RESTAURANTE MAIS FAMOSO DO ALGARVE
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RESTAURANTE MAIS FAMOSO DO ALGARVE
história do restaurante mais famoso do Algarve
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A história do restaurante mais famoso do Algarve
Bernardo Reino, mais conhecido por Gigi, transformou um bar que vendia pastéis e sanduiches no restaurante mais famoso do Algarve. Todos os dias, durante o Verão, tem como clientes uma elite de empresários, banqueiros e aristocratas. Em 2010 vai abrir mais um restaurante, na praia do Peró, no Brasil.
Gigi está sempre muito bem informado. Sabe quais são as principais polémicas do mundo dos negócios e está a par das novidades que acontecem nas grandes empresas. De avental à cintura não passa o dia a ler jornais nem anda a ouvir as conversas dos outros. Mas tem uma enorme vantagem: é amigo pessoal de banqueiros, presidentes e administradores executivos de multinacionais portuguesas e estrangeiras e membros da realeza. Senta-se à mesa para jantar, muitas vezes, por exemplo, com a princesa Carolina do Mónaco e com o marido, o príncipe Ernst de Hanôver.
Francisco Pinto Balsemão, Vasco Pereira Coutinho, José Maria Ricciardi, Miguel Horta e Costa, Felipe de Borbón e George Michael são outros nomes famosos que frequentam o restaurante. A simplicidade foi o maior trunfo para conquistar uma clientela exclusiva, que ali vai há mais de duas décadas. É um ritual que passou de geração em geração, de avós para netos. Vestidos com calções de banho e ‘t-shirt’ estacionam o carro e atravessam a pé uma ponte feita de estacas, com 650 metros de comprimento. Quando chegam à porta são logo recebidos por Gigi.
“Normalmente, telefonam antes para reservar mesa. Caso contrário têm de esperar como os outros”, explica Bernardo Reino, o dono do restaurante mais famoso do Algarve. No “Gigi”, uma casa de madeira que fica na praia do Ancão, as regras são iguais para todos. Sentam-se à mesa (de madeira e à sombra de chapéus de sol amarelos) indicada por Gigi e, pouco depois, levantam-se para escolher o peixe que querem comer. No expositor encontram-se, entre outros, os robalos, as douradas e os linguados que rondam os 50 a 70 euros o quilo. Ao lado, está o menu, escrito a giz num quadro de ardósia.
Os preços são um pormenor a que ninguém dá muita importância. Se incluir champanhe Moët & Chandon, uma refeição de peixe para duas pessoas fica pelos 200 euros. Mas o preço desce para metade se trocar o champanhe pelo vinho. Os pratos mais caros são os de marisco: o camarão grande e os carabineiros andam pelos 126 euros o quilo.
O carisma do dono é também uma das principais razões para o restaurante estar sempre cheio. Durante as refeições, Gigi certifica-se de que nada falta aos clientes. Dirige-se às mesas para conversar com eles, dá ordens aos empregados para se apressarem e, se for preciso, também vai para a grelha ou para o bar servir bebidas. Miguel Reino, irmão de Gigi e gerente do antigo restaurante Aqui Há Peixe, na Comporta, também trabalhou aqui durante um ano.
No final, os clientes despedem-se dele com um aperto de mão e um sorriso. Os mais novos também nunca saem do restaurante sem o cumprimentar. “Até manhã, Gigi”, atiram dois adolescentes com as toalhas de praia debaixo do braço. Preparam-se para passar o resto da tarde com os pais, na praia do Ancão, ali mesmo a um passo.
Mudança de vida
Foi em 1984 que Bernardo Reino, lisboeta, decidiu mudar de vida. Até então trabalhava numa companhia de seguros francesa e, um dia, promoveram-no a director comercial e ofereceram-lhe um salário melhor. Mas com uma contrapartida. “Tinha de fazer uma redução de pessoal na seguradora e isso não era para mim”, lembra. Nesse mesmo dia despediu-se, largou o fato e a gravata, e partiu no seu Land Rover amarelo para a Quinta do Lago.
Amigos influentes não lhe faltavam. O empresário André Jordan, fundador da Quinta do Lago, Manecas Mocelek, que dirigia várias discotecas famosas como o Stones, em Lisboa, e Joaquim Machaz, accionista dos hotéis Tivoli, eram alguns deles. À época, o actual restaurante “Gigi” era apenas um bar de praia, onde se vendiam pastéis e sanduíches e André Jordan decidiu dar-lhe a concessão do espaço. Antes perguntou-lhe se ele estava preparado. “E estava. O Joaquim Machaz e o Mocelek ensinaram-me muitas coisas sobre hotelaria.”
