embaixadora
Página 1 de 1
embaixadora
Francisco Seixas da Costa
SEXO E DIPLOMACIA
Acabo de ler uma notícia num “site“ francês referindo-se à representante diplomática americana nas Nações Unidas como “l’ambassadrice de Trump”.
Isso trouxe-me à memória um episódio e dá-me oportunidade de clarificar alguns conceitos básicos.
Um dia, em Paris, no final de um almoço em que estive presente, no período de perguntas e respostas, um secretário de Estado francês dirigiu-se a uma embaixadora de um país da União Europeia tratando-a por “madame l’ambassadrice”. A minha colega foi “aos arames”, interrompeu o governante e disse-lhe que considerava menos correto ser chamada de “ambassadrice”, termo que designa a mulher de um embaixador. “Madame l’ambassadeur” era como exigia ser tratada. O ministro replicou que aquela era a sua língua e que, ao utilizar essa palavra, sabia que estava a utilizar a expressão correta. A embaixadora sentiu-se ofendida e deixou a sala.
O ministro tinha razão... mas a embaixadora também. Na língua francesa, é vulgar designar as figuras femininas que desempenham cargos de chefe de missão diplomática por “ambassadrice”, expressão exatamente idêntica à que se utiliza para as mulheres dos embaixadores. Mas também há muito quem considere que devem utilizar-se palavras diferentes para as duas funções, o que implica não feminizar a palavra “ambassadeur”.
Na língua portuguesa, as coisas são bem mais simples. A mulher do embaixador é designada por “embaixatriz” e a diplomata que exercer a chefia de uma embaixada é designada por “embaixadora”. Não há, contudo, nenhum termo que possa identificar o marido de uma embaixadora ou de um embaixador. E refiro isto porque, desde há semanas, há um embaixador português casado com uma pessoa do mesmo sexo, facto já bastante comum em várias carreiras estrangeiras mas que julgo ser a primeira vez que acontece na diplomacia portuguesa.
SEXO E DIPLOMACIA
Acabo de ler uma notícia num “site“ francês referindo-se à representante diplomática americana nas Nações Unidas como “l’ambassadrice de Trump”.
Isso trouxe-me à memória um episódio e dá-me oportunidade de clarificar alguns conceitos básicos.
Um dia, em Paris, no final de um almoço em que estive presente, no período de perguntas e respostas, um secretário de Estado francês dirigiu-se a uma embaixadora de um país da União Europeia tratando-a por “madame l’ambassadrice”. A minha colega foi “aos arames”, interrompeu o governante e disse-lhe que considerava menos correto ser chamada de “ambassadrice”, termo que designa a mulher de um embaixador. “Madame l’ambassadeur” era como exigia ser tratada. O ministro replicou que aquela era a sua língua e que, ao utilizar essa palavra, sabia que estava a utilizar a expressão correta. A embaixadora sentiu-se ofendida e deixou a sala.
O ministro tinha razão... mas a embaixadora também. Na língua francesa, é vulgar designar as figuras femininas que desempenham cargos de chefe de missão diplomática por “ambassadrice”, expressão exatamente idêntica à que se utiliza para as mulheres dos embaixadores. Mas também há muito quem considere que devem utilizar-se palavras diferentes para as duas funções, o que implica não feminizar a palavra “ambassadeur”.
Na língua portuguesa, as coisas são bem mais simples. A mulher do embaixador é designada por “embaixatriz” e a diplomata que exercer a chefia de uma embaixada é designada por “embaixadora”. Não há, contudo, nenhum termo que possa identificar o marido de uma embaixadora ou de um embaixador. E refiro isto porque, desde há semanas, há um embaixador português casado com uma pessoa do mesmo sexo, facto já bastante comum em várias carreiras estrangeiras mas que julgo ser a primeira vez que acontece na diplomacia portuguesa.
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117490
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos