s duas décadas de "vergonha" de Monica Lewinsky
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s duas décadas de "vergonha" de Monica Lewinsky
s duas décadas de "vergonha" de Monica Lewinsky
Aos 42 anos, Monica Lewinsky trabalha como ativista no apoio às vítimas de assédio na internet
| Eduardo Munoz/Reuters
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A mulher que ficou famosa pelo caso com Bill Clinton fala da sua missão como ativista na defesa das vítimas de cyberbullying
Aos 42 anos, Monica Lewinsky é, mais do que uma pessoa, um símbolo de uma era. Dois anos depois do manifesto escrito nas páginas da Vanity Fair, Monica volta a falar. Desta feita, ao diário britânico The Guardian. A entrevista acontece no contexto de um projeto sobre o assédio online e sobre as suas vítimas, chamado The Web We Want (A Rede Que Queremos, em português).
O jornalista Jon Ronson descobriu, na sua pesquisa aos comentários de leitores do The Guardian, que a maioria dos abusos acontece em peças assinadas por mulheres e que os comentários têm maioritariamente cariz sexual (ameaças de violação, insultos sexistas e misóginos). Questionada sobre esses factos, Monica Lewinsky diz não acreditar que seja um problema exclusivamente masculino.
"Muitas das coisas más que acontecem online a mulheres e minorias são perpetradas por homens. Mas também são levadas a cabo por mulheres. As mulheres não são imunes à misoginia", explica.
Monica Lewinsky começou a estagiar na Casa Branca em 1995. Tinha na altura 22 anos. "Tenho uma paixoneta por si", disse, pouco tempo depois, a Bill Clinton, que a convidou para passar mais tempo no seu escritório. Esse tempo que o então presidente dos EUA passava com Lewinsky alertou a equipa de Clinton.
Esta imagem, que mostra uma Lewinsky sorridente ao lado do então presidente dos Estados Unidos, foi incluída como prova no famoso relatório do procurador Kenneth Starr
Pouco tempo depois, Monica Lewinsky foi transferida para o Pentágono, onde conheceu a pessoa que, mais tarde, seria responsável pelo desencadear do maior escândalo sexual da era moderna: Linda Tripp. A funcionária pública, à época colega de Lewinsky no Pentágono, tornou-se sua confidente. E, sem que Monica soubesse, gravou mais de 20 horas de conversas telefónicas, durante as quais a ex-estagiária da Casa Branca confessou pormenores íntimos sobre o seu envolvimento com Clinton.
A "emboscada do FBI", como descreve Lewinsky ao The Guardian, aconteceria em 1998... com Linda Tripp como cúmplice da polícia federal norte-americana. O relatório Starr, que incluía todos os pormenores do total dos nove encontros sexuais entre Lewinsky e Clinton, tornou-se do domínio público. Da televisão e da internet, na altura um meio tão novo quanto procurado. "Em 1998 e 1999, senti como se cada camada da minha pele estivesse a ser arrancada. É uma espécie de esfolamento. Sentimo-nos incrivelmente inexperientes e assustados. Mas também acho que a vergonha se cola a nós como alcatrão", explica Lewinsky a Jon Ronson.
Lewinsky foi o motor de arranque do pedido de impeachment de 1998, que quase tirou Clinton da Casa Branca. A frase do então presidente dos EUA, "I did not have sexual relations with that woman" ("Não tive relações sexuais com essa mulher"), proferida a 26 de janeiro de 1998, tornou-se uma das mais ouvidas, repetidas, satirizadas, da época. A frase foi usada pelos republicanos como mote do pedido de impeachment, que acusaram Clinton de perjúrio e obstrução à justiça. Monica Lewinsky continuaria a ser, para o público, "essa mulher".
Ao The Guardian, Lewinsky admite que esteve "muito perto" de cometer suicídio. "Acho que muitos jovens não veem o suicídio como um fim mas sim como um recomeço", explica.
A vida depois do escândalo
Em 2005, aos 32 anos, Monica Lewinsky trocou os EUA por Londres. Nos seis anos anteriores, tentou apostar na área da moda, criando uma linha de acessórios. Participou em diversos documentários, incluindo Monica in Black and White, produzido pela HBO em 2002, no qual, durante uma conferência, alguém lhe perguntou "qual a sensação de ser a rainha do sexo oral da América". Os vídeos, relembra ao The Guardian, continuam no YouTube. Como se fosse possível esquecer-se.
