MOMENTO DE POESIA...
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MOMENTO DE POESIA...
O AMOR EM DRUMMOND
A moça mostrava a coxa,
a moça mostrava a nádega,
só não me mostrava aquilo
- concha, berilo, esmeralda -
que se entreabre, quatrifólio,
e encerra o gozo mais lauto,
aquela zona hiperbórea,
misto de mel e de asfalto,
porta hermética nos gonzos
de zonzos sentidos presos,
ara sem sangue de ofícios,
a moça não me mostrava.
E torturando-me, e virgem
no desvairado recato
que sucedia de chofre
à visão dos seios claros,
sua pulcra rosa preta
como que se enovelava,
crespa, intata, inacessível,
abre-que-fecha-que-foge,
e a fêmea, rindo, negava
o que eu tanto lhe pedia,
o que devia ser dado
e mais que dado, comido.
(A Moça Mostrava a Coxa em O Amor Natural. 1992)
A moça mostrava a coxa,
a moça mostrava a nádega,
só não me mostrava aquilo
- concha, berilo, esmeralda -
que se entreabre, quatrifólio,
e encerra o gozo mais lauto,
aquela zona hiperbórea,
misto de mel e de asfalto,
porta hermética nos gonzos
de zonzos sentidos presos,
ara sem sangue de ofícios,
a moça não me mostrava.
E torturando-me, e virgem
no desvairado recato
que sucedia de chofre
à visão dos seios claros,
sua pulcra rosa preta
como que se enovelava,
crespa, intata, inacessível,
abre-que-fecha-que-foge,
e a fêmea, rindo, negava
o que eu tanto lhe pedia,
o que devia ser dado
e mais que dado, comido.
(A Moça Mostrava a Coxa em O Amor Natural. 1992)
Anarca- Admin
- Pontos : 1203
Re: MOMENTO DE POESIA...
Anarca escreveu:O AMOR EM DRUMMOND
A moça mostrava a coxa,
a moça mostrava a nádega,
só não me mostrava aquilo
- concha, berilo, esmeralda -
que se entreabre, quatrifólio,
e encerra o gozo mais lauto,
aquela zona hiperbórea,
misto de mel e de asfalto,
porta hermética nos gonzos
de zonzos sentidos presos,
ara sem sangue de ofícios,
a moça não me mostrava.
E torturando-me, e virgem
no desvairado recato
que sucedia de chofre
à visão dos seios claros,
sua pulcra rosa preta
como que se enovelava,
crespa, intata, inacessível,
abre-que-fecha-que-foge,
e a fêmea, rindo, negava
o que eu tanto lhe pedia,
o que devia ser dado
e mais que dado, comido.
(A Moça Mostrava a Coxa em O Amor Natural. 1992)
Uma maravilha... que desconhecia.
O dedo na ferida- Pontos : 0
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