Disponibilidade de Portugal em receber presos de Guantánamo
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Disponibilidade de Portugal em receber presos de Guantánamo
Disponibilidade de Portugal em receber presos de Guantánamo é notícia em todo o mundo
A disponibilidade de Portugal para acolher detidos de Guantánamo é hoje notícia em todo o mundo, com o New York Times e o Washington Post a destacarem o passo decisivo que representa para o encerramento do campo
«Numa iniciativa diplomática decisiva que provavelmente vai ajudar a administração Obama a encerrar o campo de detenção de Guantanamo, Portugal disse esta semana que está disposto a receber alguns detidos e instou outros países europeus a aceitar os detidos que permanecem no campo», escreve o New York Times na sua edição de hoje.
O diário nova-iorquino acrescenta que, embora não haja ainda qualquer acordo específico, «responsáveis da administração Bush descreveram o anúncio como um passo decisivo para resolver o problema dos chamados 'casos difíceis' de Guantánamo».
«Este é um acontecimento importante nos nossos esforços para garantir ajuda da comunidade internacional, e especialmente da Europa, para encerrar Guantánamo», afirmou John B. Bellinger III, conselheiro jurídico do Departamento de Estado, citado pelo New York Times e pelo Washington Post.
Segundo este responsável, escrevem os jornais, «Portugal não recebeu qualquer promessa de qualquer apoio dos Estados Unidos em troca deste anúncio» e a decisão portuguesa resulta de «uma mudança de atitude» em várias capitais.
O New York Times escreve que o Departamento de Estado está há cinco anos a tentar convencer países terceiros a aceitarem os detidos que nenhum país considerado «aceitável» por Washington está disposto a acolher e que, até agora, apenas a Albânia aceitou receber três chineses uigures.
Fontes diplomáticas citadas pelo diário afirmam que o anúncio feito quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, resulta em parte da intervenção de (a secretária de Estado norte-americana) Condoleezza Rice durante a visita (a Lisboa) em Setembro, mas também da circunstância de «outros países estarem ansiosos por mostrar à administração Obama que estão dispostos a ajudar nos desafios complexos do encerramento do campo».
O anúncio português é igualmente noticiado no Financial Times, que qualifica a iniciativa portuguesa como «o primeiro sinal de que a União Europeia pode estar disposta a ajudar os Estados Unidos a encerrar o campo de detenção».
Este jornal refere também os esforços desenvolvidos nos últimos anos pela diplomacia norte-americana para encontrar países dispostos a acolher detidos que já não são considerados 'combatentes inimigos' e que o Presidente George W. Bush rejeitou acolher nos Estados Unidos, como tinha proposto o seu secretário da Defesa, Robert Gates, que vai ser reconduzido pelo Presidente eleito Barack Obama.
O Financial Times cita o caso dos 17 chineses uigures com ordem de libertação de Guantánamo que Washington não quer repatriar por se tratar de elementos de uma etnia perseguida e para os quais não tem encontrado quem os acolha porque, escreve o jornal, «alguns países receiam uma retaliação da China».
Questionado pelo jornal sobre se a oferta portuguesa podia ser a resposta para este caso dos uigures, o porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe sublinhou que «uma oferta inicial é muito diferente de uma transferência concreta de um detido para um país europeu», pelo que terá de se «esperar para ver como as coisas evoluem».
O jornal alemão Der Spiegel escreve também que a iniciativa portuguesa pode «quebrar o impasse» em relação aos chamados «casos difíceis» e que «a disponibilidade de Portugal para cooperar pode 'amaciar' o resto da Europa».
O Spiegel refere que apesar dos pedidos norte-americanos em relação não só aos uigures, como também a argelinos, líbios e uzbeques, «nenhum país avançou».
«Líderes europeus, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, pediram o encerramento de Guantanamo, mas ninguém se ofereceu para acolher nenhum dos chamados 'casos difíceis'».
O campo de detenção de Guantanamo foi criado em 2002 para acolher os suspeitos de terrorismo capturados no Afeganistão e chegou a albergar 800 detidos. Actualmente permanecem em Guantanamo cerca de 250 detidos, 40 a 50 dos quais são os chamados 'casos difíceis'.