Mudou-se para Inglaterra para estudar Psicologia Social na London School of Economics. Tentou encontrar trabalho. Todas as portas se fecharam. Até de organizações de voluntariado. "Diziam-me que trabalhar ali "não era uma boa ideia"." "Foram dez anos desoladores. Debati-me com dificuldades, não conseguia encontrar o meu caminho", admite. Lewinsky estava decidida a fugir do passado, a "levar uma vida muito mais reservada", até que reencontrou uma antiga professora que lhe disse a frase mágica: "Quando há poder envolvido, tem de haver uma narrativa que compita com a principal. E tu não tens uma narrativa."
Foi aí que Lewinsky percebeu que o seu passado, mais do que um fardo, era uma herança com a qual teria de viver e usá-la, ajudando os que estivessem a passar por circunstâncias semelhantes. E que o seu objetivo seria ser uma voz ativa contra o cyberbullying. É então, em 2014, que Monica escreve um ensaio para a revista Vanity Fair, intitulado Vergonha e Sobrevivência.
No longo texto, Monica explica como foi a primeira vítima de humilhação online (à época, apesar da inexistência de redes sociais, sites, blogues e e-mails fizeram parte do coro de vozes que transformou Lewinsky na piada número um da internet). "Em 1998, quando o meu caso com Bill Clinton se tornou público, tornei-me a pessoa mais humilhada do mundo. Graças ao [site] Drudge Report, fui possivelmente a primeira pessoa cuja humilhação global foi potenciada pela internet", escreveu Lewinsky na Vanity Fair.
Os emojis criados por Monica Lewinsky, em parceria com a Vodafone
Em 2015, Lewinsky foi uma das oradoras convidadas da conferência TED. E foi também convidada para falar numa conferência da Forbes. Hoje em dia, trabalha com várias organizações de ajuda a pessoas alvo de assédio online, incluindo a The Diana Award, organização criada pela princesa de Gales e apadrinhada pelos seus filhos, William e Harry. O seu último projeto? Uma linha de emojis antibullying, criados em parceria com a Vodafone.
Aos 42 anos, Monica Lewinsky trabalha como ativista no apoio às vítimas de assédio na internet
| Eduardo Munoz/Reuters
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A mulher que ficou famosa pelo caso com Bill Clinton fala da sua missão como ativista na defesa das vítimas de cyberbullying
Aos 42 anos, Monica Lewinsky é, mais do que uma pessoa, um símbolo de uma era. Dois anos depois do manifesto escrito nas páginas da Vanity Fair, Monica volta a falar. Desta feita, ao diário britânico The Guardian. A entrevista acontece no contexto de um projeto sobre o assédio online e sobre as suas vítimas, chamado The Web We Want (A Rede Que Queremos, em português).
O jornalista Jon Ronson descobriu, na sua pesquisa aos comentários de leitores do The Guardian, que a maioria dos abusos acontece em peças assinadas por mulheres e que os comentários têm maioritariamente cariz sexual (ameaças de violação, insultos sexistas e misóginos). Questionada sobre esses factos, Monica Lewinsky diz não acreditar que seja um problema exclusivamente masculino.
"Muitas das coisas más que acontecem online a mulheres e minorias são perpetradas por homens. Mas também são levadas a cabo por mulheres. As mulheres não são imunes à misoginia", explica.
Monica Lewinsky começou a estagiar na Casa Branca em 1995. Tinha na altura 22 anos. "Tenho uma paixoneta por si", disse, pouco tempo depois, a Bill Clinton, que a convidou para passar mais tempo no seu escritório. Esse tempo que o então presidente dos EUA passava com Lewinsky alertou a equipa de Clinton.
Esta imagem, que mostra uma Lewinsky sorridente ao lado do então presidente dos Estados Unidos, foi incluída como prova no famoso relatório do procurador Kenneth Starr
Pouco tempo depois, Monica Lewinsky foi transferida para o Pentágono, onde conheceu a pessoa que, mais tarde, seria responsável pelo desencadear do maior escândalo sexual da era moderna: Linda Tripp. A funcionária pública, à época colega de Lewinsky no Pentágono, tornou-se sua confidente. E, sem que Monica soubesse, gravou mais de 20 horas de conversas telefónicas, durante as quais a ex-estagiária da Casa Branca confessou pormenores íntimos sobre o seu envolvimento com Clinton.
