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Crise: Empresários da construção podem ser veículo para relançar a economia - ANEOP
Lisboa, 12 Dez (Lusa) - Os empresários do sector da construção podem ser "um veículo essencial" para relançar a economia, disse hoje o presidente da Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP), na véspera do Governo aprovar o plano de resposta à crise.
17:55 | Sexta-feira, 12 de Dez de 2008



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Lisboa, 12 Dez (Lusa) - Os empresários do sector da construção podem ser "um veículo essencial" para relançar a economia, disse hoje o presidente da Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP), na véspera do Governo aprovar o plano de resposta à crise.

"Nesta altura de crise, podemos ser um veículo e um parceiro essencial para relançar a economia", disse à agência Lusa Filipe Soares Franco, salientando que a ANEOP procura ser "parceira do Governo em todas as medidas que possam ser anunciadas para relançar a economia".

Salientando que o sector da construção "tem um grande impacto no Produto Interno Bruto (PIB)" - cerca de 5 por cento -, o presidente da ANEOP considerou ser "salutar" dinamizar a economia através do investimento público.

Um programa de obras públicas para relançar a economia deverá estar em discussão sábado, durante o Conselho de Ministros extraordinário em que será aprovado o plano português de resposta à crise económica e financeira.

O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que existe "margem de manobra" para aprovar um pacote de medidas para contrariar a crise económica.

"Agora temo-la [margem de manobra] e vamos utilizá-la amanhã [sábado]", afirmou José Sócrates no final da Cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia em que foi aprovado um plano de relançamento da economia europeia.

"Agora temos uma margem de manobra porque este ano vamos ter um défice de 2,2 por cento", salientou o primeiro-ministro.

O Governo tem em curso um plano de obras públicas, que inclui estradas, barragens, hospitais, rede ferroviária de alta velocidade e o novo aeroporto de Lisboa, entre outros projectos, e que totaliza um investimento de 40 mil milhões de euros.