ACABAR COM O ARSENAL DO HAMAS
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ACABAR COM O ARSENAL DO HAMAS
Israel declara-se em ''guerra aberta'' e instala cerco militar
Barak reforça a possibilidade de o Exército empreender uma incursão terrestre em Gaza
Michel Gawendo, JERUSALÉM
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O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse ontem que o país está em "guerra aberta" contra o movimento islâmico Hamas na Faixa de Gaza e prometeu usar "todos os meios para acabar com os disparos de foguetes palestinos". O governo israelense determinou a saída de jornalistas da região e declarou Gaza "zona militar fechada". As medidas reforçam a possibilidade de uma invasão terrestre de Israel ao território com tanques e tropas de infantaria.
No Senegal, que preside a Organização da Conferência Islâmica, a chancelaria informou ontem que o líder do Hamas no exílio, Khaled Meshal, disse estar disposto a renovar o cessar-fogo se Israel acabar com os bombardeios e permitir o envio de alimentos a Gaza. O Hamas negou a informação.
"O Hamas é responsável por tudo o que acontece em Gaza. Essa operação será ampliada e aprofundada, conforme houver necessidade", afirmou Barak em sessão do Parlamento, em Jerusalém. Ontem, uma das bombas israelenses matou quatro irmãs, com idades entre 1 e 12 anos, no campo de refugiados de Jabaliya. Outras duas crianças morreram em um ataque em Rafah, fronteira com o Egito. Também foram atingidos prédios administrativos e a Universidade Islâmica, considerada por Israel o "Pentágono do Hamas".
Na madrugada de hoje, Israel lançou novos bombardeios matando pelo menos dez palestinos. O número de mortos passa de 360 e, segundo a ONU, quase 60 são civis. Há 1.700 feridos. Segundo o Exército de Israel, também foram bombardeadas ontem casas de comandantes do Hamas. Um míssil destruiu a casa do líder da Brigada Ezzedine al-Qassam, Maher Zaqout, matando sete pessoas. Ele não estava na hora do ataque. Três membros e um líder da Jihad Islâmica foram mortos pela manhã.
Segundo a inteligência do Exército de Israel, os líderes do Hamas em Gaza, incluindo o premiê, Ismail Haniyeh e o ex-chanceler Mahmud al-Zahar, estão escondidos em abrigos subterrâneos. "Só estamos no começo da batalha. O mais difícil está por vir e é preciso preparar-se para isso. Queremos mudar as regras do jogo em Gaza", disse o vice-comandante-geral das Forças Armadas de Israel, general Dan Harel.
O Hamas reagiu ontem disparando mais de 80 foguetes e morteiros contra Israel, matando 3 pessoas. Em Ashkelon, um foguete atingiu um prédio em construção. Um árabe-israelense que trabalhava no local morreu e outros 18 funcionários árabes ficaram feridos. Outras duas pessoas morreram em menos de uma hora na fronteira alvejadas por foguetes - um homem em Nahal Oz e uma mulher em Ashdod. Desde sábado, quatro israelenses foram mortos por foguetes palestinos.
Diante da chuva de morteiros, a população de Ashkelon teve de correr para abrigos antiaéreos. As cidades de Sderot, Netivot e Ashdod também foram atingidas. Cerca de 500 mil israelenses vivem em regiões dentro do alcance dos foguetes.
Segundo analistas militares, o número de foguetes disparados pelo Hamas mostra que o grupo recuperou sua capacidade de fogo. Isso obrigaria Israel a invadir o território palestino, já que a campanha aérea teria perdido a efetividade. "O objetivo dos ataques aéreos é preparar a invasão terrestre. O Exército de Israel está pronto para entrar em Gaza. O país tem de mostrar ao Hamas, aos árabes e ao Ocidente que está falando sério", disse ao Estado Yakov Amidror, um ex-comandante da inteligência do Exército. "Uma operação desse tipo é sempre perigosa, mas não há alternativa." Segundo Amidror, Israel poderia assumir o controle de Gaza em um período de 4 a 14 dias, mas teria de manter a presença militar por meses. "O Exército teria de limpar o terreno, ou seja, encontrar o arsenal, além de prender ou matar os líderes do Hamas."
Segundo avaliações do Exército, seriam necessários pelo menos 10 mil soldados na operação terrestre. Para analistas, o Hamas tem cerca de 13 mil soldados armados com mísseis antitanque e antiaéreos. O Hamas tem, ainda segundo o Exército de Israel, capacidade de ativar minas contra tanques e de disparar pelo menos 200 foguetes por dia contra o sul do país. "Mas Israel tem vantagens sobre o Hamas", afirmou Amidror. "Em primeiro lugar, os soldados são mais treinados e profissionais. Em segundo, têm mais capacidade de recolher e analisar dados de inteligência. Por fim, os militares israelenses têm muito mais poder de fogo."
