Pode a morte de um bebé acabar com a cultura de impunidade dos colonos em Israel?
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Pode a morte de um bebé acabar com a cultura de impunidade dos colonos em Israel?
Pode a morte de um bebé acabar com a cultura de impunidade dos colonos em Israel?
Maria João Guimarães
01/08/2015 - 18:15
Dois adolescentes palestinianos mortos em confrontos com militares israelitas depois do ataque que matou bebé de 18 meses e deixou o resto da família com graves queimaduras. “Já começou a contagem decrescente para o próximo ataque, e o seguinte”, alerta ONG israelita.
Amigos do adolescente Mohammed Al-Masri, morto pelas forças israelitas em Gaza Mohammed Salem/Reuters
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reagiu com rapidez à morte de um bebé palestiniano num ataque de colonos judaicos que deixou ainda o irmão de quatro anos e os pais com graves queimaduras. Criticou o ataque “terrorista” – uma palavra repetida por ministros e responsáveis do exército ou da polícia – uma raríssima vez em que o termo é usado para uma acção de um judeu em Israel.
Seguiram-se horas de tensão ainda na sexta-feira, e medidas de segurança extraordinárias, temendo-se um aumento de violência. Nas horas seguintes, morreram dois palestinianos em confrontos com militares israelitas, um na Faixa de Gaza (de 17 anos), outro na Cisjordânia (com 14 anos). O funeral do bebé de 18 meses – um corpo minúsculo embrulhado numa bandeira palestiniana e num kaffyieh – fez-se na localidade atacada, Duma, perto de Nablus, enquanto os pais e o irmão estavam em unidades de cuidados intensivos em Israel; a mãe em estado crítico e o pai e irmão em estado grave.
Responsáveis da localidade de Duma planeiam construir uma nova casa para a família, “só esperamos que possam voltar a casa vivos, e bem”, disse à Al-Jazira Samir Dawabsheh, líder do conselho local e parente distante das vítimas. “Decidimos deixar a casa como está, queimada e tudo, para que se torne um símbolo dos crimes dos colonos e da ocupação.”
O ataque foi uma das muitas acções que extremistas a viver em colonatos israelitas levam a cabo contra palestinianos – normalmente habitantes de colonatos ilegais mesmo à luz da lei israelita (muito mais permissiva do que a lei internacional, segundo a qual todos os colonatos israelitas na Cisjordânia e Jerusalém Oriental são ilegais, já que estes são território ocupados).
São os chamados ataques “price tag”, de “preço a pagar”: a retaliação contra os palestinianos por acções do Governo israelita contra os colonatos (por exemplo, demolições de estruturas ilegais segundo o Estado hebraico) ou, embora mais raras vezes, retribuição de violência de palestinianos sobre colonos (ainda mais raramente, podem atacar até entrepostos militares israelitas).
Normalmente os ataques são acompanhados de graffiti: a palavra “vingança” e uma estrela de David, como no caso do ataque de sexta-feira. Por vezes, os ataques são apenas vandalismo, ou mesmo só graffiti, como uma estrela de David numa mesquita. Mas também há destruições de oliveiras (árvores antigas, algumas centenárias, com um lugar central na vida e sustento de muitas famílias palestinianas), agressões várias, ataques a tiro e com bombas incendiárias.
Na semana passada, foram demolidas duas casas no colonato de Beit El que tinham sido consideradas ilegais pelo Supremo Tribunal de Israel, lembra o Guardian – pode ter sido o motivo deste ataque.
Apesar de já haver ocasionais referências à expressão “price tag”, o movimento aparece sobretudo após a retirada dos colonatos judaicos da Faixa de Gaza, em 2005. A organização de supervisão dos colonatos B’Tselem comentou que um ataque destes deixar uma família em estado crítico com queimaduras graves e um morto – “era apenas uma questão de tempo”. Porque “se deve à política das autoridades não aplicarem a lei nos casos em que israelitas atacam palestinianos e a sua propriedade.”
Duplamente vítimas
Há muito que os palestinianos se queixam que o exército israelita na Cisjordânia nunca actua quando são os palestinianos a precisar de protecção, mesmo quando os colonos desrespeitam a lei de Israel. Pior: muitas vezes acabam por ser os palestinianos agredidos a ser vítimas do exército. Num de vários incidentes, um grupo de palestinianos decidiu dormir ao relento perto das suas oliveiras para as proteger dos colonos que andavam a queimá-las. Quando os atacantes chegaram ao local, atacaram os palestinianos (os colonos podem ter armas, os palestinianos não). O exército interveio. E deteve os palestinianos.
Os palestinianos são sujeitos à lei militar em Israel, enquanto os colonos à lei civil. O Estado israelita aumentou recentemente as penas para os palestinianos que atirem pedras com intuito de ferir: até 20 anos de prisão.
Nestes cerca de dez anos, registaram-se 11 mil incidentes de violência de colonos sobre palestinianos, diz a Organização de Libertação da Palestina. Ainda segundo a OLP, citada pelo jornal britânico The Guardian, a média de ataques de colonos a palestinianos tem sido de 12 por semana. As Nações Unidas documentaram 120. A maioria é de baixo grau de violência – mas há vários casos de bombas incendiárias em casas ou mesquitas.
Maria João Guimarães
01/08/2015 - 18:15
Dois adolescentes palestinianos mortos em confrontos com militares israelitas depois do ataque que matou bebé de 18 meses e deixou o resto da família com graves queimaduras. “Já começou a contagem decrescente para o próximo ataque, e o seguinte”, alerta ONG israelita.
Amigos do adolescente Mohammed Al-Masri, morto pelas forças israelitas em Gaza Mohammed Salem/Reuters
- Um bebé palestiniano morreu queimado por vingança de colonos judeus
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reagiu com rapidez à morte de um bebé palestiniano num ataque de colonos judaicos que deixou ainda o irmão de quatro anos e os pais com graves queimaduras. Criticou o ataque “terrorista” – uma palavra repetida por ministros e responsáveis do exército ou da polícia – uma raríssima vez em que o termo é usado para uma acção de um judeu em Israel.
Seguiram-se horas de tensão ainda na sexta-feira, e medidas de segurança extraordinárias, temendo-se um aumento de violência. Nas horas seguintes, morreram dois palestinianos em confrontos com militares israelitas, um na Faixa de Gaza (de 17 anos), outro na Cisjordânia (com 14 anos). O funeral do bebé de 18 meses – um corpo minúsculo embrulhado numa bandeira palestiniana e num kaffyieh – fez-se na localidade atacada, Duma, perto de Nablus, enquanto os pais e o irmão estavam em unidades de cuidados intensivos em Israel; a mãe em estado crítico e o pai e irmão em estado grave.
Responsáveis da localidade de Duma planeiam construir uma nova casa para a família, “só esperamos que possam voltar a casa vivos, e bem”, disse à Al-Jazira Samir Dawabsheh, líder do conselho local e parente distante das vítimas. “Decidimos deixar a casa como está, queimada e tudo, para que se torne um símbolo dos crimes dos colonos e da ocupação.”
O ataque foi uma das muitas acções que extremistas a viver em colonatos israelitas levam a cabo contra palestinianos – normalmente habitantes de colonatos ilegais mesmo à luz da lei israelita (muito mais permissiva do que a lei internacional, segundo a qual todos os colonatos israelitas na Cisjordânia e Jerusalém Oriental são ilegais, já que estes são território ocupados).
São os chamados ataques “price tag”, de “preço a pagar”: a retaliação contra os palestinianos por acções do Governo israelita contra os colonatos (por exemplo, demolições de estruturas ilegais segundo o Estado hebraico) ou, embora mais raras vezes, retribuição de violência de palestinianos sobre colonos (ainda mais raramente, podem atacar até entrepostos militares israelitas).
Normalmente os ataques são acompanhados de graffiti: a palavra “vingança” e uma estrela de David, como no caso do ataque de sexta-feira. Por vezes, os ataques são apenas vandalismo, ou mesmo só graffiti, como uma estrela de David numa mesquita. Mas também há destruições de oliveiras (árvores antigas, algumas centenárias, com um lugar central na vida e sustento de muitas famílias palestinianas), agressões várias, ataques a tiro e com bombas incendiárias.
