Rússia avança ao lado de Assad contra Estado Islâmico
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Rússia avança ao lado de Assad contra Estado Islâmico
Rússia avança ao lado de Assad contra Estado Islâmico
por Abel Coelho de MoraisHoje19 comentáriosCriança síria no Porto do Pireu, recém-chegada da ilha de Lesbos Fotografia © EPA
EUA consideram envolvimento direto russo como porta aberta para escalada do conflito. Moscovo terá enviado aviões de combate e tropas para áreas sob controlo de Damasco.
Realização de ataques aéreos britânicos contra islamitas em território sírio, anúncio de uma intervenção de aviões de combate russos ao lado do regime de Bachar al-Assad assim como a colocação de tropas no terreno, patrulhas de reconhecimento de caças Rafale como prelúdio a operações contra o Estado Islâmico (EI), preocupação em Israel com presença militar da Rússia, decisão americana de intensificar e alargar o treino de combatentes rebeldes. A guerra civil iniciada na Primavera de 2011 está a entrar numa nova fase. E o dado mais relevante é o envolvimento direto da Rússia.
Para o secretário de Estado americano se a Rússia estiver a colocar meios de combate e efetivos na Síria, isto irá conduzir a uma escalada no conflito e ao risco de confrontos com a coligação internacional que ataca o EI. John Kerry avisou que este cenário levará a "mais vítimas civis e mais refugiados". A guerra civil na Síria fez até agora cerca de 500 mil mortos.
O conflito está a originar a saída de milhões de pessoas para os países vizinhos para, a partir daí, tentarem alcançar território europeu. A guerra já provocou quase 4,1 milhões de refugiados, segundo números divulgados no início da semana pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Só ontem chegaram mais sete mil pessoas à fronteira da Macedónia com a Grécia e só na ilha de Lesbos, neste último país, estão concentrados 20 mil migrantes em condições insustentáveis. Desde o fim de semana que se sucedem confrontos entre os migrantes após as autoridades terem começado a dar prioridade aos casos de nacionais sírios. Este ano já entraram na Grécia 250 mil migrantes, na grande maioria sírios; ao longo de 2014 foram apenas 34 mil.
O anúncio de envolvimento do Reino Unido e da França em operações militares na Síria foi coincidente com um pedido de Moscovo para os aviões de combate atravessarem o espaço aéreo da Bulgária e da Grécia em direção à Síria, e com a notícia de aparelhos russos estacionados em bases do regime de Assad para atuarem contra o EI. A Bulgária recusou e no caso grego, segundo um porta-voz de Atenas, Moscovo optou por outra rota.
O Kremlin nunca escondeu o apoio ao presidente Bachar al-Assad, sendo a Rússia e o Irão os grandes aliados deste, nem o envio de armas para a Síria. Moscovo possui uma base naval em Tartus.
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