Lusa/SOL
A disponibilidade de Portugal para acolher detidos de Guantánamo é hoje notícia em todo o mundo, com o New York Times e o Washington Post a destacarem o passo decisivo que representa para o encerramento do campo
«Numa iniciativa diplomática decisiva que provavelmente vai ajudar a administração Obama a encerrar o campo de detenção de Guantanamo, Portugal disse esta semana que está disposto a receber alguns detidos e instou outros países europeus a aceitar os detidos que permanecem no campo», escreve o New York Times na sua edição de hoje.
O diário nova-iorquino acrescenta que, embora não haja ainda qualquer acordo específico, «responsáveis da administração Bush descreveram o anúncio como um passo decisivo para resolver o problema dos chamados 'casos difíceis' de Guantánamo».
«Este é um acontecimento importante nos nossos esforços para garantir ajuda da comunidade internacional, e especialmente da Europa, para encerrar Guantánamo», afirmou John B. Bellinger III, conselheiro jurídico do Departamento de Estado, citado pelo New York Times e pelo Washington Post.
Segundo este responsável, escrevem os jornais, «Portugal não recebeu qualquer promessa de qualquer apoio dos Estados Unidos em troca deste anúncio» e a decisão portuguesa resulta de «uma mudança de atitude» em várias capitais.
O New York Times escreve que o Departamento de Estado está há cinco anos a tentar convencer países terceiros a aceitarem os detidos que nenhum país considerado «aceitável» por Washington está disposto a acolher e que, até agora, apenas a Albânia aceitou receber três chineses uigures.
Fontes diplomáticas citadas pelo diário afirmam que o anúncio feito quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, resulta em parte da intervenção de (a secretária de Estado norte-americana) Condoleezza Rice durante a visita (a Lisboa) em Setembro, mas também da circunstância de «outros países estarem ansiosos por mostrar à administração Obama que estão dispostos a ajudar nos desafios complexos do encerramento do campo».
O anúncio português é igualmente noticiado no Financial Times, que qualifica a iniciativa portuguesa como «o primeiro sinal de que a União Europeia pode estar disposta a ajudar os Estados Unidos a encerrar o campo de detenção».
Este jornal refere também os esforços desenvolvidos nos últimos anos pela diplomacia norte-americana para encontrar países dispostos a acolher detidos que já não são considerados 'combatentes inimigos' e que o Presidente George W. Bush rejeitou acolher nos Estados Unidos, como tinha proposto o seu secretário da Defesa, Robert Gates, que vai ser reconduzido pelo Presidente eleito Barack Obama.
O Financial Times cita o caso dos 17 chineses uigures com ordem de libertação de Guantánamo que Washington não quer repatriar por se tratar de elementos de uma etnia perseguida e para os quais não tem encontrado quem os acolha porque, escreve o jornal, «alguns países receiam uma retaliação da China».
Questionado pelo jornal sobre se a oferta portuguesa podia ser a resposta para este caso dos uigures, o porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe sublinhou que «uma oferta inicial é muito diferente de uma transferência concreta de um detido para um país europeu», pelo que terá de se «esperar para ver como as coisas evoluem».
O jornal alemão Der Spiegel escreve também que a iniciativa portuguesa pode «quebrar o impasse» em relação aos chamados «casos difíceis» e que «a disponibilidade de Portugal para cooperar pode 'amaciar' o resto da Europa».
O Spiegel refere que apesar dos pedidos norte-americanos em relação não só aos uigures, como também a argelinos, líbios e uzbeques, «nenhum país avançou».
«Líderes europeus, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, pediram o encerramento de Guantanamo, mas ninguém se ofereceu para acolher nenhum dos chamados 'casos difíceis'».
O campo de detenção de Guantanamo foi criado em 2002 para acolher os suspeitos de terrorismo capturados no Afeganistão e chegou a albergar 800 detidos. Actualmente permanecem em Guantanamo cerca de 250 detidos, 40 a 50 dos quais são os chamados 'casos difíceis'.
Lusa/SOL
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