Na semana passada, foram demolidas duas casas no colonato de Beit El que tinham sido consideradas ilegais pelo Supremo Tribunal de Israel, lembra o Guardian – pode ter sido o motivo deste ataque.
Apesar de já haver ocasionais referências à expressão “price tag”, o movimento aparece sobretudo após a retirada dos colonatos judaicos da Faixa de Gaza, em 2005. A organização de supervisão dos colonatos B’Tselem comentou que um ataque destes deixar uma família em estado crítico com queimaduras graves e um morto – “era apenas uma questão de tempo”. Porque “se deve à política das autoridades não aplicarem a lei nos casos em que israelitas atacam palestinianos e a sua propriedade.”
Duplamente vítimas
Há muito que os palestinianos se queixam que o exército israelita na Cisjordânia nunca actua quando são os palestinianos a precisar de protecção, mesmo quando os colonos desrespeitam a lei de Israel. Pior: muitas vezes acabam por ser os palestinianos agredidos a ser vítimas do exército. Num de vários incidentes, um grupo de palestinianos decidiu dormir ao relento perto das suas oliveiras para as proteger dos colonos que andavam a queimá-las. Quando os atacantes chegaram ao local, atacaram os palestinianos (os colonos podem ter armas, os palestinianos não). O exército interveio. E deteve os palestinianos.
Os palestinianos são sujeitos à lei militar em Israel, enquanto os colonos à lei civil. O Estado israelita aumentou recentemente as penas para os palestinianos que atirem pedras com intuito de ferir: até 20 anos de prisão.
Nestes cerca de dez anos, registaram-se 11 mil incidentes de violência de colonos sobre palestinianos, diz a Organização de Libertação da Palestina. Ainda segundo a OLP, citada pelo jornal britânico The Guardian, a média de ataques de colonos a palestinianos tem sido de 12 por semana. As Nações Unidas documentaram 120. A maioria é de baixo grau de violência – mas há vários casos de bombas incendiárias em casas ou mesquitas.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Pode a morte de um bebé acabar com a cultura de impunidade dos colonos em Israel?
O "estado de Israel " ja não existe ...movimenta-se ja e só na base militar porque o mundo cada vez os afasta mais e eles cada vez se radicalizam mais
Estamos a assistir a um filme ja visto em varias partes do mundo
Agora com o acordo Irao EUA bye bye argumentos para se movimentarem em guerras
Apoiam o ISIS e turras na Siria
Os unicos apoios que conseguem são do KKK do Tea Party e de alguns falcões americanos e da industria ligada á venda e fabrico de armas
Estamos a assistir a um filme ja visto em varias partes do mundo
Agora com o acordo Irao EUA bye bye argumentos para se movimentarem em guerras
Apoiam o ISIS e turras na Siria
Os unicos apoios que conseguem são do KKK do Tea Party e de alguns falcões americanos e da industria ligada á venda e fabrico de armas
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Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Pode a morte de um bebé acabar com a cultura de impunidade dos colonos em Israel?
-Vitor mango escreveu:O "estado de Israel " ja não existe ...movimenta-se ja e só na base militar porque o mundo cada vez os afasta mais e eles cada vez se radicalizam mais
Estamos a assistir a um filme ja visto em varias partes do mundo
Agora com o acordo Irao EUA bye bye argumentos para se movimentarem em guerras
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Só que... desejos, ainda que muito requeridos em realidade, não acontecem num estalar de dedos!
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Pode a morte de um bebé acabar com a cultura de impunidade dos colonos em Israel?
ja nem é preciso estalar os dedos ...tudo esta a apodrecer
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Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Pode a morte de um bebé acabar com a cultura de impunidade dos colonos em Israel?
Vitor mango escreveu:ja nem é preciso estalar os dedos ...tudo esta a apodrecer
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Olhe que não, olhe que não!
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
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