A maioria dos 158 membros do Comité Central do PCP são profissionais do próprio partido.
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A maioria dos 158 membros do Comité Central do PCP são profissionais do próprio partido.
Uma direcção de funcionários
A maioria dos 158 membros do Comité Central do PCP são profissionais do próprio partido.
José Pedro Castanheira
9:00 | Domingo, 7 de Dez de 2008
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Uma direcção de funcionários Jerónimo de Sousa no fim do congresso, ladeado por Francisco Lopes e Margarida Botelho
Alberto Frias
Jerónimo de Sousa no fim do congresso, ladeado por Francisco Lopes e Margarida Botelho
A regra voltou a confirmar-se: o Comité Central (CC) do PCP, eleito com 8 votos contra e 17 abstenções, é largamente dominado pelos seus funcionários permanentes. Oficialmente, a lista integra cem funcionários do PCP, mais seis da JCP - ou seja, 106, o que constitui 67% dos membros do novo CC. Na verdade, porém, esta percentagem é bem mais elevada, já que há um punhado de nomes (impossível de determinar com rigor) que, não sendo funcionários, militam a tempo inteiro nas estruturas do PCP ou por ele controladas, ou vivem em exclusivo da vida política e partidária. É o caso do próprio Jerónimo de Sousa, apresentado como deputado.
O quadro de funcionários é vastíssimo. Vai do histórico Domingos Abrantes, talvez o mais velho do CC, ao benjamim Tiago Vieira. Com 72 anos, Abrantes é apontado como operário, mas é funcionário do PCP há mais de meio século, desde 1956. Tiago Vieira poderia ser seu neto: licenciado em Sociologia, tem apenas 23 anos, mas também já é funcionário (há três anos, da JCP). Aliás, aquele que é considerado o número dois do partido, Francisco Lopes, foi praticamente toda a vida funcionário do partido: se é certo que começou como operário, só aderiu ao PCP após o 25 de Abril e funcionalizou-se imediatamente, tinha apenas 19 anos. Hoje com 53, é dos três membros do CC que acumulam com a Comissão Política e o Secretariado (os outros são Jerónimo e Jorge Cordeiro). A sua força advém-lhe ainda do facto de controlar o mais importante pelouro interno, a chamada 'Área do Movimento Operário, Sindical e das Questões Laborais'. Não é por acaso que, no final do congresso, o líder tenha dado precisamente a sua direita a Francisco Lopes. Para a sua esquerda chamou uma mulher e jovem: Margarida Botelho, uma das figuras em ascensão e que também integra a Comissão Política (de 19 membros). Rosto do PCP no programa 'Corredor do Poder', da RTP, Margarida Botelho só tem 32 anos mas é funcionária vai para uma década.
A seguir aos funcionários vêm os sindicalistas, a maioria dos quais, como se sabe, funcionalizaram-se há muitos anos, por vezes desde a revolução. Dirigentes sindicais ligados à CGTP contam-se 32.
Outrora um dos investimentos prioritários do PCP, as autarquias surgem bastante secundarizadas no novo CC. Há um único presidente de Câmara (José Pós-de-Mina, de Moura) e quatro vereadores, com relevo para Ruben Carvalho (Lisboa) e Rui Sá (Porto). A habitual desvalorização do trabalho parlamentar está patente no facto de haver apenas sete deputados: quatro na Assembleia da República, os dois do Parlamento Europeu e um na Madeira.
Vendo com detalhe a composição do CC, verifica-se que são muitos poucos os que têm uma vida profissional activa à margem do partido ou da política. Manuel Gusmão, por exemplo, é professor da Faculdade de Letras de Lisboa. Manuel Agulhas, por sua vez, é o único empresário, no Algarve. E Luísa Alves - um dos 25 novos dirigentes - trabalha no Olivais Shopping.
A maioria dos 158 membros do Comité Central do PCP são profissionais do próprio partido.
José Pedro Castanheira
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Alberto Frias
Jerónimo de Sousa no fim do congresso, ladeado por Francisco Lopes e Margarida Botelho
A regra voltou a confirmar-se: o Comité Central (CC) do PCP, eleito com 8 votos contra e 17 abstenções, é largamente dominado pelos seus funcionários permanentes. Oficialmente, a lista integra cem funcionários do PCP, mais seis da JCP - ou seja, 106, o que constitui 67% dos membros do novo CC. Na verdade, porém, esta percentagem é bem mais elevada, já que há um punhado de nomes (impossível de determinar com rigor) que, não sendo funcionários, militam a tempo inteiro nas estruturas do PCP ou por ele controladas, ou vivem em exclusivo da vida política e partidária. É o caso do próprio Jerónimo de Sousa, apresentado como deputado.
O quadro de funcionários é vastíssimo. Vai do histórico Domingos Abrantes, talvez o mais velho do CC, ao benjamim Tiago Vieira. Com 72 anos, Abrantes é apontado como operário, mas é funcionário do PCP há mais de meio século, desde 1956. Tiago Vieira poderia ser seu neto: licenciado em Sociologia, tem apenas 23 anos, mas também já é funcionário (há três anos, da JCP). Aliás, aquele que é considerado o número dois do partido, Francisco Lopes, foi praticamente toda a vida funcionário do partido: se é certo que começou como operário, só aderiu ao PCP após o 25 de Abril e funcionalizou-se imediatamente, tinha apenas 19 anos. Hoje com 53, é dos três membros do CC que acumulam com a Comissão Política e o Secretariado (os outros são Jerónimo e Jorge Cordeiro). A sua força advém-lhe ainda do facto de controlar o mais importante pelouro interno, a chamada 'Área do Movimento Operário, Sindical e das Questões Laborais'. Não é por acaso que, no final do congresso, o líder tenha dado precisamente a sua direita a Francisco Lopes. Para a sua esquerda chamou uma mulher e jovem: Margarida Botelho, uma das figuras em ascensão e que também integra a Comissão Política (de 19 membros). Rosto do PCP no programa 'Corredor do Poder', da RTP, Margarida Botelho só tem 32 anos mas é funcionária vai para uma década.
A seguir aos funcionários vêm os sindicalistas, a maioria dos quais, como se sabe, funcionalizaram-se há muitos anos, por vezes desde a revolução. Dirigentes sindicais ligados à CGTP contam-se 32.
Outrora um dos investimentos prioritários do PCP, as autarquias surgem bastante secundarizadas no novo CC. Há um único presidente de Câmara (José Pós-de-Mina, de Moura) e quatro vereadores, com relevo para Ruben Carvalho (Lisboa) e Rui Sá (Porto). A habitual desvalorização do trabalho parlamentar está patente no facto de haver apenas sete deputados: quatro na Assembleia da República, os dois do Parlamento Europeu e um na Madeira.
Vendo com detalhe a composição do CC, verifica-se que são muitos poucos os que têm uma vida profissional activa à margem do partido ou da política. Manuel Gusmão, por exemplo, é professor da Faculdade de Letras de Lisboa. Manuel Agulhas, por sua vez, é o único empresário, no Algarve. E Luísa Alves - um dos 25 novos dirigentes - trabalha no Olivais Shopping.
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