A "emboscada do FBI", como descreve Lewinsky ao The Guardian, aconteceria em 1998... com Linda Tripp como cúmplice da polícia federal norte-americana. O relatório Starr, que incluía todos os pormenores do total dos nove encontros sexuais entre Lewinsky e Clinton, tornou-se do domínio público. Da televisão e da internet, na altura um meio tão novo quanto procurado. "Em 1998 e 1999, senti como se cada camada da minha pele estivesse a ser arrancada. É uma espécie de esfolamento. Sentimo-nos incrivelmente inexperientes e assustados. Mas também acho que a vergonha se cola a nós como alcatrão", explica Lewinsky a Jon Ronson.
Lewinsky foi o motor de arranque do pedido de impeachment de 1998, que quase tirou Clinton da Casa Branca. A frase do então presidente dos EUA, "I did not have sexual relations with that woman" ("Não tive relações sexuais com essa mulher"), proferida a 26 de janeiro de 1998, tornou-se uma das mais ouvidas, repetidas, satirizadas, da época. A frase foi usada pelos republicanos como mote do pedido de impeachment, que acusaram Clinton de perjúrio e obstrução à justiça. Monica Lewinsky continuaria a ser, para o público, "essa mulher".
Ao The Guardian, Lewinsky admite que esteve "muito perto" de cometer suicídio. "Acho que muitos jovens não veem o suicídio como um fim mas sim como um recomeço", explica.
A vida depois do escândalo
Em 2005, aos 32 anos, Monica Lewinsky trocou os EUA por Londres. Nos seis anos anteriores, tentou apostar na área da moda, criando uma linha de acessórios. Participou em diversos documentários, incluindo Monica in Black and White, produzido pela HBO em 2002, no qual, durante uma conferência, alguém lhe perguntou "qual a sensação de ser a rainha do sexo oral da América". Os vídeos, relembra ao The Guardian, continuam no YouTube. Como se fosse possível esquecer-se.
Mudou-se para Inglaterra para estudar Psicologia Social na London School of Economics. Tentou encontrar trabalho. Todas as portas se fecharam. Até de organizações de voluntariado. "Diziam-me que trabalhar ali "não era uma boa ideia"." "Foram dez anos desoladores. Debati-me com dificuldades, não conseguia encontrar o meu caminho", admite. Lewinsky estava decidida a fugir do passado, a "levar uma vida muito mais reservada", até que reencontrou uma antiga professora que lhe disse a frase mágica: "Quando há poder envolvido, tem de haver uma narrativa que compita com a principal. E tu não tens uma narrativa."
Foi aí que Lewinsky percebeu que o seu passado, mais do que um fardo, era uma herança com a qual teria de viver e usá-la, ajudando os que estivessem a passar por circunstâncias semelhantes. E que o seu objetivo seria ser uma voz ativa contra o cyberbullying. É então, em 2014, que Monica escreve um ensaio para a revista Vanity Fair, intitulado Vergonha e Sobrevivência.
No longo texto, Monica explica como foi a primeira vítima de humilhação online (à época, apesar da inexistência de redes sociais, sites, blogues e e-mails fizeram parte do coro de vozes que transformou Lewinsky na piada número um da internet). "Em 1998, quando o meu caso com Bill Clinton se tornou público, tornei-me a pessoa mais humilhada do mundo. Graças ao [site] Drudge Report, fui possivelmente a primeira pessoa cuja humilhação global foi potenciada pela internet", escreveu Lewinsky na Vanity Fair.
Os emojis criados por Monica Lewinsky, em parceria com a Vodafone
Em 2015, Lewinsky foi uma das oradoras convidadas da conferência TED. E foi também convidada para falar numa conferência da Forbes. Hoje em dia, trabalha com várias organizações de ajuda a pessoas alvo de assédio online, incluindo a The Diana Award, organização criada pela princesa de Gales e apadrinhada pelos seus filhos, William e Harry. O seu último projeto? Uma linha de emojis antibullying, criados em parceria com a Vodafone.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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