No Verão de 1985, o bar da praia do Ancão transformou-se no restaurante “Gigi”. Os clientes eram sobretudo estrangeiros, que escolhiam a Quinta do Lago para passar férias. Os portugueses só começaram a aparecer com mais frequência a partir de 1989, quando José Manuel Trigo inaugurou a discoteca T-Clube. “Os meus primeiros clientes famosos foram a família Agnelli”, diz Bernardo Reino. Os fundadores da marca Fiat alugavam três casas, jogavam golfe e iam à praia ao final da tarde.
Com a responsabilidade de ter de agradar a uma das famílias mais poderosas de Itália, Gigi sabia que não podia falhar em nenhum pormenor. Por isso, ainda hoje mantém a mesma rotina cuidadosa. “Levanto-me de manhã cedo para ir ao mercado da Quarteira comprar o melhor peixe fresco e os vegetais”, conta. Depois, dá as últimas instruções aos funcionários, os mesmos há mais de duas décadas: servir bem às mesas e estar sempre atento à grelha. “A pior coisa que se pode dizer de um restaurante é que é bom, mas que já não é a mesma coisa. Mais difícil do que atingir o sucesso é mantê-lo”, acrescenta.
O passo para o Brasil
Bernardo Reino quer agora expandir o negócio. Em 2010 vai abrir mais um restaurante Gigi, desta vez no Brasil, na praia do Peró, entre Cabo Frio e Búzios no estado do Rio de Janeiro. “Um amigo vai construir nessa zona um empreendimento turístico parecido com a Quinta do Lago. O meu filho, que também se chama Bernardo, vai para lá tomar conta do restaurante”, conta.
O empresário considera o Brasil como a sua segunda casa. É na cidade do Rio de Janeiro que passa grandes temporadas quando começa o Inverno em Portugal e o restaurante da praia do Ancão está fechado – entre Outubro e Março. Gigi, alcunha que ganhou na escola, tem casa em Ipanema e no Leblon. “Tenho lá muitos amigos, já participei em festivais de peixe, e dei aulas em cursos de hotelaria.”
Quando se farta de estar no Rio de Janeiro parte para outros países. Espanha, França, Estados Unidos e Caraíbas fazem parte dos destinos preferidos. “Só viajo para sítios onde tenho amigos. Detesto ser turista e ter de andar em excursões.” Em Lisboa, Bernardo Reino vive num dos ‘loft’ da Avenida 24 de Julho. “Ando muito a pé no triângulo Lapa, Alcântara e 24 de Julho, as zonas onde vivem outros amigos”, afirma.
Gigio, 55 anos, é casado com Leonor, que trabalha no restaurante, e o casal tem 3 filhos – Bernardo, que vai gerir o Gigi da praia do Peró, Duarte, arquitecto em Londres, e Maria João, pintora. Além da hotelaria, o empresário interessa-se por carros e arte contemporânea. Tem três Jaguares antigos e ainda guarda o mesmo Land Rover amarelo que o levou para uma vida nova. Vários quadros decoram o ‘loft’ de Lisboa e um dos preferidos foi comprado ao prémio Nobel da literatura e também pintor, o alemão Günter Grass. Sobre os investimentos que faz, Gigi não gosta de falar. Mas tem uma definição curiosa de si próprio no que toca às finanças: “Sempre fui o mais pobre dos ricos.”
Realeza e música
Gigi conheceu o príncipe Ernst de Hanôver e a princesa Carolina do Mónaco nos anos 90. Ficaram amigos e ainda hoje mantêm o contacto. “Já foram jantar à minha casa da Quinta do Lago. São muito divertidos”, diz Bernardo Reino, que cozinhou para os convidados “lulas cheias e uma dourada”. Na mesa estavam também Karl Otto Pohl, ex-presidente do Bundesbank e Henrique Polignac, que é primo da princesa. Os músicos que passam férias na Quinta do Lago também gostam da comida feita por Gigi. O cantor George Michael e o guitarrista Mark Knopfler, dos Dire Straits, são os nomes mais famosos. Há uns anos, Knopfler entrou no restaurante e o dono pôs a tocar a música ‘Brothers in Arms’. A reacção não se fez esperar: “Gigi, desliga isso, que esperar: “Gigi, desliga isso, que eu estou aqui para descansar”, disse-lhe o guitarrista.
diarioeconomico
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A história do restaurante mais famoso do Algarve
Bernardo Reino, mais conhecido por Gigi, transformou um bar que vendia pastéis e sanduiches no restaurante mais famoso do Algarve. Todos os dias, durante o Verão, tem como clientes uma elite de empresários, banqueiros e aristocratas. Em 2010 vai abrir mais um restaurante, na praia do Peró, no Brasil.
