Apartheid em Israel é mais do que apenas ônibus segregadas

Apartheid em Israel é mais do que apenas ônibus segregadas
O que, em uma situação diferente seria considerado apartheid é tolerada por muitos porque é ostensivamente temporária. Mas a ocupação há muito deixou de ser temporária.
Por Aeyal Gross | 26 de maio de 2015 | 01:46

Palestina saga separação de ônibus: Israel não pode enterrar os danos causados
Amos Harel por | 21 de maio de 2015 | 10:39 | 1

África do Sul utilizadas para distinguir entre dois tipos de apartheid. O primeiro chamado apartheid "mesquinho", incluiu a separação de equipamentos públicos como bancos públicos, banheiros e transporte público. O segundo, chamado apartheid "grand", incluiu a divisão do território e direitos políticos, ao abrigo do qual foram atribuídas áreas separadas em que os negros eram obrigados a viver. Os moradores dessas áreas foram privados de cidadania sul-Africano, com o governo alegando que estes territórios, conhecidas como bantustões, eram essencialmente Estados independentes. Enquanto era fácil de fotografar apartheid mesquinho, que teve expressão flagrante em placas dizendo "Por apenas brancos", o impacto da grande apartheid não era menos severo.

A tentativa de fazer os palestinos nos territórios viagens em ônibus segregados chamou tal fogo que o plano foi criticado pela direita, bem como à esquerda. Ônibus segregados têm grande poder simbólico, visto que lembrar a todos da luta colocado por Rosa Parks, a mulher negra norte-americana que se recusou a sentar no fundo do ônibus, em 1955. É um aspecto do apartheid que fotografa claramente, mesmo que seja apenas um aspecto do apartheid mesquinho; o aspecto mais notável da segregação que é a base do regime israelense nos territórios.

Este regime contém componentes de grande apartheid também; um regime que determina que os judeus estão autorizados a viver aqui, e os árabes estão autorizados a viver lá - e não em pé de igualdade. É um regime baseado na separação e desapropriação de terras e recursos hídricos, bem como os recursos do Estado de direito. A lei não é aplicada de forma equitativa nos territórios; não só existem separar sistemas jurídicos e judiciais para as populações judaicas e árabes, mas a aplicação da lei se rompe quando se trata de ataques de israelenses contra palestinos.

Assim, ao se opor ao apartheid mesquinho, políticos de direita estão convencendo a si mesmos, e alguns de nós, bem como, que são "iluminados", enquanto grande apartheid continua. Israelenses e palestinos são segregados nos territórios não apenas em termos de áreas residenciais e de habitação, mas também nos domínios da educação, saúde e bem-estar. A lei israelense aplica-se lá para cidadãos israelenses e estrangeiros judeus em toda a linha, incluindo uma série de leis destinadas a aplicar-se apenas aos residentes do estado. Para efeitos da Lei Nacional de Seguro de Saúde, por exemplo, um judeu que vive nos territórios é considerado um residente do estado elegível para os direitos que a lei atribui, mas a mesma lei não se aplica a seu vizinho palestino, que é dependente um sistema de saúde diferente, mais fraca.

Em cima de tudo isso, assim como os negros foram privados de direitos políticos na África do Sul por grande apartheid, uma secção escondida no final das eleições Lei Knesset intitulado "Instruções Especiais" dá aos moradores israelenses dos territórios o direito de votar em Knesset, uma opção que, em princípio, não está disponível para aqueles que vivem fora das fronteiras reconhecidas do país. Este direito não é dado ao Palestinians.Thus local, sob a cobertura do caráter supostamente temporária da ocupação, a legitimidade ganhos regime de segregação. O que, em uma situação diferente seria considerado apartheid é tolerada por muitos porque é ostensivamente temporária. Mas a ocupação há muito deixou de ser temporária; é indefinido no tempo, como demonstram os próprios assentamentos.

Mesmo depois de o plano ônibus apartheid foi abandonada, este fato não mudou. É por isso que não podemos deixar que o debate sobre os ônibus esconder o fato de que grande apartheid, caracterizada pela desigualdade inerente entre judeus e árabes em todas as áreas da vida nos territórios, não é menos grave em suas dimensões, e de muitas maneiras mais grave, do que ônibus segregados.