Palestinos publicam proposta de paz em jornais israelenses Guila Flint De Tel Aviv para a BBC Brasil
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Palestinos publicam proposta de paz em jornais israelenses Guila Flint De Tel Aviv para a BBC Brasil
Palestinos publicam proposta de paz em jornais israelenses
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Anúncio em jornais israelenses
Anúncio apresenta a proposta de 57 países árabes e muçulmanos, exceto o Irã
Pela primeira vez na história do conflito entre israelenses e palestinos, a liderança palestina se dirige diretamente ao público israelense, publicando anúncios nos maiores jornais do país com os termos da iniciativa de paz da Liga Árabe.
O anúncio, publicado nos jornais Yediot Ahronot, Maariv e Haaretz, apresenta a proposta de 57 países árabes e muçulmanos, de normalizar suas relações com Israel em troca da retirada dos territórios ocupados durante a Guerra de 1967, a criação de um Estado Palestino e a solução do problema dos refugiados palestinos.
O departamento de negociações da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) assina os anúncios, que ocupam páginas inteiras nos jornais israelenses e são ilustrados com as bandeiras de todos os países árabes e muçulmanos, exceto o Irã.
A OLP, liderada pelo presidente palestino Mahmoud Abbas, é reconhecida mundialmente como a organização que representa não apenas os palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, como também os cerca de 4 milhões de palestinos na diáspora.
No entanto, o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não reconhece a OLP como representante do povo palestino, pois não aceita os acordos de paz que a organização assinou com Israel.
Eleições
A campanha, dirigida pelo deputado árabe-israelense Ahmed Tibi, é vista como uma tentativa da liderança palestina de influenciar os resultados das eleições em Israel, marcadas para o dia 10 de fevereiro.
Tibi, que foi nomeado por Mahmoud Abbas para dirigir a campanha publicitária, afirmou que Abbas “considera a iniciativa árabe de 2002 como o melhor mecanismo para solucionar o conflito e pensa que até agora o público israelense não teve oportunidade de conhecer os detalhes do plano”.
De acordo com Tibi, o presidente Abbas “acha necessário se dirigir diretamente ao público israelense para que ele conheça os detalhes dessa oportunidade histórica, que não recebeu atenção suficiente do governo de Israel”.
O ministro do Interior, Meir Shitrit, do partido de centro, Kadima, disse à radio israelense que “vale a pena considerarmos a iniciativa árabe, pois, pelo mesmo preço, podemos obter a paz com todos os países árabes e não só com os palestinos”.
Partidos de direita
O general da reserva Danny Rotshild, presidente do Conselho para Paz e Segurança, afirmou que “a maioria dos israelenses deixou de acreditar na paz com os palestinos, mas se eles souberem que em troca dos territórios poderá obter também a paz com todo o mundo árabe, será mais fácil convencê-los a aceitar a idéia de concessões territoriais”.
Porém, as pesquisas de opinião divulgadas nesta quinta-feira, indicam que a maioria do público israelense apóia os partidos de direita, extrema-direita e ultra-ortodoxos, que são contra qualquer retirada dos territórios ocupados.
A pesquisa, divulgada pela rádio pública de Israel, indica que, se eleições gerais fossem realizadas hoje, o bloco da direita obteria 69 das 120 cadeiras do Parlamento, e o bloco de centro e esquerda ficaria com apenas 51.
As eleições em Israel foram marcadas para 10 de fevereiro.
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Anúncio em jornais israelenses
Anúncio apresenta a proposta de 57 países árabes e muçulmanos, exceto o Irã
Pela primeira vez na história do conflito entre israelenses e palestinos, a liderança palestina se dirige diretamente ao público israelense, publicando anúncios nos maiores jornais do país com os termos da iniciativa de paz da Liga Árabe.
O anúncio, publicado nos jornais Yediot Ahronot, Maariv e Haaretz, apresenta a proposta de 57 países árabes e muçulmanos, de normalizar suas relações com Israel em troca da retirada dos territórios ocupados durante a Guerra de 1967, a criação de um Estado Palestino e a solução do problema dos refugiados palestinos.
O departamento de negociações da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) assina os anúncios, que ocupam páginas inteiras nos jornais israelenses e são ilustrados com as bandeiras de todos os países árabes e muçulmanos, exceto o Irã.
A OLP, liderada pelo presidente palestino Mahmoud Abbas, é reconhecida mundialmente como a organização que representa não apenas os palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, como também os cerca de 4 milhões de palestinos na diáspora.
No entanto, o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não reconhece a OLP como representante do povo palestino, pois não aceita os acordos de paz que a organização assinou com Israel.
Eleições
A campanha, dirigida pelo deputado árabe-israelense Ahmed Tibi, é vista como uma tentativa da liderança palestina de influenciar os resultados das eleições em Israel, marcadas para o dia 10 de fevereiro.
Tibi, que foi nomeado por Mahmoud Abbas para dirigir a campanha publicitária, afirmou que Abbas “considera a iniciativa árabe de 2002 como o melhor mecanismo para solucionar o conflito e pensa que até agora o público israelense não teve oportunidade de conhecer os detalhes do plano”.
De acordo com Tibi, o presidente Abbas “acha necessário se dirigir diretamente ao público israelense para que ele conheça os detalhes dessa oportunidade histórica, que não recebeu atenção suficiente do governo de Israel”.
O ministro do Interior, Meir Shitrit, do partido de centro, Kadima, disse à radio israelense que “vale a pena considerarmos a iniciativa árabe, pois, pelo mesmo preço, podemos obter a paz com todos os países árabes e não só com os palestinos”.
Partidos de direita
O general da reserva Danny Rotshild, presidente do Conselho para Paz e Segurança, afirmou que “a maioria dos israelenses deixou de acreditar na paz com os palestinos, mas se eles souberem que em troca dos territórios poderá obter também a paz com todo o mundo árabe, será mais fácil convencê-los a aceitar a idéia de concessões territoriais”.
Porém, as pesquisas de opinião divulgadas nesta quinta-feira, indicam que a maioria do público israelense apóia os partidos de direita, extrema-direita e ultra-ortodoxos, que são contra qualquer retirada dos territórios ocupados.
A pesquisa, divulgada pela rádio pública de Israel, indica que, se eleições gerais fossem realizadas hoje, o bloco da direita obteria 69 das 120 cadeiras do Parlamento, e o bloco de centro e esquerda ficaria com apenas 51.
As eleições em Israel foram marcadas para 10 de fevereiro.
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Palestinos publicam proposta de paz em jornais israelenses Guila Flint De Tel Aviv para a BBC Brasil
Porém, as pesquisas de opinião divulgadas nesta quinta-feira, indicam que a maioria do público israelense apóia os partidos de direita, extrema-direita e ultra-ortodoxos, que são contra qualquer retirada dos territórios ocupados.
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