Gigi está sempre muito bem informado. Sabe quais são as principais polémicas do mundo dos negócios e está a par das novidades que acontecem nas grandes empresas. De avental à cintura não passa o dia a ler jornais nem anda a ouvir as conversas dos outros. Mas tem uma enorme vantagem: é amigo pessoal de banqueiros, presidentes e administradores executivos de multinacionais portuguesas e estrangeiras e membros da realeza. Senta-se à mesa para jantar, muitas vezes, por exemplo, com a princesa Carolina do Mónaco e com o marido, o príncipe Ernst de Hanôver.
Francisco Pinto Balsemão, Vasco Pereira Coutinho, José Maria Ricciardi, Miguel Horta e Costa, Felipe de Borbón e George Michael são outros nomes famosos que frequentam o restaurante. A simplicidade foi o maior trunfo para conquistar uma clientela exclusiva, que ali vai há mais de duas décadas. É um ritual que passou de geração em geração, de avós para netos. Vestidos com calções de banho e ‘t-shirt’ estacionam o carro e atravessam a pé uma ponte feita de estacas, com 650 metros de comprimento. Quando chegam à porta são logo recebidos por Gigi.
“Normalmente, telefonam antes para reservar mesa. Caso contrário têm de esperar como os outros”, explica Bernardo Reino, o dono do restaurante mais famoso do Algarve. No “Gigi”, uma casa de madeira que fica na praia do Ancão, as regras são iguais para todos. Sentam-se à mesa (de madeira e à sombra de chapéus de sol amarelos) indicada por Gigi e, pouco depois, levantam-se para escolher o peixe que querem comer. No expositor encontram-se, entre outros, os robalos, as douradas e os linguados que rondam os 50 a 70 euros o quilo. Ao lado, está o menu, escrito a giz num quadro de ardósia.
Os preços são um pormenor a que ninguém dá muita importância. Se incluir champanhe Moët & Chandon, uma refeição de peixe para duas pessoas fica pelos 200 euros. Mas o preço desce para metade se trocar o champanhe pelo vinho. Os pratos mais caros são os de marisco: o camarão grande e os carabineiros andam pelos 126 euros o quilo.
O carisma do dono é também uma das principais razões para o restaurante estar sempre cheio. Durante as refeições, Gigi certifica-se de que nada falta aos clientes. Dirige-se às mesas para conversar com eles, dá ordens aos empregados para se apressarem e, se for preciso, também vai para a grelha ou para o bar servir bebidas. Miguel Reino, irmão de Gigi e gerente do antigo restaurante Aqui Há Peixe, na Comporta, também trabalhou aqui durante um ano.
No final, os clientes despedem-se dele com um aperto de mão e um sorriso. Os mais novos também nunca saem do restaurante sem o cumprimentar. “Até manhã, Gigi”, atiram dois adolescentes com as toalhas de praia debaixo do braço. Preparam-se para passar o resto da tarde com os pais, na praia do Ancão, ali mesmo a um passo.
Mudança de vida
Foi em 1984 que Bernardo Reino, lisboeta, decidiu mudar de vida. Até então trabalhava numa companhia de seguros francesa e, um dia, promoveram-no a director comercial e ofereceram-lhe um salário melhor. Mas com uma contrapartida. “Tinha de fazer uma redução de pessoal na seguradora e isso não era para mim”, lembra. Nesse mesmo dia despediu-se, largou o fato e a gravata, e partiu no seu Land Rover amarelo para a Quinta do Lago.
Amigos influentes não lhe faltavam. O empresário André Jordan, fundador da Quinta do Lago, Manecas Mocelek, que dirigia várias discotecas famosas como o Stones, em Lisboa, e Joaquim Machaz, accionista dos hotéis Tivoli, eram alguns deles. À época, o actual restaurante “Gigi” era apenas um bar de praia, onde se vendiam pastéis e sanduíches e André Jordan decidiu dar-lhe a concessão do espaço. Antes perguntou-lhe se ele estava preparado. “E estava. O Joaquim Machaz e o Mocelek ensinaram-me muitas coisas sobre hotelaria.”