PROTESTOS
Milhares de árabes-israelenses, que formam 20% dos 7,5 milhões de habitantes de Israel, protestaram ontem contra os ataques em Gaza. Eles atiraram pedras contra policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
Barak reforça a possibilidade de o Exército empreender uma incursão terrestre em Gaza
Michel Gawendo, JERUSALÉM
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O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse ontem que o país está em "guerra aberta" contra o movimento islâmico Hamas na Faixa de Gaza e prometeu usar "todos os meios para acabar com os disparos de foguetes palestinos". O governo israelense determinou a saída de jornalistas da região e declarou Gaza "zona militar fechada". As medidas reforçam a possibilidade de uma invasão terrestre de Israel ao território com tanques e tropas de infantaria.
No Senegal, que preside a Organização da Conferência Islâmica, a chancelaria informou ontem que o líder do Hamas no exílio, Khaled Meshal, disse estar disposto a renovar o cessar-fogo se Israel acabar com os bombardeios e permitir o envio de alimentos a Gaza. O Hamas negou a informação.
"O Hamas é responsável por tudo o que acontece em Gaza. Essa operação será ampliada e aprofundada, conforme houver necessidade", afirmou Barak em sessão do Parlamento, em Jerusalém. Ontem, uma das bombas israelenses matou quatro irmãs, com idades entre 1 e 12 anos, no campo de refugiados de Jabaliya. Outras duas crianças morreram em um ataque em Rafah, fronteira com o Egito. Também foram atingidos prédios administrativos e a Universidade Islâmica, considerada por Israel o "Pentágono do Hamas".
Na madrugada de hoje, Israel lançou novos bombardeios matando pelo menos dez palestinos. O número de mortos passa de 360 e, segundo a ONU, quase 60 são civis. Há 1.700 feridos. Segundo o Exército de Israel, também foram bombardeadas ontem casas de comandantes do Hamas. Um míssil destruiu a casa do líder da Brigada Ezzedine al-Qassam, Maher Zaqout, matando sete pessoas. Ele não estava na hora do ataque. Três membros e um líder da Jihad Islâmica foram mortos pela manhã.
Segundo a inteligência do Exército de Israel, os líderes do Hamas em Gaza, incluindo o premiê, Ismail Haniyeh e o ex-chanceler Mahmud al-Zahar, estão escondidos em abrigos subterrâneos. "Só estamos no começo da batalha. O mais difícil está por vir e é preciso preparar-se para isso. Queremos mudar as regras do jogo em Gaza", disse o vice-comandante-geral das Forças Armadas de Israel, general Dan Harel.
O Hamas reagiu ontem disparando mais de 80 foguetes e morteiros contra Israel, matando 3 pessoas. Em Ashkelon, um foguete atingiu um prédio em construção. Um árabe-israelense que trabalhava no local morreu e outros 18 funcionários árabes ficaram feridos. Outras duas pessoas morreram em menos de uma hora na fronteira alvejadas por foguetes - um homem em Nahal Oz e uma mulher em Ashdod. Desde sábado, quatro israelenses foram mortos por foguetes palestinos.
Diante da chuva de morteiros, a população de Ashkelon teve de correr para abrigos antiaéreos. As cidades de Sderot, Netivot e Ashdod também foram atingidas. Cerca de 500 mil israelenses vivem em regiões dentro do alcance dos foguetes.
Segundo analistas militares, o número de foguetes disparados pelo Hamas mostra que o grupo recuperou sua capacidade de fogo. Isso obrigaria Israel a invadir o território palestino, já que a campanha aérea teria perdido a efetividade. "O objetivo dos ataques aéreos é preparar a invasão terrestre. O Exército de Israel está pronto para entrar em Gaza. O país tem de mostrar ao Hamas, aos árabes e ao Ocidente que está falando sério", disse ao Estado Yakov Amidror, um ex-comandante da inteligência do Exército. "Uma operação desse tipo é sempre perigosa, mas não há alternativa." Segundo Amidror, Israel poderia assumir o controle de Gaza em um período de 4 a 14 dias, mas teria de manter a presença militar por meses. "O Exército teria de limpar o terreno, ou seja, encontrar o arsenal, além de prender ou matar os líderes do Hamas."
Segundo avaliações do Exército, seriam necessários pelo menos 10 mil soldados na operação terrestre. Para analistas, o Hamas tem cerca de 13 mil soldados armados com mísseis antitanque e antiaéreos. O Hamas tem, ainda segundo o Exército de Israel, capacidade de ativar minas contra tanques e de disparar pelo menos 200 foguetes por dia contra o sul do país. "Mas Israel tem vantagens sobre o Hamas", afirmou Amidror. "Em primeiro lugar, os soldados são mais treinados e profissionais. Em segundo, têm mais capacidade de recolher e analisar dados de inteligência. Por fim, os militares israelenses têm muito mais poder de fogo."
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Milhares de árabes-israelenses, que formam 20% dos 7,5 milhões de habitantes de Israel, protestaram ontem contra os ataques em Gaza. Eles atiraram pedras contra policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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