Israel autoriza entrada de oito jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza

Israel autoriza entrada de oito jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza

Jerusalém, 02 Jan (Lusa) - Israel vai autorizar a entrada de oito jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza, território interdito à comunicação social internacional desde 27 de Dezembro, data do início dos ataques israelitas, anunciou hoje a Associação de Imprensa Estrangeira (FPA).

A decisão surge na sequência de um acórdão do Supremo Tribunal que ordenou ao Estado que permita a entrada na Faixa de Gaza de um grupo de oito jornalistas, segundo a FPA, que cita o acórdão.

A FPA manifestou satisfação por ter sido concedida licença de entrada aos oito jornalistas, mas expressou "séria preocupação" com o reduzido número de autorizações acordadas face às dezenas de pedidos apresentados.

Em contrapartida, um dos vice-primeiros-ministros israelitas, Eli Ishai, congratulou-se com o número reduzido de autorizações concedidas.

"Não podemos permitir que a imprensa internacional sirva de gabinete de relações públicas de terroristas do Hamas", afirmou, em comunicado.

"Os jornalistas que insistem tanto em entrar em Gaza fariam melhor em ir ver as crianças de Sderot, de Ashkelon e de toda a periferia da Faixa de Gaza, e em terem vergonha", afirmou quarta-feira o director do gabinete de imprensa do governo, Daniel Seaman, responsável pelas acreditações de jornalistas que trabalham em Israel.

Desde o início dos ataques israelitas à Faixa de Gaza, os pontos de passagem para a Faixa de Gaza estão abertos para a ajuda humanitária internacional, mas fechados para todas as outras pessoas.

Excepcionalmente, o terminal de Erez foi hoje aberto para permitir que cerca de 400 pessoas, com dupla nacionalidade, pudessem sair de Gaza, que está a ser bombardeada.

O acesso da imprensa estrangeira à Faixa de Gaza, território submetido a um bloqueio desde Junho de 2007, é frequentemente interditado por Israel.

Vários órgãos de comunicação social, entre os quais as agências de notícias, só conseguem cobrir o conflito graças a jornalistas palestinianos que trabalham em Gaza.

Fonte: Agência LUSA



Em contrapartida, um dos vice-primeiros-ministros israelitas, Eli Ishai, congratulou-se com o número reduzido de autorizações concedidas.

"Não podemos permitir que a imprensa internacional sirva de gabinete de relações públicas de terroristas do Hamas", afirmou, em comunicado.

Quando um gabinete governamental afirma isso, é porque tem muito má consciência do que está a fazer. É nazismo puro e duro. É querer á força esconder o que se passa. Se a acção das forças israelitas é tão bom e tão justo, porque não deixar divulgar???