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Lentamente em direcção a Gaza

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Mensagem por Admin Qua Jan 07, 2009 6:27 am

Lentamente em direcção a Gaza
29.12.2008 - 12h48 Shlomo Ben Ami
Com os políticos israelitas a concorrer entre si para ver quem será capaz de lançar a resposta mais dura contra Gaza, a questão que se coloca a Israel neste momento é se deve ou não invadir o território. Mas nenhuma das partes está isenta de contradições e ambas se encontram aprisionadas num dilema aparentemente insolúvel.

Enquanto Governo, o Hamas deve ser julgado pela sua capacidade de proporcionar segurança e uma governância decente à população de Gaza, mas enquanto movimento político é incapaz de trair o seu compromisso solene de combater o ocupante israelita até à morte. O Hamas não foi eleito para fazer a paz com Israel nem para melhorar as relações com os EUA. Por encorajadores que possam ser alguns sinais de realismo político, não faz parte da agenda do Hamas uma adesão ao processo de paz.

A ofensiva do Hamas não é uma tentativa para forçar Israel a uma invasão que poderia pôr em causa o seu regime, mas sim uma jogada que visa estabelecer um equilíbrio baseado na ameaça da manutenção de um conflito de baixa intensidade - mesmo que uma nova trégua seja negociada.

O Hamas, arrogante e bem armado, espera que essa trégua possa ser negociada em troca de novas concessões de Israel e do Egipto. Entre essas concessões encontra-se a abertura das fronteiras de Gaza; a libertação de prisioneiros do Hamas detidos no Egipto; a suspensão das operações israelitas contra os activistas do Hamas na margem ocidental do Jordão; e o direito a responder a qualquer gesto de Israel que seja considerado uma violação do cessar-fogo.

Mas a pressão do Hamas é um exercício perigoso, pois um conflito de baixa intensidade pode degenerar facilmente num conflito aberto se os seus rockets causarem um número de vítimas politicamente insuportável do lado israelita. Na realidade, os líderes políticos de Israel já aprovaram os planos do exército para a invasão de Gaza, deixando em aberto o timing e a natureza do casus belli que justificará a operação.

O Hamas está também a brincar com o fogo na frente egípcia, tendo interrompido o processo de reconciliação com o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, liderado pelo Egipto, e tendo-se comprometido a impedir a iniciativa egípcia-saudita de prolongar o mandato presidencial de Abbas até 2010. O Hamas quer nomear como presidente o líder do Parlamento palestiniano - actualmente numa prisão israelita - quando Abbas terminar o seu mandato oficial, a 9 de Janeiro.

O radicalismo do Hamas tem um objectivo político: enterrar o que ainda possa restar da solução de dois estados. Mas se o Hamas não é indiferente aos cálculos da política quotidiana, não se deixa apenas mover por eles. O Hamas é um movimento fundamentalista religioso que considera que o futuro pertence ao islão e que se vê a si próprio como campeão de uma prolongada luta armada para a libertação de toda a Palestina.

A provocação que o movimento está a levar a cabo também não é completamente irracional, pois a herança da tentativa frustrada de Israel para destruir o Hezbollah, em 2006, é que, pela primeira vez na história do país, o establishment militar está a advogar uma posição de contenção e a resistir às medidas propostas pelos falcões no seio do Governo.

A relutância de Israel em invadir Gaza nasce de uma sóbria análise do significado de um tal gesto. Na realidade, o ministro da defesa Ehud Barak, líder do Partido Trabalhista, pode estar disposto a pagar um elevado preço político nas eleições por aceitar uma nova trégua que seja intermitentemente violada pelo Hamas.

A invasão de um território tão exíguo e tão densamente povoado, onde os civis têm sido usados sistematicamente pelo Hamas como escudos humanos, irá fatalmente expor Israel a acusações de crimes de guerra. Por muito justificada que a acção de Israel possa ser e por muito crítica do regime repressivo do Hamas que a comunidade internacional possa ser, não será preciso muito tempo para que a ampla cobertura mediática das vítimas civis ponha Israel - e não o Hamas - no banco dos réus da opinião pública mundial. A reocupação de Gaza, por outro lado, irá forçar Israel a assumir a responsabilidade total e exclusiva pelos 1,5 milhões de palestinianos que hoje se encontram sob o controlo do Hamas.

Mas, ainda que Israel esteja disposta a pagar o preço da dura condenação internacional, não é claro o que é que significa ter êxito numa guerra deste tipo. Será que derrubar o regime do Hamas é uma opção realista? Mesmo que o Governo de Ismail Haniyeh caia, o Hamas continuará a ser uma poderosa organização palestiniana em torno da qual é provável que a população cerre fileiras. E, mesmo num cenário de nova ocupação, com divisões blindadas israelitas espalhadas pelo território, ainda será possível lançar mísseis Kassam contra Israel - o que constituiria a última humilhação para as forças ocupantes.

E, finalmente, depois de ter sido assestado um golpe mortal nos restos do processo de paz e de os cemitérios de Israel e de uma Gaza devastada terem sido de novo invadidos pelas novas vítimas, Israel vai querer retirar e negociar um novo cessar-fogo com... o mesmo Hamas.

Ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel. ©️ Project Syndicate, 2008 (www.project-syndicate.org)
Nota: este texto foi escrito antes do lançamento da actual ofensiva israelita contra Gaza
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Mensagem por Admin Qua Jan 07, 2009 6:33 am

A invasão de um território tão exíguo e tão densamente povoado, onde os civis têm sido usados sistematicamente pelo Hamas como escudos humanos, irá fatalmente expor Israel a acusações de crimes de guerra. Por muito justificada que a acção de Israel possa ser e por muito crítica do regime repressivo do Hamas que a comunidade internacional possa ser, não será preciso muito tempo para que a ampla cobertura mediática das vítimas civis ponha Israel - e não o Hamas - no banco dos réus da opinião pública mundial. A reocupação de Gaza, por outro lado, irá forçar Israel a assumir a responsabilidade total e exclusiva pelos 1,5 milhões de palestinianos que hoje se encontram sob o controlo do Hamas.

É praticam,ente impossivel dominar o Hamas
Porque
É como uma favela no Rio de Janeiro onde a policia nao vai mas só o exercito pontualmente
Eles exercitos actuam pontualçmnte e a dança dança o vira e o tango apos saida
Numa coisa o analista tem razao
O hamas tenta e faz uma guerrilha lenta e duradoura para tirar dividendos
E Israel sai borrado e acusado de crimes odiendos
E a sua ( delss Judeus ) estao ja ao mesmo nivel das SS de adolfo Hitler
pavorosamente matam sem piedade seja onde for
Tornaram-se num bando onde as regras e os acordos mundiais sao atirados para o lixo
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Mensagem por Admin Qua Jan 07, 2009 6:35 am

Admin escreveu:
A invasão de um território tão exíguo e tão densamente povoado, onde os civis têm sido usados sistematicamente pelo Hamas como escudos humanos, irá fatalmente expor Israel a acusações de crimes de guerra. Por muito justificada que a acção de Israel possa ser e por muito crítica do regime repressivo do Hamas que a comunidade internacional possa ser, não será preciso muito tempo para que a ampla cobertura mediática das vítimas civis ponha Israel - e não o Hamas - no banco dos réus da opinião pública mundial. A reocupação de Gaza, por outro lado, irá forçar Israel a assumir a responsabilidade total e exclusiva pelos 1,5 milhões de palestinianos que hoje se encontram sob o controlo do Hamas.

É praticam,ente impossivel dominar o Hamas
Porque
É como uma favela no Rio de Janeiro onde a policia nao vai mas só o exercito pontualmente
Eles exercitos actuam pontualçmnte e a dança dança o vira e o tango apos saida
Numa coisa o analista tem razao
O hamas tenta e faz uma guerrilha lenta e duradoura para tirar dividendos
E Israel sai borrado e acusado de crimes odiendos
E a sua ( delss Judeus ) estao ja ao mesmo nivel das SS de adolfo Hitler
pavorosamente matam sem piedade seja onde for
Tornaram-se num bando onde as regras e os acordos mundiais sao atirados para o lixo

Eis ja a ajuda internacional a funcionar

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Mensagem por O dedo na ferida Qua Jan 07, 2009 7:32 am

Admin escreveu:(...) Mas a pressão do Hamas é um exercício perigoso, pois um conflito de baixa intensidade pode degenerar facilmente num conflito aberto se os seus rockets causarem um número de vítimas politicamente insuportável do lado israelita. (...)

Gostava de saber qual é o número politicamente insuportável para Israel. E qual é o número suportável para palestinianos. Será diferente??? Creio que sim. E aí reside toda a hipocrisia desta guerra. 1000 mortos paletinianos não é nada. É normal. Dois soldados judeus raptados é o fim do mundo... Dasse que dá raiva... e mais não digo para não me classificarem de nazi.
O dedo na ferida
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Mensagem por Admin Qua Jan 07, 2009 7:53 am

O dedo na ferida escreveu:
Admin escreveu:(...) Mas a pressão do Hamas é um exercício perigoso, pois um conflito de baixa intensidade pode degenerar facilmente num conflito aberto se os seus rockets causarem um número de vítimas politicamente insuportável do lado israelita. (...)

Gostava de saber qual é o número politicamente insuportável para Israel. E qual é o número suportável para palestinianos. Será diferente??? Creio que sim. E aí reside toda a hipocrisia desta guerra. 1000 mortos paletinianos não é nada. É normal. Dois soldados judeus raptados é o fim do mundo... Dasse que dá raiva... e mais não digo para não me classificarem de nazi.

mano dedos
Ha uma soluçao
arranje um nick novo e guarde o " dedos na ferida " para discutir os assuntos seriamente
Aí com um novo nick pode chamar a este sanguinarios Filhos duma grande puta ( so que as ditas dao sempre um beneficio a alguem que lhes pague
Os Judeus roubam tudo e nem orgasmo dao a quem lhes bata a porta
Ha ainda outra coisa
Ha na sociedade Israelita muita gente que nao alinha nestes massacres porque sabem bem que sangue gera mais sangue
Não ha um analista serio que nao chame cabrões a estes fascinoras que fazem do SER JUmano um alvo divertido


e no assunto que toca gostaria de indicar um ex soldado reformado do exercito Israelita que entra numa mesquita e mata 60 pessoas no interior
Fopi um massacre dos mais horriveis
sabe o que fizeram as autoridades Israelitas
Disseram que ele era paranoico e nem soldado era
perante os desmentidos disseranm entao que era um emigrante americanio ao serviço das forças Israelitas
Os americanos nao gostaram e chamaram nomes de volta com outros nomes doces ou dolicadoces
Tudo isto vem descrito no book do Fisk tim por tim
Nunca os Israelitas disseram que o soldadio era mesmo Judeu furiosos e treinadio para matar arabes
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