Pai da frase "eixo do mal" vota em Hillary Clinton
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Pai da frase "eixo do mal" vota em Hillary Clinton
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Se Trump ganha, os humoristas bem podem sentir que falharam
O gesto foi gratuito (embora com centenas de milhares de visualizações) e o campeão deste episódio, Donald Trump, pode ser acusado de muita coisa, mas não de desempregar humoristas. Jimmy Fallon, Stephen Colbert, Trevor Noah, John Oliver, a nata dos humoristas televisivos, têm há meses um homem ridículo para lhes incentivar a imaginação - e não se fizeram rogados. Trump merecia uma estatueta Emmy, 2016, de humor involuntário. Se, apesar disso, ele ganha as eleições, há que reconhecer que os artistas falharam. No The Washington Post, ontem, uma leitora dizia que nunca perdoaria Jon Stewart por ter abandonado o seu Daily Show, no ano passado. A esperança perdida da leitora é que o mais inteligente dos humoristas talvez tivesse encontrado o antídoto do perigo público deste ano.
Nesta fase, antes de ser eleito, Trump ainda não pode impor um Comité de Vigilância das Atividades Antiamericanas, instituição que já não é tão inesperada, porque nos Estados Unidos o que é inesperado deixou de o ser. Pois se Trump é agora, mesmo, presidenciável... Por enquanto só sensação, alicerçada em sondagens, mas como titulava, ontem, Nate Silver, o guru das sondagens políticas, no seu site 538: "Atualização eleitoral: sim, Trump tem caminho para a vitória." Há cinco dias, o site dava 120 votos eleitorais de vantagem a Clinton, nos 270 necessários para ganhar. Ontem, separavam-nos só 60 votos eleitorais - bastava a Florida, ainda democrata, bascular a unha negra que aí os separa (três pontos percentuais), para que os votos do estado (29) quase empatem o Colégio Eleitoral. Sim, o 8 de novembro pode oficializar os Estados Unidos como o país de todas as imprevisões.
A sondagem nacional feita por Washington Post-ABC, na terça--feira, que deu um ponto de vantagem ao republicano, foi a que convenceu a opinião pública sobre a viragem: Donald Trump é mesmo capaz de ganhar, ideia que ainda há semanas era só hipótese académica ou simplesmente para ser levada como mais uma provocação do candidato. Na mesma sondagem, a responder a "quem é o candidato mais honesto?", a vantagem foi ainda maior: de oito pontos para Trump. Mesmo que a fama de Clinton (melhor, dos Clinton) a fizesse perder, nesse item, para os irmãos Dalton, é incrível que Trump ganhe em honestidade o que quer que seja. Ele que "como método de negócios não paga aos fornecedores, que foge aos impostos, que faz batota com os trabalhadores ilegais que empregou na Torre Tump, que deve centenas de milhões de dólares ao Banco da China"...
A citação longa não é da campanha de Clinton. Assinou-a em The Atlantic, revista conservadora, o neoconservador David Frum. Foi ele que inventou o termo "eixo do mal", para um discurso de George W. Bush. Ontem disse que vai votar em Clinton, de quem não gosta, e muito. Porque "Trump é o candidato mais anticonstitucional" da história americana. De facto, não é pessoa para brincar, nem com ela nem sobre ela.
Se Trump ganha, os humoristas bem podem sentir que falharam
Lara, brasileira de 16 anos, não gostou de uma foto de dois compatriotas, em São Paulo. Na foto, uma mulher e um homem empunham, cada um, o seu cartaz: "Mulheres com Trump" e "Gays com Trump". A adolescente pôs a foto no Twitter e deixou uma mensagem sua, curta: "Árvores pela desflorestação". Também podia ter posto "Judeus por Hitler", mas foi mais subtil. O tweet, em inglês, teve repercussão internacional.
O gesto foi gratuito (embora com centenas de milhares de visualizações) e o campeão deste episódio, Donald Trump, pode ser acusado de muita coisa, mas não de desempregar humoristas. Jimmy Fallon, Stephen Colbert, Trevor Noah, John Oliver, a nata dos humoristas televisivos, têm há meses um homem ridículo para lhes incentivar a imaginação - e não se fizeram rogados. Trump merecia uma estatueta Emmy, 2016, de humor involuntário. Se, apesar disso, ele ganha as eleições, há que reconhecer que os artistas falharam. No The Washington Post, ontem, uma leitora dizia que nunca perdoaria Jon Stewart por ter abandonado o seu Daily Show, no ano passado. A esperança perdida da leitora é que o mais inteligente dos humoristas talvez tivesse encontrado o antídoto do perigo público deste ano.
Nesta fase, antes de ser eleito, Trump ainda não pode impor um Comité de Vigilância das Atividades Antiamericanas, instituição que já não é tão inesperada, porque nos Estados Unidos o que é inesperado deixou de o ser. Pois se Trump é agora, mesmo, presidenciável... Por enquanto só sensação, alicerçada em sondagens, mas como titulava, ontem, Nate Silver, o guru das sondagens políticas, no seu site 538: "Atualização eleitoral: sim, Trump tem caminho para a vitória." Há cinco dias, o site dava 120 votos eleitorais de vantagem a Clinton, nos 270 necessários para ganhar. Ontem, separavam-nos só 60 votos eleitorais - bastava a Florida, ainda democrata, bascular a unha negra que aí os separa (três pontos percentuais), para que os votos do estado (29) quase empatem o Colégio Eleitoral. Sim, o 8 de novembro pode oficializar os Estados Unidos como o país de todas as imprevisões.
A sondagem nacional feita por Washington Post-ABC, na terça--feira, que deu um ponto de vantagem ao republicano, foi a que convenceu a opinião pública sobre a viragem: Donald Trump é mesmo capaz de ganhar, ideia que ainda há semanas era só hipótese académica ou simplesmente para ser levada como mais uma provocação do candidato. Na mesma sondagem, a responder a "quem é o candidato mais honesto?", a vantagem foi ainda maior: de oito pontos para Trump. Mesmo que a fama de Clinton (melhor, dos Clinton) a fizesse perder, nesse item, para os irmãos Dalton, é incrível que Trump ganhe em honestidade o que quer que seja. Ele que "como método de negócios não paga aos fornecedores, que foge aos impostos, que faz batota com os trabalhadores ilegais que empregou na Torre Tump, que deve centenas de milhões de dólares ao Banco da China"...
A citação longa não é da campanha de Clinton. Assinou-a em The Atlantic, revista conservadora, o neoconservador David Frum. Foi ele que inventou o termo "eixo do mal", para um discurso de George W. Bush. Ontem disse que vai votar em Clinton, de quem não gosta, e muito. Porque "Trump é o candidato mais anticonstitucional" da história americana. De facto, não é pessoa para brincar, nem com ela nem sobre ela.
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