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Merdina euforico contava os milhões da Hillary

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Mensagem por Vitor mango Dom Nov 13, 2016 12:31 am

Abriam a porta e lá vinha uma sacada de dolares

- É do Lobby das farmácias ...Truz..truz... venho da parte do Lobby das armas ...é da Hillary? onde coloco esta sacada de dólares do armamento ...e este dos Judeus ?
...na rua a fila agitava-se para entregar as encomendas

Encarregado de contar notas fazer gráficos o Merdina Escarreta via a baba sair-lhe pelos cantos da boca
- Isto sim é que é Capital ! Felicidade ! Boas contas! e...rabiscava um gráfico que mostrava á Judite
- Ta a ver ta a ver o que são contas certas ?!
E Êxtase abria saco por saco e despejava por tudo o que era lado ...depois ...arregaçou as mangas humedeceu os dedos e começou a contar o Capital
...Um...dois...trezentos ...mil...milhões ...milhões ...milhões e com a felicidade no rosto adormeceu em cima de um saco de notas
...Sentiu que alguém lhe batia nas costas
...Acorde homenzinho !
Esfregou os olhos e olhou para o relógio eram 7 da matina
-Sou a mulher da limpeza e venho limpar o Lixo
.-Lixo isto ?
- Xou doutori a madame Hillary perdeu as eleições quem ganhou nem precisa de dinheiro
..,começou aos pulos arrancou os cabelos e exclamava ...e os meus gráficos as minhas contas certas ...o dinheiro ...
Saiu para a rua aos gritos
ACUDAMMMMMMMMMM !!!!!


Esbarrou com a Ferreira Leite



O Senhor doutor esqueceu-se das pessoas !

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Mensagem por Vitor mango Dom Nov 13, 2016 1:03 am

Um inimigo na Casa Branca




Umas horas antes de fecharem as mesas de voto nos Estados Unidos, escrevi que estava convencido de que a Hillary Clinton iria ganhar por uma margem superior ao esperado. Não ignorava que as sondagens previam uma vitória da democrata por uma margem escassa, mas, a somar a esta tendência, estava a minha fé nos USA, naquilo que eles têm representado para a democracia, para a liberdade e para a propagação dos direitos fundamentais. O facto de me ter enganado no resultado eleitoral não me incomoda nada, já constatar que algo mudou nos Estados Unidos deixa-me muito preocupado. Preocupado por mim, pela minha família, pelos meus filhos, pela minha comunidade e por todas as que, também inspiradas pela América, têm lutado por um mundo melhor e mais justo.
Não há maneira de ver os resultados eleitorais americanos de outra forma: um homem xenófobo, racista, misógino, antissemita, disposto a usar armas nucleares e que nega o aquecimento global é o preferido pelos eleitores americanos para liderar o país. Mesmo que a pequena margem que lhe deu a vitória tombasse para a outra candidata, o facto é que muitos milhões de americanos se reveem em Donald Trump. Quer isto dizer que todos os que votaram nele são xenófobos, misóginos, racistas? Talvez não. Mas o que não pode ser ignorado é que os que votaram nele não se importaram de ter a liderá-los uma pessoa que defende o que ele defende.
Importa perguntar como é que se chegou a este ponto?
É verdade que as questões raciais, o medo racial, a xenofobia, não são novas nos Estados Unidos e as transformações sociodemográficas do país fizeram crescer o fenómeno. Como é verdade que a crispação social - sempre presente na sociedade americana - foi fomentada, com muito sucesso, por grupos muito radicalizados.
Próximo dessa realidade, há um segmento importante - com uma grande capacidade de transmissão da sua mensagem - da população que rejeita violentamente questões ligadas a direitos de minorias e aspetos ligados aos costumes. Olha, por exemplo, para o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou, noutra dimensão, possíveis restrições à utilização de armas de fogo como imposições de uma moral que vai contra as suas mais profundas convicções. Questões decisivas numa escolha política mais abrangente.
Depois, temos aquilo em que o debate político no espaço público se transformou. Quem tem razão num debate é quem grita mais alto, quem consegue ridicularizar melhor um argumento, quem diz o melhor sound bite. Os factos são uma espécie em vias de extinção. Dizer que uma parede é preta quando é branca já não é um disparate mas uma opinião. Os embates entre Hillary Clinton e Trump foram um bom exemplo da degradação do debate político. Mentia-se com todos os dentes que se tinha na boca, não houve avaliação de políticas públicas nem das que se pretendiam implementar. A discussão foi apenas sobre questões pessoais ou aspetos da personalidade.
O entretenimento ganhou à política e uma tirada engraçada rende mais votos do que a análise dos prós e contras de uma dada medida. E aqui os media tradicionais têm muitas culpas no cartório. Os media foram dos grandes derrotados nestas eleições, mas não por terem apoiado na sua esmagadora maioria Hillary Clinton. Foram derrotados porque credibilizaram Trump, porque trocaram o seu papel de guardiões da verdade, da defesa dos factos, pela exibição do espetáculo alucinado da sua campanha. Não se lhes pedia que apoiassem quem quer que fosse, mas que se cingissem à exposição da mentira, da confirmação ou da negação de afirmações. Mas, claro, vende mais mostrar um tipo a dizer os mais loucos disparates do que mostrar que são mesmo disparates.
Foi, porém, o argumento de que seriam os problemas económicos, a diminuição de expectativas, o abandono que muitos sentem por parte do sistema que teria levado as pessoas a votar num homem que nega muitos dos valores que consideramos fundamentais. Não nego que isso possa ter tido a sua influência, mas aceitar que isso tenha sido decisivo é negar a última réstia de otimismo nos Estados Unidos.

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Mensagem por Vitor mango Dom Nov 13, 2016 3:42 am

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Mensagem por Vitor mango Dom Nov 13, 2016 4:00 am

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