Rússia de Putin, um ano de guerra

Rússia de Putin, um ano de guerra À medida que se aproxima o primeiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, os militares da Rússia sofreram revés após revés, ficando muito aquém de seu objetivo de assumir o controle da Ucrânia. Mas em casa, as queixas e a mentalidade imperialista que levaram Vladimir Putin a invadir a Ucrânia se infiltraram profundamente na vida russa, deixando o líder russo mais dominante do que nunca. Putin transformou os “valores tradicionais” em um grito de guerra – assinando uma nova lei anti-gay, por exemplo – enquanto se apresenta como outro Pedro, o Grande, retomando terras russas perdidas. Grupos ativistas e organizações de direitos humanos que surgiram nos primeiros 30 anos da Rússia pós-soviética tiveram um fim abrupto, enquanto grupos nacionalistas antes vistos como marginais ocuparam o centro do palco. Antes da guerra, Putin se autodenominava um presidente amante da paz que nunca atacaria outro país. Ele caracterizou a guerra na Ucrânia como uma luta contra os “nazistas” apoiados pelo Ocidente. Ele também classificou a invasão como uma quase guerra santa pela própria identidade da Rússia, declarando que o país estava lutando para impedir que as normas liberais de gênero e a aceitação da homossexualidade fossem impostas a ele por um Ocidente agressivo. Análise: “Um novo sistema de valores foi construído”, disse Aleksandr Daniel, especialista em dissidentes soviéticos. “Valores públicos brutais e arcaicos.” Relações internacionais: Antony Blinken, o secretário de Estado dos EUA, disse acreditar que a China estava considerando fornecer armas e outras ajudas letais à Rússia. Ele alertou a China que isso “causaria um problema sério” para suas relações já tensas com os EUA.