na altura era a base do PIB nacional
Os jornais vendiam-se aos gritos
-OLHAAAAAAAAAAAAA O Século ...O Diário ...o POPULARIIIIIIIIIIIIII
Custavam 8 tustus tal como um café já com o açúcar incluído e copo pequeno na altura não se usavam chávenas e no conjunto a casa oferecia um copo de água coisa que com o tempo acabou
As verdades ditas e fraseadas hoje na NET só apareciam nas "retretes" e urinóis
Os ministros andavam todos de chapéu e os requerimentos eram feitos em folhas de papel selado com 35 linhas com linhas aos lados para não se passarem dos limites impostos pela PIDE
Os empregados públicos assinavam um papel dizendo que não eram comunistas iam á missa e estavam casados pela fé católica
Havia a liberdade de ementa como cozido com todos feijoada á transmontana bacalhuço com todos mas depois de digerido não haviam papel higiénico mas sim pedaços dos jornais pendurados num prego que liam o terminar das visitas ás hortas
Havia ainda a radio que tal como hoje se esgotavam em Fátima Futebol e discursos políticos
- Radio Moscovo não fala verdade !
Meninas de perna ao leu só nas visitas do Parque Mayer
Salazar morto ( ou empurrado da cadeira ) foi-lhe mais tarde feita uma analise das contas publicas e anotado que tinha comprado um pintassilgo com dinheiros públicos
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: FraseBook nas era dos pirolitos
pi·ro·li·to
substantivo masculino
1. Nome de um estribilho popular.
2. Bebida gasosa que se vendia em quiosques ou cafés públicos.
3. Pessoa muito pequena.
4. Gole de água que se bebe sem querer, quando se está dentro de água.
Confrontar: pirulito.
Palavras relacionadas:
pirulito
.
"pirolito", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/pirolito [consultado em 11-05-2015].
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Re: FraseBook nas era dos pirolitos
O Pirolito
O pirolito foi uma bebida muito apreciada durante a primeira metade do século XX. Ficou no imaginário dos que a conheceram não só pelo seu gosto, mas também pela forma da garrafa.
Era uma bebida gaseificada, feita á base de um xarope feito com açúcar, água, ácido cítrico e essência de limão, a que posteriormente era adicionado gás carbónico. A receita deste xarope base variava de fábrica para fábrica, constituindo esse o seu segredo. Para quem não a experimentou, pode dizer-se que o mais parecido, hoje em dia, é o Seven-Up.
Hiram Codd (1838-1887)
Apesar do nosso apego à forma da garrafa o seu formato não é português. A garrafa de pirolito foi inventada por um inglês, Hiram Codd, que registou a patente em 1872. Foi criada com o fim de ser usada para bebidas gaseificadas, como a soda, águas minerais, limonadas e foi usada em toda a Europa e Estados Unidos.
O formato da garrafa, também conhecida por «frasco de bola», distinguia-a de todas as outras bebidas gaseificadas. Tinha uma forma cilíndrica na base, encimada por um gargalo cónico, com um aro de borracha na extremidade superior, que se destinava a fechar hermeticamente a bebida por intermédio de uma bola de vidro. Esta bola de vidro transformava-se num berlinde, apreciado pelos rapazes, quando se partiam as garrafas, usados depois no jogo do berlinde. Um estreitamento bilateral no gargalo, como se fosse feito por dois dedos, permita fixar o berlinde, depois de aberta. Para abrir a garrafa bastava carregar no berlinde e este descia para a sua cavidade própria no gargalo. Ao pegarmos numa garrafa de pirolito ouvimos o som inconfundível do berlinde a bater nas paredes da garrafa.
Quando comecei a procurar a fábrica original de pirolitos, descobri que não era possível saber qual foi a primeira. Em Portugal houve inúmeras fábricas de pirolitos, distribuídas por todo o território. Assim, cada pessoa que conheceu o pirolito acha que o da sua zona foi o primitivo.
Mencionarei algumas das fábricas que encontrei numa busca não exaustiva.
Em Aveiro, em 1922, existiam 2 fábricas de pirolitos, de acordo com os jornais regionais. Em Caria existiu uma fábrica de pirolitos. No Barreiro há referência, em 1927, a uma fábrica de Pirolitos de José Gouveia e o mesmo se passou em Estremoz com a Fábrica do Massano. Em Guetim (Espinho) existiu uma fábrica de pirolitos, feitos com a água da Gruta da Lomba.
Na baixa de Coimbra, há cerca de 80 anos existia uma fábrica de pirolitos, no local onde hoje se encontra o restaurante Carmina de Matos.
Nos Açores existiram várias fábricas de pirolitos: a de Francisco Pereira de Vasconcelos, cerca dos anos 30, na Ilha Terceira , a Fábrica da Rua dos Canos Verdes e a de Melo Abreu, em Ponta Delgada.
Há igualmente referência a fábricas em S. Jorge da Panasqueira, no Louriçal, no Alandroal e em Perafita.
Em Sesimbra existiu, em 1935, a Marítima, de Jorge Amaro Reis Neves.
No Redondo existiram pelo menos duas fábricas: a do Botas, que utilizava a água da Fonte da Bicha e a Fábrica de refrigerantes da Serra d’ Ossa.
Na Marinha Grande existiu a Fábrica de pirolitos e gasosas de Antunes & Reis, em 1929, e em Castelo de Vide a fábrica de Olímpio Gonçalves Novo (1899 – 1960). Esta última com uma referência especial pelo estudo que foi feito sobre esta empresa, e que se encontra disponível no site do Museu de Castelo de Vide.
Também na Venda do Pinheiro, em 1926, Francisco Alves começou a produzir pirolitos, para além de outros refrigerantes. Esta empresa então designada Francisco Alves e Filhos, viria também a produzir a Laranjina C e mais tarde, nos anos 70, a Trinaranjus. Em 1990, foi adquirida pelo grupo Cadbury-Schweppes Portugal, SA.
Na Lourinhã existiu uma fábrica que era propriedade de José Maria de Carvalho e há referência à existência de duas fábricas de pirolitos no Concelho do Cadaval, uma na própria vila do Cadaval, cerca dos anos 30 e outra, no Vilar, no final dos anos 40.
Esta lista de fábricas de pirolitos mostra-nos que devem ter havido muito mais, uma vez que se tratava de uma produção familiar e cuja distribuição era normalmente regional.
Em comum existiam as garrafas fabricadas na Marinha Grande. Do que nos foi possível constatar existiam vários tipos de garrafas. Embora o modelo seja o mesmo os tamanhos e o tipo de vidro variam ligeiramente. Isto deve-se a que eram fabricadas em várias fábricas. Algumas garrafas não tinham qualquer identificação na base, enquanto outras apresentam as marcas das fábricas em que eram produzidas. Identificamos as seguintes marcas: SB- correspondendo á Vidreira Santos Barosa, RG que se refere à fábrica de Ricardo Santos Gallo, CV à Companhia Industrial Vidreira e ainda as marcas DS e P, que desconheço a que fábricas pertencem.
Nos anos 50, preocupações com a higiene levaram a uma legislação que obrigou os fabricantes a melhoramentos nas suas fábricas e à proibição de utilizar este tipo de garrafa de bola, por ser de difícil lavagem. Com resultado muitas fábricas de pirolitos foram obrigadas a fechar.
Acabaram os pirolitos. Ficou-nos a memória.
Publicada por Ana Marques Pereira à(s) 17:36 Enviar a
O pirolito foi uma bebida muito apreciada durante a primeira metade do século XX. Ficou no imaginário dos que a conheceram não só pelo seu gosto, mas também pela forma da garrafa.
Era uma bebida gaseificada, feita á base de um xarope feito com açúcar, água, ácido cítrico e essência de limão, a que posteriormente era adicionado gás carbónico. A receita deste xarope base variava de fábrica para fábrica, constituindo esse o seu segredo. Para quem não a experimentou, pode dizer-se que o mais parecido, hoje em dia, é o Seven-Up.
Hiram Codd (1838-1887)
Apesar do nosso apego à forma da garrafa o seu formato não é português. A garrafa de pirolito foi inventada por um inglês, Hiram Codd, que registou a patente em 1872. Foi criada com o fim de ser usada para bebidas gaseificadas, como a soda, águas minerais, limonadas e foi usada em toda a Europa e Estados Unidos.