No Verão de 1985, o bar da praia do Ancão transformou-se no restaurante “Gigi”. Os clientes eram sobretudo estrangeiros, que escolhiam a Quinta do Lago para passar férias. Os portugueses só começaram a aparecer com mais frequência a partir de 1989, quando José Manuel Trigo inaugurou a discoteca T-Clube. “Os meus primeiros clientes famosos foram a família Agnelli”, diz Bernardo Reino. Os fundadores da marca Fiat alugavam três casas, jogavam golfe e iam à praia ao final da tarde.
Com a responsabilidade de ter de agradar a uma das famílias mais poderosas de Itália, Gigi sabia que não podia falhar em nenhum pormenor. Por isso, ainda hoje mantém a mesma rotina cuidadosa. “Levanto-me de manhã cedo para ir ao mercado da Quarteira comprar o melhor peixe fresco e os vegetais”, conta. Depois, dá as últimas instruções aos funcionários, os mesmos há mais de duas décadas: servir bem às mesas e estar sempre atento à grelha. “A pior coisa que se pode dizer de um restaurante é que é bom, mas que já não é a mesma coisa. Mais difícil do que atingir o sucesso é mantê-lo”, acrescenta.
O passo para o Brasil
Bernardo Reino quer agora expandir o negócio. Em 2010 vai abrir mais um restaurante Gigi, desta vez no Brasil, na praia do Peró, entre Cabo Frio e Búzios no estado do Rio de Janeiro. “Um amigo vai construir nessa zona um empreendimento turístico parecido com a Quinta do Lago. O meu filho, que também se chama Bernardo, vai para lá tomar conta do restaurante”, conta.
O empresário considera o Brasil como a sua segunda casa. É na cidade do Rio de Janeiro que passa grandes temporadas quando começa o Inverno em Portugal e o restaurante da praia do Ancão está fechado – entre Outubro e Março. Gigi, alcunha que ganhou na escola, tem casa em Ipanema e no Leblon. “Tenho lá muitos amigos, já participei em festivais de peixe, e dei aulas em cursos de hotelaria.”
Quando se farta de estar no Rio de Janeiro parte para outros países. Espanha, França, Estados Unidos e Caraíbas fazem parte dos destinos preferidos. “Só viajo para sítios onde tenho amigos. Detesto ser turista e ter de andar em excursões.” Em Lisboa, Bernardo Reino vive num dos ‘loft’ da Avenida 24 de Julho. “Ando muito a pé no triângulo Lapa, Alcântara e 24 de Julho, as zonas onde vivem outros amigos”, afirma.
Gigio, 55 anos, é casado com Leonor, que trabalha no restaurante, e o casal tem 3 filhos – Bernardo, que vai gerir o Gigi da praia do Peró, Duarte, arquitecto em Londres, e Maria João, pintora. Além da hotelaria, o empresário interessa-se por carros e arte contemporânea. Tem três Jaguares antigos e ainda guarda o mesmo Land Rover amarelo que o levou para uma vida nova. Vários quadros decoram o ‘loft’ de Lisboa e um dos preferidos foi comprado ao prémio Nobel da literatura e também pintor, o alemão Günter Grass. Sobre os investimentos que faz, Gigi não gosta de falar. Mas tem uma definição curiosa de si próprio no que toca às finanças: “Sempre fui o mais pobre dos ricos.”
Realeza e música
Gigi conheceu o príncipe Ernst de Hanôver e a princesa Carolina do Mónaco nos anos 90. Ficaram amigos e ainda hoje mantêm o contacto. “Já foram jantar à minha casa da Quinta do Lago. São muito divertidos”, diz Bernardo Reino, que cozinhou para os convidados “lulas cheias e uma dourada”. Na mesa estavam também Karl Otto Pohl, ex-presidente do Bundesbank e Henrique Polignac, que é primo da princesa. Os músicos que passam férias na Quinta do Lago também gostam da comida feita por Gigi. O cantor George Michael e o guitarrista Mark Knopfler, dos Dire Straits, são os nomes mais famosos. Há uns anos, Knopfler entrou no restaurante e o dono pôs a tocar a música ‘Brothers in Arms’. A reacção não se fez esperar: “Gigi, desliga isso, que esperar: “Gigi, desliga isso, que eu estou aqui para descansar”, disse-lhe o guitarrista.
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