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Adriano Moreira é uma das "maiores figuras de Portugal do último século

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Adriano Moreira é uma das "maiores figuras de Portugal do último século Empty Adriano Moreira é uma das "maiores figuras de Portugal do último século

Mensagem por Viracopos Dom Nov 23, 2008 7:12 am

Adriano Moreira é uma das "maiores figuras de Portugal do último século"
Ao lançamento do livro compareceram raros políticos: Almeida Santos e pouco mais. Rádios e televisões nem uma...
José Pedro Castanheira
13:24 | Domingo, 23 de Nov de 2008

Adriano Moreira é uma das "maiores figuras de Portugal do último século" "São páginas imprescindíveis para a história do Século XX português e mundial", diz Braga da Cruz sobre o livro de Adriano Moreira
Alberto Frias
"São páginas imprescindíveis para a história do Século XX português e mundial", diz Braga da Cruz sobre o livro de Adriano Moreira

A apresentação do livro "A Espuma do Tempo. Memórias do Tempo de Vésperas"(ed. Almedina), de Adriano Moreira, foi feita por Manuel Braga da Cruz. O historiador e reitor da Universidade Católica Portuguesa classificou Adriano Moreira como "uma das maiores figuras de Portugal deste último século". Elogiou o seu "raro exemplo de empenhamento cívico e patriótico", dotado de "uma das mais brilhantes inteligências do seu tempo".

Relativamente ao livro, Braga da Cruz sublinhou que "não será possível entender a segunda metade do Século XX sem a sua leitura". Mais ainda: é "uma das mais lúcidas e penetrantes análises de um mundo em mudança após a Segunda Guerra Mundial".
"Páginas imprescindíveis"


Braga da Cruz, que tem publicado numerosos trabalhos sobre o Estado Novo, fez um desenvolvido resumo do livro, capítulo a capítulo. Falou das relações com o almirante Sarmento Rodrigues, que em 1965 convidaria Adriano Moreira para presidente do Conselho de Ministros, no caso de vir a ascender a Presidente da República.

Expôs a "relevante reforma legislativa" no Ultramar, pouco depois do que designou de "levantamento terrorista no Norte de Angola". Referiu-se às divergências com Salazar, que, assinalou, "não foram de objectivos, mas de actuação", e que levaram à sua demissão de ministro do Ultramar. Não esqueceu "o corte de relações pessoais" de Moreira com "o seu antigo mestre", Marcelo Caetano. Falou do "divórcio crescente e irreversível" entre as forças armadas e o poder político - que estaria na base do 25 de Abril.
Para o reitor da Católica, trata-se de um livro cuja leitura "chega a tornar-se apaixonante" e que constitui "uma das mais penetrantes análises do antigo regime". Em suma, disse: "são páginas imprescindíveis para a história do Século XX português e mundial".
Almeida Santos e pouco mais


Adriano Moreira agradeceu o elogio. Num breve improviso, começou por saudar a presença de Almeida Santos na sessão - um dos raríssimos políticos que se associaram à cerimónia, que juntou ao fim da tarde de sexta-feira, na Sociedade de Geografia, em Lisboa, várias centenas de pessoas. Presentes ainda João Carlos Espada, Carlos Monjardino, Miguel Galvão Teles, Diogo Feio, Rosado Fernandes, Luís Fontoura, Mota Campos.

O professor, de 86 anos, retomou um dos seus temas preferidos, o fim do conceito estratégico nacional, que perdurou durante séculos mas que terminou na sequência da descolonização. A este respeito, acusou o poder saído do 25 de Abril de "confundir a cessação das actividades militares com descolonização". Quanto ao livro em si, assegurou que "a minha intenção foi ser inteiramente autêntico".

No final do seu improviso, de escassos 15 minutos, Adriano Moreira foi longamente aplaudido, de pé, por toda a assistência. Presentes nem meia dúzia de jornalistas. A sessão, de resto, não foi coberta nem pelas rádios nem pelas televisões.
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