O formato da garrafa, também conhecida por «frasco de bola», distinguia-a de todas as outras bebidas gaseificadas. Tinha uma forma cilíndrica na base, encimada por um gargalo cónico, com um aro de borracha na extremidade superior, que se destinava a fechar hermeticamente a bebida por intermédio de uma bola de vidro. Esta bola de vidro transformava-se num berlinde, apreciado pelos rapazes, quando se partiam as garrafas, usados depois no jogo do berlinde. Um estreitamento bilateral no gargalo, como se fosse feito por dois dedos, permita fixar o berlinde, depois de aberta. Para abrir a garrafa bastava carregar no berlinde e este descia para a sua cavidade própria no gargalo. Ao pegarmos numa garrafa de pirolito ouvimos o som inconfundível do berlinde a bater nas paredes da garrafa.
Quando comecei a procurar a fábrica original de pirolitos, descobri que não era possível saber qual foi a primeira. Em Portugal houve inúmeras fábricas de pirolitos, distribuídas por todo o território. Assim, cada pessoa que conheceu o pirolito acha que o da sua zona foi o primitivo.
Mencionarei algumas das fábricas que encontrei numa busca não exaustiva.
Em Aveiro, em 1922, existiam 2 fábricas de pirolitos, de acordo com os jornais regionais. Em Caria existiu uma fábrica de pirolitos. No Barreiro há referência, em 1927, a uma fábrica de Pirolitos de José Gouveia e o mesmo se passou em Estremoz com a Fábrica do Massano. Em Guetim (Espinho) existiu uma fábrica de pirolitos, feitos com a água da Gruta da Lomba.
Na baixa de Coimbra, há cerca de 80 anos existia uma fábrica de pirolitos, no local onde hoje se encontra o restaurante Carmina de Matos.
Nos Açores existiram várias fábricas de pirolitos: a de Francisco Pereira de Vasconcelos, cerca dos anos 30, na Ilha Terceira , a Fábrica da Rua dos Canos Verdes e a de Melo Abreu, em Ponta Delgada.
Há igualmente referência a fábricas em S. Jorge da Panasqueira, no Louriçal, no Alandroal e em Perafita.
Em Sesimbra existiu, em 1935, a Marítima, de Jorge Amaro Reis Neves.
No Redondo existiram pelo menos duas fábricas: a do Botas, que utilizava a água da Fonte da Bicha e a Fábrica de refrigerantes da Serra d’ Ossa.
Na Marinha Grande existiu a Fábrica de pirolitos e gasosas de Antunes & Reis, em 1929, e em Castelo de Vide a fábrica de Olímpio Gonçalves Novo (1899 – 1960). Esta última com uma referência especial pelo estudo que foi feito sobre esta empresa, e que se encontra disponível no site do Museu de Castelo de Vide.
Também na Venda do Pinheiro, em 1926, Francisco Alves começou a produzir pirolitos, para além de outros refrigerantes. Esta empresa então designada Francisco Alves e Filhos, viria também a produzir a Laranjina C e mais tarde, nos anos 70, a Trinaranjus. Em 1990, foi adquirida pelo grupo Cadbury-Schweppes Portugal, SA.
Na Lourinhã existiu uma fábrica que era propriedade de José Maria de Carvalho e há referência à existência de duas fábricas de pirolitos no Concelho do Cadaval, uma na própria vila do Cadaval, cerca dos anos 30 e outra, no Vilar, no final dos anos 40.
Esta lista de fábricas de pirolitos mostra-nos que devem ter havido muito mais, uma vez que se tratava de uma produção familiar e cuja distribuição era normalmente regional.
Em comum existiam as garrafas fabricadas na Marinha Grande. Do que nos foi possível constatar existiam vários tipos de garrafas. Embora o modelo seja o mesmo os tamanhos e o tipo de vidro variam ligeiramente. Isto deve-se a que eram fabricadas em várias fábricas. Algumas garrafas não tinham qualquer identificação na base, enquanto outras apresentam as marcas das fábricas em que eram produzidas. Identificamos as seguintes marcas: SB- correspondendo á Vidreira Santos Barosa, RG que se refere à fábrica de Ricardo Santos Gallo, CV à Companhia Industrial Vidreira e ainda as marcas DS e P, que desconheço a que fábricas pertencem.
Nos anos 50, preocupações com a higiene levaram a uma legislação que obrigou os fabricantes a melhoramentos nas suas fábricas e à proibição de utilizar este tipo de garrafa de bola, por ser de difícil lavagem. Com resultado muitas fábricas de pirolitos foram obrigadas a fechar.
Acabaram os pirolitos. Ficou-nos a memória.
Publicada por Ana Marques Pereira à(s) 17:36 Enviar a
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